De cor: Eu sou livre, tu és livre, viva a livraria!

20-06-2020
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Este jogo de palavras é dos que
aparece de vez em quando na rede social com que me dou. Uma piada a valorizar o
livro e a leitura como ferramentas e práticas que podem promover o espírito
crítico e abrir horizontes aos seus mais assíduos utilizadores. Mas a gracinha,
no contexto destes dias que correm, leva-nos, claro, para outro caminho: o
mediático impacto dos novos partidos no comportamento dos seus deputados e no
próprio desempenho da AR. Potenciado sobretudo pela deputada eleita pelo Livre,
mas não só, de quem aliás quase todos já temíamos, pelas mais diferentes e
opostas razões, o desmascarar de várias pulsões latentes no comportamento de
cidadãos a quem se devolve ciclicamente o direito e o dever de escolher quem
nos governa, e que se distraem a desdenhar os Partidos e a deslumbrarem-se com
heróis. É verdade, também, que todos os Partidos se foram moldando a este gosto
e se enchem de candidatos a heróis que julgam que para não parecer o político
odiável não é preciso perceber de Política.

Se do Livre vamos tendo, graças à
vistosa deputada, notícias em catadupa do que corre menos bem, do Chega! vamos
conhecendo detalhes sórdidos da sua pop-star e o incómodo de alguns que,
coitados, parece que foram ao desengano quando integraram o Partido e bateram
agora com a porta. Mas também o Iniciativa Liberal parece não estar, enquanto
Partido, a viver tão mais tranquilos dias quanto os “velhos Partidos” de quem
cativaram muitos eleitores, a braços igualmente com questões de liderança.
Fá-lo-ão provavelmente em circuito mais discreto, se não ensinados pelo
habitual funcionamento muito intestino dos tais “velhos Partidos” de onde
saíram, talvez pela prática do segredo como alma do negócio que é o ar que
respiram há mais tempo.

O aparecimento dos novos Partidos
parecia reflectir um avanço na maturidade democrática do País. Afinal, apenas
reflectiu o aviso do papel de todos os que, em diferentes níveis, tresleram o
impacto de uma cultura do “salve-se quem puder”, do “eles e nós”, do “subir na
vida e ser alguém”, pelo preço de um prato de lentilhas. E estes “radicais
livres”, reagindo a um equilíbrio que acusavam de caduco, viciado, falo dos
chamados Partidos do sistema, ganharam espaço qual moléculas libertadas pelo
metabolismo do corpo que, se na realidade provocam doenças degenerativas de
envelhecimento e morte celular, metaforicamente não significam nenhum
rejuvenescimento da nossa Democracia.

Como as piadas desde sempre
ensinam, esta que escolhi sobre liberdade e livros também nos ensina onde os
podemos encontrar: nas privadas e aliciantes livrarias (físicas ou on-line) e,
as minhas preferidas, nas acessíveis bibliotecas públicas. Ambas colectivos
organizados, com regras, e quando bem geridas, sempre dispostas a evoluir com o
tempo rejuvenescendo-se. E já agora que estou em maré de frases que são
best-sellers, na senda da importância do colectivo, lembro o velho e sábio
provérbio africano que nos ensina a ir mais longe, e não é sozinho.

Este jogo de palavras é dos que
aparece de vez em quando na rede social com que me dou. Uma piada a valorizar o
livro e a leitura como ferramentas e práticas que podem promover o espírito
crítico e abrir horizontes aos seus mais assíduos utilizadores. Mas a gracinha,
no contexto destes dias que correm, leva-nos, claro, para outro caminho: o
mediático impacto dos novos partidos no comportamento dos seus deputados e no
próprio desempenho da AR. Potenciado sobretudo pela deputada eleita pelo Livre,
mas não só, de quem aliás quase todos já temíamos, pelas mais diferentes e
opostas razões, o desmascarar de várias pulsões latentes no comportamento de
cidadãos a quem se devolve ciclicamente o direito e o dever de escolher quem
nos governa, e que se distraem a desdenhar os Partidos e a deslumbrarem-se com
heróis. É verdade, também, que todos os Partidos se foram moldando a este gosto
e se enchem de candidatos a heróis que julgam que para não parecer o político
odiável não é preciso perceber de Política.

Se do Livre vamos tendo, graças à
vistosa deputada, notícias em catadupa do que corre menos bem, do Chega! vamos
conhecendo detalhes sórdidos da sua pop-star e o incómodo de alguns que,
coitados, parece que foram ao desengano quando integraram o Partido e bateram
agora com a porta. Mas também o Iniciativa Liberal parece não estar, enquanto
Partido, a viver tão mais tranquilos dias quanto os “velhos Partidos” de quem
cativaram muitos eleitores, a braços igualmente com questões de liderança.
Fá-lo-ão provavelmente em circuito mais discreto, se não ensinados pelo
habitual funcionamento muito intestino dos tais “velhos Partidos” de onde
saíram, talvez pela prática do segredo como alma do negócio que é o ar que
respiram há mais tempo.

O aparecimento dos novos Partidos
parecia reflectir um avanço na maturidade democrática do País. Afinal, apenas
reflectiu o aviso do papel de todos os que, em diferentes níveis, tresleram o
impacto de uma cultura do “salve-se quem puder”, do “eles e nós”, do “subir na
vida e ser alguém”, pelo preço de um prato de lentilhas. E estes “radicais
livres”, reagindo a um equilíbrio que acusavam de caduco, viciado, falo dos
chamados Partidos do sistema, ganharam espaço qual moléculas libertadas pelo
metabolismo do corpo que, se na realidade provocam doenças degenerativas de
envelhecimento e morte celular, metaforicamente não significam nenhum
rejuvenescimento da nossa Democracia.

Como as piadas desde sempre
ensinam, esta que escolhi sobre liberdade e livros também nos ensina onde os
podemos encontrar: nas privadas e aliciantes livrarias (físicas ou on-line) e,
as minhas preferidas, nas acessíveis bibliotecas públicas. Ambas colectivos
organizados, com regras, e quando bem geridas, sempre dispostas a evoluir com o
tempo rejuvenescendo-se. E já agora que estou em maré de frases que são
best-sellers, na senda da importância do colectivo, lembro o velho e sábio
provérbio africano que nos ensina a ir mais longe, e não é sozinho.

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