Moções de censura ao PS vindas da esquerda dão "divórcio", avisa Costa

29-11-2019
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"No dia em que qualquer um deles sentir a necessidade de apresentar moções de censura, é no mesmo dia em que qualquer um de nós mete os papéis de divórcio. Nesse dia o casamento acabou, nesse dia o Governo acabou"

Assembleia teve "a última palavra"

Não há "cheques em branco"

"Foram criadas condições para formação de Governo, viabilização de programa de Governo e viabilização do Orçamento de 2016. E serão seguidas na legislatura".

Relação com Passos e Portas

"O que quero desejar é poder manter com ele as melhores relações de cordialidade democrática"

Vanessa Cruz / Notícia atualizada às 18:15

. E António Costa ainda não é primeiro-ministro, mas avisou já Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Os Verdes - partidos com quempara a legislatura - que se algum dia pretenderem avançar com uma moção de censura ao seu Governo PS, é "divórcio" na certa.À saída do hemiciclo, onde decorreu o debate do programa do Governo e consequente rejeição com a aprovação da moção do PS, o secretário-geral socialista ressalvou, contudo, que o que interessa são as "condições de partida" deste acordo político à esquerda e a "base credível" que ele tem.Sobre esses cenários futuros, "terão de ser os outros partidos a falar", respondeu aos jornalistas, pese embora tenha usado aquela imagem matrimonial para se referir ao que está em causa para os próximos quatro anos.É que os três acordos que assinou não excluem a possibilidade de BE, PCP e PEV, se assim o entenderem, avançarem com moções de censura ao PS, que liderará o Executivo.Só há uma cláusula, isso sim, sobre ser "inequívoco" que serão "rejeitadas" as moções de censura apresentadas pelo PSD e pelo CDS ao futuro Governo liderado por Costa.O líder do PS disse que se sente "muito tranquilo" e que, nesta fase, o que há a fazer é aguardar "serenamente" a decisão do Presidente da República. O processo volta agora a Belém. À estaca zero.No único discurso que proferiu no debate do programa do XX Governo Constitucional, António Costa enviou, de resto, alguns recados a Cavaco Silva, alegando que o acordo à esquerdaE, já lá fora, continuou: "A Assembleia da República pronunciou-se. Como disse o senhor Presidente da República, a última palavra cabe à AR.".Por isso, vai aguardar "serenamente" posição de Cavaco Silva.Defendendo com unhas e dentes o acordo que conseguiu alcançar à esquerda, António Costa ressalvou porém que não é um "cheque em branco". Sublinhou a "responsabilidade" que cada partido teve para se alcançarem "posições conjuntas", como na verdade são designados os acordos.Lembrou que "os acordos são públicos" e que "todos" podem lê-los e conhecê-los.Assim que António Costa acabou de discursar, o Governo abandonou o hemiciclo. Não sem antes Passos, Portas e Maria Luís receberem um aperto de mão do líder do PS, que foi junto a eles para prestar esse cumprimento.Lá fora, António Costa quis "manifestar respeito e consideração" por Passos Coelho e às perguntas dos jornalistas disse que "seria impróprio prosseguir agora, depois deste resultado, o debate que se manteve ao longo destes dias", recusando continuar a bater na mesma tecla das críticas.Passos passa agora à oposição, e avisou que está cá para "lutar", ao mesmo tempo quea Costa e ao seu "apetite" pelo poder. Portas também: "Esta vossa manobra não é bem um Governo,".Ora, quanto ao líder do CDS-PP, Costa diz que ele às vezes "diz algumas coisas mais com a emoção do que com a razão": "Tenho a certeza que aquela ameaça de oposição de obstrução permanente que foi aqui pronunciada foi fruto da emoção".

"No dia em que qualquer um deles sentir a necessidade de apresentar moções de censura, é no mesmo dia em que qualquer um de nós mete os papéis de divórcio. Nesse dia o casamento acabou, nesse dia o Governo acabou"

Assembleia teve "a última palavra"

Não há "cheques em branco"

"Foram criadas condições para formação de Governo, viabilização de programa de Governo e viabilização do Orçamento de 2016. E serão seguidas na legislatura".

Relação com Passos e Portas

"O que quero desejar é poder manter com ele as melhores relações de cordialidade democrática"

Vanessa Cruz / Notícia atualizada às 18:15

. E António Costa ainda não é primeiro-ministro, mas avisou já Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Os Verdes - partidos com quempara a legislatura - que se algum dia pretenderem avançar com uma moção de censura ao seu Governo PS, é "divórcio" na certa.À saída do hemiciclo, onde decorreu o debate do programa do Governo e consequente rejeição com a aprovação da moção do PS, o secretário-geral socialista ressalvou, contudo, que o que interessa são as "condições de partida" deste acordo político à esquerda e a "base credível" que ele tem.Sobre esses cenários futuros, "terão de ser os outros partidos a falar", respondeu aos jornalistas, pese embora tenha usado aquela imagem matrimonial para se referir ao que está em causa para os próximos quatro anos.É que os três acordos que assinou não excluem a possibilidade de BE, PCP e PEV, se assim o entenderem, avançarem com moções de censura ao PS, que liderará o Executivo.Só há uma cláusula, isso sim, sobre ser "inequívoco" que serão "rejeitadas" as moções de censura apresentadas pelo PSD e pelo CDS ao futuro Governo liderado por Costa.O líder do PS disse que se sente "muito tranquilo" e que, nesta fase, o que há a fazer é aguardar "serenamente" a decisão do Presidente da República. O processo volta agora a Belém. À estaca zero.No único discurso que proferiu no debate do programa do XX Governo Constitucional, António Costa enviou, de resto, alguns recados a Cavaco Silva, alegando que o acordo à esquerdaE, já lá fora, continuou: "A Assembleia da República pronunciou-se. Como disse o senhor Presidente da República, a última palavra cabe à AR.".Por isso, vai aguardar "serenamente" posição de Cavaco Silva.Defendendo com unhas e dentes o acordo que conseguiu alcançar à esquerda, António Costa ressalvou porém que não é um "cheque em branco". Sublinhou a "responsabilidade" que cada partido teve para se alcançarem "posições conjuntas", como na verdade são designados os acordos.Lembrou que "os acordos são públicos" e que "todos" podem lê-los e conhecê-los.Assim que António Costa acabou de discursar, o Governo abandonou o hemiciclo. Não sem antes Passos, Portas e Maria Luís receberem um aperto de mão do líder do PS, que foi junto a eles para prestar esse cumprimento.Lá fora, António Costa quis "manifestar respeito e consideração" por Passos Coelho e às perguntas dos jornalistas disse que "seria impróprio prosseguir agora, depois deste resultado, o debate que se manteve ao longo destes dias", recusando continuar a bater na mesma tecla das críticas.Passos passa agora à oposição, e avisou que está cá para "lutar", ao mesmo tempo quea Costa e ao seu "apetite" pelo poder. Portas também: "Esta vossa manobra não é bem um Governo,".Ora, quanto ao líder do CDS-PP, Costa diz que ele às vezes "diz algumas coisas mais com a emoção do que com a razão": "Tenho a certeza que aquela ameaça de oposição de obstrução permanente que foi aqui pronunciada foi fruto da emoção".

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