PUXAPALAVRA: Mas Senhor... foram só 131!...

02-09-2020
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Mas Senhor... foram só 131!...

Não é por muito se agachar que Portugal defende melhor os seus interesses e dignidade. Refiro-me aos 131 voos da CIA com escala em Portugal, objecto de investigação da União Europeia, suspeitos de transportarem ilegalmente prisioneiros para submeter a tortura em países "amigos" (dos EUA) e que querem lá saber disso de direitos humanos. Claro que a Administração W. Bush também não perde tempo com tais ninharias ( o seu core business é, aliás, o negócio político e financeiro, a pretexto e em torno da luta contra o terrorismo, mesmo com o prejuízo desta) mas vê-se obrigada a ludibriar a opinião pública americana e a democracia do seu país que continua em muitos aspectos exemplar apesar de todos os Bushs e interesses associados.

Nomeadamente o eurodeputado do PSD Carlos Coelho que dirige no Parlamento Europeu a investigação sobre os voos ilegais da CIA e a deputada Ana Gomes através de diligências institucionais de que tem dado nota no seu blog Causa Nossa [ aqui ] ou [ aqui, p. ex .] têm de algum modo salvo a honra do convento, isto é, de Portugal.

131 voos!? 131, não foi 1 nem 2, mas o Governo de Sócrates não viu nada. Nem os anteriores, que isto vem desde 2001. E está abespinhado com quem viu. Com a União Europeia (que trata isto também incomodada e porque não tem outro remédio) e alguns parvos que andam aí a olhar e a ver os aviões passar.

Com Durão Barroso e um governo da direita ainda seria pior. Como bem vimos com o encontro dos Açores sobre o Iraque e o apoio a esta guerra das petrolíferas americanas e não só.

É um posição diplomática portuguesa já muito antiga. Tradicional, digamos, esta de nos pormos de rabo para o ar de cada vez que a poderosa América nos exige qualquer coisa feia.

Seria despropositada uma atitude diplomática quixotesca. Mas tanta permissividade respeita-nos como nação? Sei que a Espanha é maior, mais forte, mais poderosa mas comparada com os Estados Unidos pouca diferença faz de nós. E, no entanto, com Zapatero ou sem Zapatero não tem esta nossa pulsão do agachar.

Mas Senhor... foram só 131!...

Não é por muito se agachar que Portugal defende melhor os seus interesses e dignidade. Refiro-me aos 131 voos da CIA com escala em Portugal, objecto de investigação da União Europeia, suspeitos de transportarem ilegalmente prisioneiros para submeter a tortura em países "amigos" (dos EUA) e que querem lá saber disso de direitos humanos. Claro que a Administração W. Bush também não perde tempo com tais ninharias ( o seu core business é, aliás, o negócio político e financeiro, a pretexto e em torno da luta contra o terrorismo, mesmo com o prejuízo desta) mas vê-se obrigada a ludibriar a opinião pública americana e a democracia do seu país que continua em muitos aspectos exemplar apesar de todos os Bushs e interesses associados.

Nomeadamente o eurodeputado do PSD Carlos Coelho que dirige no Parlamento Europeu a investigação sobre os voos ilegais da CIA e a deputada Ana Gomes através de diligências institucionais de que tem dado nota no seu blog Causa Nossa [ aqui ] ou [ aqui, p. ex .] têm de algum modo salvo a honra do convento, isto é, de Portugal.

131 voos!? 131, não foi 1 nem 2, mas o Governo de Sócrates não viu nada. Nem os anteriores, que isto vem desde 2001. E está abespinhado com quem viu. Com a União Europeia (que trata isto também incomodada e porque não tem outro remédio) e alguns parvos que andam aí a olhar e a ver os aviões passar.

Com Durão Barroso e um governo da direita ainda seria pior. Como bem vimos com o encontro dos Açores sobre o Iraque e o apoio a esta guerra das petrolíferas americanas e não só.

É um posição diplomática portuguesa já muito antiga. Tradicional, digamos, esta de nos pormos de rabo para o ar de cada vez que a poderosa América nos exige qualquer coisa feia.

Seria despropositada uma atitude diplomática quixotesca. Mas tanta permissividade respeita-nos como nação? Sei que a Espanha é maior, mais forte, mais poderosa mas comparada com os Estados Unidos pouca diferença faz de nós. E, no entanto, com Zapatero ou sem Zapatero não tem esta nossa pulsão do agachar.

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