Confusão com polícia, militantes e lesados do BES no arranque da arruada do PS em Coimbra

12-05-2020
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(Artigo atualizado ao longo do dia)

A arruada do PS em Coimbra tinha hora marcada para começar, cinco da tarde. No Largo da portagem, logo no início do percurso, um grupo de lesados do BES sabia já que vinham reforços de topo para ajudar Pedro Marques: António Costa, nem mais nem menos. Por isso, posicionaram-se para receber o secretário-geral do PS (e também primeiro-ministro) com um protesto. Mesmo antes de o líder socialista chegar, o ambiente já tinha começado a aquecer quando alguns militantes do partido se aproximaram do grupo de lesados — que não estava identificado enquanto tal sendo que alguns elementos tinham até camisolas e bandeiras do PS — e começaram alguns empurrões entre as duas partes.

Em ambiente de campanha os ânimos tendem a exaltar-se mais do que o costume, sobretudo quando está o chefe de governo presente, porque acabam por juntar-se sempre alguns protestos nacionais. Costa chegou aliás, acompanhado por sete seguranças do corpo de segurança do primeiro-ministro. A acompanhar a arruada estavam também elementos fardados da PSP e pelo menos um não fardado. Questionado pelos jornalistas sobre o aparato, o secretário-geral do PS respondeu apenas: “Tem de perguntar à PSP”.

Quando Costa saiu do carro, alguns dos manifestantes tentaram aproximar-se do primeiro-ministro para falarem da sua situação e rapidamente se instalou a confusão entre os militantes do Partido Socialista e os lesados. A polícia interveio, nessa altura, para afastar os manifestantes da iniciativa socialista que seguiu pela baixa de Coimbra. No vídeo captado pela reportagem do Observador, vê-se uma manifestante de bandeira na mão a ser afastada pelos agentes da PSP e a gritar: “Eu não estou aqui para fazer mal a ninguém, eu sou livre.” Mais à frente vê-se outro grupo de militantes numa discussão com elementos dos lesados do BES, também a ser separados pela polícia. No meio aparece também o diretor de campanha de Pedro Marques, João Azevedo, a aconselhar “calma”.

[Veja aqui as imagens:]

Durante a arruada, dois dos elementos daquele grupo ainda conseguiram chegar junto de António Costa para exporem os seus argumentos, mas já sem encontrões. O primeiro-ministro respondeu-lhes com a solução a que aderiram a quase totalidade dos lesados do papel comercial ao fundo de recuperação de créditos nos balcões do Novo Banco. Depois, em declarações aos jornalistas, repetiu que houve “um processo de diálogo entre as associações de lesados do BES, com CMVM e Banco de Portugal e foi encontrada uma solução para 99% dos lesados. Se 99% aceita uma solução que procura mitigar o prejuízo sofrido e houve 1% que decidiu não aceitar, eu respeito. Há outras vias que estão abertas, agora quando 99% já aceitaram, eu diria que é uma maioria relativamente expressiva, é o mínimo que podemos dizer“.

(Artigo atualizado ao longo do dia)

A arruada do PS em Coimbra tinha hora marcada para começar, cinco da tarde. No Largo da portagem, logo no início do percurso, um grupo de lesados do BES sabia já que vinham reforços de topo para ajudar Pedro Marques: António Costa, nem mais nem menos. Por isso, posicionaram-se para receber o secretário-geral do PS (e também primeiro-ministro) com um protesto. Mesmo antes de o líder socialista chegar, o ambiente já tinha começado a aquecer quando alguns militantes do partido se aproximaram do grupo de lesados — que não estava identificado enquanto tal sendo que alguns elementos tinham até camisolas e bandeiras do PS — e começaram alguns empurrões entre as duas partes.

Em ambiente de campanha os ânimos tendem a exaltar-se mais do que o costume, sobretudo quando está o chefe de governo presente, porque acabam por juntar-se sempre alguns protestos nacionais. Costa chegou aliás, acompanhado por sete seguranças do corpo de segurança do primeiro-ministro. A acompanhar a arruada estavam também elementos fardados da PSP e pelo menos um não fardado. Questionado pelos jornalistas sobre o aparato, o secretário-geral do PS respondeu apenas: “Tem de perguntar à PSP”.

Quando Costa saiu do carro, alguns dos manifestantes tentaram aproximar-se do primeiro-ministro para falarem da sua situação e rapidamente se instalou a confusão entre os militantes do Partido Socialista e os lesados. A polícia interveio, nessa altura, para afastar os manifestantes da iniciativa socialista que seguiu pela baixa de Coimbra. No vídeo captado pela reportagem do Observador, vê-se uma manifestante de bandeira na mão a ser afastada pelos agentes da PSP e a gritar: “Eu não estou aqui para fazer mal a ninguém, eu sou livre.” Mais à frente vê-se outro grupo de militantes numa discussão com elementos dos lesados do BES, também a ser separados pela polícia. No meio aparece também o diretor de campanha de Pedro Marques, João Azevedo, a aconselhar “calma”.

[Veja aqui as imagens:]

Durante a arruada, dois dos elementos daquele grupo ainda conseguiram chegar junto de António Costa para exporem os seus argumentos, mas já sem encontrões. O primeiro-ministro respondeu-lhes com a solução a que aderiram a quase totalidade dos lesados do papel comercial ao fundo de recuperação de créditos nos balcões do Novo Banco. Depois, em declarações aos jornalistas, repetiu que houve “um processo de diálogo entre as associações de lesados do BES, com CMVM e Banco de Portugal e foi encontrada uma solução para 99% dos lesados. Se 99% aceita uma solução que procura mitigar o prejuízo sofrido e houve 1% que decidiu não aceitar, eu respeito. Há outras vias que estão abertas, agora quando 99% já aceitaram, eu diria que é uma maioria relativamente expressiva, é o mínimo que podemos dizer“.

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