poesia: eugénio de andrade

02-09-2020
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Debruço-me para escutar o canto. De onde viria, se a luz sabia a sal? Dele
falava quando disse que o outono já se estendera sobre a palha. A terra cheia
bem: no silêncio crispado as maçãs ardiam de doçura.

     Era no
tempo em que as cabras subiam às falésias. Talvez algum pastor lhes seguisse o
rasto. E cantasse então.

eugénio de andrade

memória doutro rio

poesia

fundação eugénio de andrade

2000

    
Debruço-me para escutar o canto. De onde viria, se a luz sabia a sal? Dele
falava quando disse que o outono já se estendera sobre a palha. A terra cheia
bem: no silêncio crispado as maçãs ardiam de doçura.

     Era no
tempo em que as cabras subiam às falésias. Talvez algum pastor lhes seguisse o
rasto. E cantasse então.

eugénio de andrade

memória doutro rio

poesia

fundação eugénio de andrade

2000

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