abro Paginas Encontro Espelhos: Este silêncio de já não termos palavras

12-03-2020
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Cheguei a ter medo de te perder,tu não chegaste sequer a ter medo.Este silêncio de já não termos palavrasouve-se nas outras palavras que trocamos.
Miserável mundo nosso e alheio,igual ao que todos disseram da sua época,e pior, porque este vivemos nóse conhecemos nós, cada um conforme pode.
Já morrerem os ídolos todos da infânciae os da adolescência vão a caminho,sobrevivente é o teu olhar cego(hoje há já só um dos Righteous Brothers).
Na feira de velharias uma caixapara tabaco com uma rosa verde.Tem o preço ainda em escudos, uma falhanum dos cantos, uma pequena cruz de cal.
Permaneces aí, à lareira, lendo livros vivose o seu turbilhão de palavras profundas.Nunca mais chega o medo de nos perdermos,eco um do outro em ricochete de silêncios.

Helder Moura Pereira

daqui

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Cheguei a ter medo de te perder,tu não chegaste sequer a ter medo.Este silêncio de já não termos palavrasouve-se nas outras palavras que trocamos.
Miserável mundo nosso e alheio,igual ao que todos disseram da sua época,e pior, porque este vivemos nóse conhecemos nós, cada um conforme pode.
Já morrerem os ídolos todos da infânciae os da adolescência vão a caminho,sobrevivente é o teu olhar cego(hoje há já só um dos Righteous Brothers).
Na feira de velharias uma caixapara tabaco com uma rosa verde.Tem o preço ainda em escudos, uma falhanum dos cantos, uma pequena cruz de cal.
Permaneces aí, à lareira, lendo livros vivose o seu turbilhão de palavras profundas.Nunca mais chega o medo de nos perdermos,eco um do outro em ricochete de silêncios.

Helder Moura Pereira

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