EUTANÁSIA protestos contra legalização

20-06-2020
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EUTANÁSIA protestos contra
legalização

Milhares
de pessoas protestaram contra a legalização, em dia de votações no Parlamento

Fev 20, 2020 - 15:46

«Esmagadora maioria da sociedade portuguesa nunca aplicará esta
lei» – António Pinheiro Torres

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Milhares
de pessoas participaram hoje numa concentração diante da Assembleia da
República, em protesto contra as propostas de legalização da eutanásia, em
discussão e votação no Parlamento.

António
Pinheiro Torres, vice-presidente da FPV, disse perante os manifestantes que,
“aconteça o que acontecer, a esmagadora maioria da sociedade portuguesa nunca
aplicará esta lei”.

José
Ribeiro e Castro, um dos mandatários da Iniciativa Popular de Referendo,
referiu à Agência ECCLESIA que este é um “dia muito triste” na vida democrática
em Portugal, questionando a legitimidade do Parlamento para decidir sobre esta
matéria.

“O
dia de hoje é dos dias mais tristes da história portuguesa, um dia muito triste
na nossa democracia, porque é o dia de uma tentativa de contrarrevolução
legislativa, que procura destruir a garantia fundamental inscrita na
Constituição: a vida humana é inviolável”, sustentou.

Para
o antigo líder do CDS, é necessário dar “voz ao povo soberano”, em referendo,
sobre matéria “fundamental” para a sociedade.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

A
concentração iniciou-se por volta das 12h30, com várias palavras de ordem, como
‘Vida sim, morte não’.

Isilda
Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV), falou num país
“mobilizado” nesta causa, em defesa “de uma lei humanista, uma lei que preserve
vidas, que dê condições de saúde a todos os portugueses”.

““Exigimos
o respeito pela vontade popular”, referiu aos manifestantes.

Durante
a iniciativa, decorreu a recolha assinaturas para realização de um referendo
para travar a legalização da eutanásia, que tem o apoio da Conferência
Episcopal Portuguesa.

António
Pinheiro Torres espera que aquando das primeiras contagens, a 4 de março,
tenham sido atingidas as 60 mil assinaturas necessárias para o Parlamento
discutir a proposta.

Sofia
Guedes, fundadora do ‘Stop Eutanásia’, indicou à Agência ECCLESIA que este é um
momento de “despertar as consciências” e promover “uma revolução cultural e
humana”, por considerar que esta em causa, nas propostas de lei em debate, a
“morte de uma sociedade”.

“Isto
é usar o desespero das pessoas para as encostar à morte”, acusou.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Em
2018, o parlamento debateu projetos de despenalização da eutanásia,
apresentados pelo PS, BE, PAN e Verdes, que foram rejeitados, numa votação
nominal dos deputados.

Eugénio
Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, considera que a prioridade deveria
passar por um investimento, em conjunto com o Estado e a sociedade civil, nos
cuidados paliativos.

“Acho
que temos ao nosso alcance muitas possibilidades de seguir outro caminho”,
disse à ECCLESIA.

“Somos
a favor da vida em todas as suas circunstância e em qualquer condição que a
pessoa se encontre”, acrescentou.

O
responsável enviou uma carta aberta ao Parlamento, na qual pede que a aposta dos
deputados seja “dar mais dignidade à vida”.

Entre
os manifestantes estava Maria Leitão, de Lisboa, para quem houve falta de
debate e existe falta de informação, assumindo-se como “pró-vida”

“Sou
a favor dos valores, de uma sociedade com valores, e sou contra uma sociedade
que queira acabar com os valores. Isto é uma política contra a vida, contra o
amor, contra a liberdade”, afirmou.

Um
dos jovens que se dedicou à recolha de assinaturas foi Bernardo Reis, que à
ECCLESIA justificou esta decisão: “Estamos a tentar que o Parlamento nos oiça,
porque é uma coisa que ainda não fizeram”.

“Isto
não pode ser aceite, não pode seguir em frente, e queremos marcar esta
posição”, prosseguiu.

A
Assembleia da República decide hoje, na generalidade, sobre os cinco projetos
de lei  – BE, PS, PAN, PEV e Iniciativa Liberal – que preveem a
legalização da eutanásia em Portugal, com uma votação nominal.

EUTANÁSIA protestos contra
legalização

Milhares
de pessoas protestaram contra a legalização, em dia de votações no Parlamento

Fev 20, 2020 - 15:46

«Esmagadora maioria da sociedade portuguesa nunca aplicará esta
lei» – António Pinheiro Torres

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Milhares
de pessoas participaram hoje numa concentração diante da Assembleia da
República, em protesto contra as propostas de legalização da eutanásia, em
discussão e votação no Parlamento.

António
Pinheiro Torres, vice-presidente da FPV, disse perante os manifestantes que,
“aconteça o que acontecer, a esmagadora maioria da sociedade portuguesa nunca
aplicará esta lei”.

José
Ribeiro e Castro, um dos mandatários da Iniciativa Popular de Referendo,
referiu à Agência ECCLESIA que este é um “dia muito triste” na vida democrática
em Portugal, questionando a legitimidade do Parlamento para decidir sobre esta
matéria.

“O
dia de hoje é dos dias mais tristes da história portuguesa, um dia muito triste
na nossa democracia, porque é o dia de uma tentativa de contrarrevolução
legislativa, que procura destruir a garantia fundamental inscrita na
Constituição: a vida humana é inviolável”, sustentou.

Para
o antigo líder do CDS, é necessário dar “voz ao povo soberano”, em referendo,
sobre matéria “fundamental” para a sociedade.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

A
concentração iniciou-se por volta das 12h30, com várias palavras de ordem, como
‘Vida sim, morte não’.

Isilda
Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV), falou num país
“mobilizado” nesta causa, em defesa “de uma lei humanista, uma lei que preserve
vidas, que dê condições de saúde a todos os portugueses”.

““Exigimos
o respeito pela vontade popular”, referiu aos manifestantes.

Durante
a iniciativa, decorreu a recolha assinaturas para realização de um referendo
para travar a legalização da eutanásia, que tem o apoio da Conferência
Episcopal Portuguesa.

António
Pinheiro Torres espera que aquando das primeiras contagens, a 4 de março,
tenham sido atingidas as 60 mil assinaturas necessárias para o Parlamento
discutir a proposta.

Sofia
Guedes, fundadora do ‘Stop Eutanásia’, indicou à Agência ECCLESIA que este é um
momento de “despertar as consciências” e promover “uma revolução cultural e
humana”, por considerar que esta em causa, nas propostas de lei em debate, a
“morte de uma sociedade”.

“Isto
é usar o desespero das pessoas para as encostar à morte”, acusou.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Em
2018, o parlamento debateu projetos de despenalização da eutanásia,
apresentados pelo PS, BE, PAN e Verdes, que foram rejeitados, numa votação
nominal dos deputados.

Eugénio
Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, considera que a prioridade deveria
passar por um investimento, em conjunto com o Estado e a sociedade civil, nos
cuidados paliativos.

“Acho
que temos ao nosso alcance muitas possibilidades de seguir outro caminho”,
disse à ECCLESIA.

“Somos
a favor da vida em todas as suas circunstância e em qualquer condição que a
pessoa se encontre”, acrescentou.

O
responsável enviou uma carta aberta ao Parlamento, na qual pede que a aposta dos
deputados seja “dar mais dignidade à vida”.

Entre
os manifestantes estava Maria Leitão, de Lisboa, para quem houve falta de
debate e existe falta de informação, assumindo-se como “pró-vida”

“Sou
a favor dos valores, de uma sociedade com valores, e sou contra uma sociedade
que queira acabar com os valores. Isto é uma política contra a vida, contra o
amor, contra a liberdade”, afirmou.

Um
dos jovens que se dedicou à recolha de assinaturas foi Bernardo Reis, que à
ECCLESIA justificou esta decisão: “Estamos a tentar que o Parlamento nos oiça,
porque é uma coisa que ainda não fizeram”.

“Isto
não pode ser aceite, não pode seguir em frente, e queremos marcar esta
posição”, prosseguiu.

A
Assembleia da República decide hoje, na generalidade, sobre os cinco projetos
de lei  – BE, PS, PAN, PEV e Iniciativa Liberal – que preveem a
legalização da eutanásia em Portugal, com uma votação nominal.

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