Um Poema de Vez em Quando: MÁRIO CRESPO e a censura

19-12-2019
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(imagem recolhida na internet)O jornalista da SIC Notícias Mário Crespo denuncia esta segunda-feira, num artigo publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, ter sido o centro de uma conversa entre José Sócrates, Jorge Lacão e Pedro Silva Pereira, na qual terá sido descrito como "mentalmente débil".No texto, intitulado 'O Fim da Linha', Mário Crespo afirma que a conversa ocorreu no dia 26 de Janeiro, dia da entrega do Orçamento no Parlamento, num hotel de Lisboa. À mesa estavam o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, que tem a tutela da Comunicação Social, o ministro da Presidência e um executivo de televisão, que o jornalista não identifica. 'Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ('um louco') a necessitar de ('ir para o manicómio'). Fui descrito como 'um profissional impreparado', pode ler-se no texto.Mário Crespo faz ainda uma análise de 2010, entendendo que 'o primeiro-ministro já não tem tantos 'problemas' nos media como tinha em 2009'. O final do ‘Jornal de Sexta' da TVI e o afastamento de Manuela Moura Guedes, a saída de José Eduardo Moniz da TVI, a demissão do director do Público, José Manuel Fernandes, são alguns dos alegados problemas resolvidos no ano passado, que o jornalista descreve. O artigo «O Fim da Linha», que deveria ter sido publicado no JN, foi censurado pela direcção do jornal. É óbvio que Mário Crespo, pelo seu profissionalismo e independência, incomoda qualquer ditador e, consequentemente, não pode, por isso, deixar de incomodar também os bajuladores, ávidos das benesses orçamentais. .R E S I S T Ê N C I A.Resistem, no presente, os que ficaram,Outrora, num tormento de amargura,Mas, sem disistir nunca, se lançaram,De peito aberto, à luta, que era dura.Resistem, sem pensarem que é em vãoQue tentam manter vivo, no país,O sopro, que varreu toda a nação,À volta doutro tempo mais feliz.Resistem!... Mas o tempo é de cobardes,Na sombra, conspirando, traiçoeiros,Vendidos à ganância de terceiros.Mas, tal como às manhãs sucedem tardes,Depois das muitas teses, em que insistem,Dará razão o tempo aos que resistem.Vítor CintraNo livro: RECADOS

(imagem recolhida na internet)O jornalista da SIC Notícias Mário Crespo denuncia esta segunda-feira, num artigo publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, ter sido o centro de uma conversa entre José Sócrates, Jorge Lacão e Pedro Silva Pereira, na qual terá sido descrito como "mentalmente débil".No texto, intitulado 'O Fim da Linha', Mário Crespo afirma que a conversa ocorreu no dia 26 de Janeiro, dia da entrega do Orçamento no Parlamento, num hotel de Lisboa. À mesa estavam o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, que tem a tutela da Comunicação Social, o ministro da Presidência e um executivo de televisão, que o jornalista não identifica. 'Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ('um louco') a necessitar de ('ir para o manicómio'). Fui descrito como 'um profissional impreparado', pode ler-se no texto.Mário Crespo faz ainda uma análise de 2010, entendendo que 'o primeiro-ministro já não tem tantos 'problemas' nos media como tinha em 2009'. O final do ‘Jornal de Sexta' da TVI e o afastamento de Manuela Moura Guedes, a saída de José Eduardo Moniz da TVI, a demissão do director do Público, José Manuel Fernandes, são alguns dos alegados problemas resolvidos no ano passado, que o jornalista descreve. O artigo «O Fim da Linha», que deveria ter sido publicado no JN, foi censurado pela direcção do jornal. É óbvio que Mário Crespo, pelo seu profissionalismo e independência, incomoda qualquer ditador e, consequentemente, não pode, por isso, deixar de incomodar também os bajuladores, ávidos das benesses orçamentais. .R E S I S T Ê N C I A.Resistem, no presente, os que ficaram,Outrora, num tormento de amargura,Mas, sem disistir nunca, se lançaram,De peito aberto, à luta, que era dura.Resistem, sem pensarem que é em vãoQue tentam manter vivo, no país,O sopro, que varreu toda a nação,À volta doutro tempo mais feliz.Resistem!... Mas o tempo é de cobardes,Na sombra, conspirando, traiçoeiros,Vendidos à ganância de terceiros.Mas, tal como às manhãs sucedem tardes,Depois das muitas teses, em que insistem,Dará razão o tempo aos que resistem.Vítor CintraNo livro: RECADOS

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