Rui Rio atira-se a Jorge Lacão: "Está no Parlamento desde os anos 80, faz parte da mobília e vontade de fazer mudanças é nenhuma"

11-07-2020
marcar artigo

Rui Rio irritou-se por não ter conseguido convencer o PS e os principais partidos com assento parlamentar a votarem favoravelmente a proposta para acabar com os atuais moldes da Comissão de Transparência. O PSD viu ainda ser chumbada uma proposta que permitiria a entrada de personalidades reconhecidas da sociedade civil nas comissões de inquérito.

A dupla reprovação desta sexta-feira levou Rui Rio a atirar-se ao socialista Jorge Lacão, que lidera a Comissão da Transparência e que fez a defesa do chumbo às mudanças preconizadas pelos sociais-democratas. “Ouvimos o deputado do PS, que é precisamente o que preside à Comissão de Transparência e Ética, defender a posição do PS e o seu próprio cargo”, afirmou no final presidente do PSD, que defendia a troca da referida comissão por um conselho liderado por uma personalidade externa, como um antigo presidente da Assembleia da República.

Para Rui Rio, a lógica que impera no Parlamento “é não fazer reforma nenhuma, apenas mudar umas coisas para que tudo fique na mesma”. “Podem contar comigo para fazer reformas fundamentais, com moderação, pois ninguém quer uma uma revolução”, enfatizou.

Na defesa das suas propostas, Rui Rio acabou por ser acusado de populismo, situação a que não foi alheio o facto de apenas André Ventura ter votado ao lado do PSD, enquanto o PAN e Iniciativa Liberal se abstiveram. O imobilismo que Rio reclama reinar da AR deve-se, sobretudo, ao facto de os deputados eleitos se eternizarem no Parlamento, como é o caso do deputado Jorge Lacão, “que fez as principais críticas ao nosso diploma".

Rio lembra que o deputado está na AR “desde os anos 80, faz parte da mobília e a abertura para que qualquer coisa mude é nenhuma”. Quanto ao argumento de populismo de chamar às comissões de inquérito pessoas de fora, alegou que quem o critica “sabe o que é populismo e que só dizem isso por não terem mais nada para dizer”.

O líder social-democrata também sustentou não existir qualquer contradição na sua vontade de abrir o Parlamento a cidadãos externos e ter proposto um maior número de assinaturas para que uma petição seja discutida no plenário. “Não é fechar a porta aos cidadãos. É haver sensatez e equilíbrio”, disse, justificando que antigamente recolher cinco mil assinaturas “era um trabalho imenso”, enquanto hoje, com a internet, “consegue-se com a maior das facilidades cinco mil assinaturas debate no Parlamento em sede de comissão e 15 mil para ter a nobreza de debate em plenário”.

“Se fossem apenas mil não se fazia outra coisa no Parlamento que não fosse discutir petições”, concluiu.

Rui Rio irritou-se por não ter conseguido convencer o PS e os principais partidos com assento parlamentar a votarem favoravelmente a proposta para acabar com os atuais moldes da Comissão de Transparência. O PSD viu ainda ser chumbada uma proposta que permitiria a entrada de personalidades reconhecidas da sociedade civil nas comissões de inquérito.

A dupla reprovação desta sexta-feira levou Rui Rio a atirar-se ao socialista Jorge Lacão, que lidera a Comissão da Transparência e que fez a defesa do chumbo às mudanças preconizadas pelos sociais-democratas. “Ouvimos o deputado do PS, que é precisamente o que preside à Comissão de Transparência e Ética, defender a posição do PS e o seu próprio cargo”, afirmou no final presidente do PSD, que defendia a troca da referida comissão por um conselho liderado por uma personalidade externa, como um antigo presidente da Assembleia da República.

Para Rui Rio, a lógica que impera no Parlamento “é não fazer reforma nenhuma, apenas mudar umas coisas para que tudo fique na mesma”. “Podem contar comigo para fazer reformas fundamentais, com moderação, pois ninguém quer uma uma revolução”, enfatizou.

Na defesa das suas propostas, Rui Rio acabou por ser acusado de populismo, situação a que não foi alheio o facto de apenas André Ventura ter votado ao lado do PSD, enquanto o PAN e Iniciativa Liberal se abstiveram. O imobilismo que Rio reclama reinar da AR deve-se, sobretudo, ao facto de os deputados eleitos se eternizarem no Parlamento, como é o caso do deputado Jorge Lacão, “que fez as principais críticas ao nosso diploma".

Rio lembra que o deputado está na AR “desde os anos 80, faz parte da mobília e a abertura para que qualquer coisa mude é nenhuma”. Quanto ao argumento de populismo de chamar às comissões de inquérito pessoas de fora, alegou que quem o critica “sabe o que é populismo e que só dizem isso por não terem mais nada para dizer”.

O líder social-democrata também sustentou não existir qualquer contradição na sua vontade de abrir o Parlamento a cidadãos externos e ter proposto um maior número de assinaturas para que uma petição seja discutida no plenário. “Não é fechar a porta aos cidadãos. É haver sensatez e equilíbrio”, disse, justificando que antigamente recolher cinco mil assinaturas “era um trabalho imenso”, enquanto hoje, com a internet, “consegue-se com a maior das facilidades cinco mil assinaturas debate no Parlamento em sede de comissão e 15 mil para ter a nobreza de debate em plenário”.

“Se fossem apenas mil não se fazia outra coisa no Parlamento que não fosse discutir petições”, concluiu.

marcar artigo