O bailado de Costa entre a velha Geringonça e os “velhinhos do Restelo”

25-09-2020
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As declarações de amor fazem-se com destinatário certo, mas em público anunciar os nomes nem sempre as relações mais modernas permitem. É assim, entre PS, Bloco e PCP, até com o PSD. Ora de mão de dada, ora com juras de amor mais ou menos duradouro, ora zangados, envolvidos em arrufos, ora em tom próximo da injúria. Como hoje quando, menos de 24 horas passadas de juntos terem aprovado o fim dos debates quinzenais, António Costa catalogou o PSD como o “partido dos velhinhos do Restelo”. Como hoje, quando disse, com todas as letras, ser “com os partidos que connosco viraram a página da austeridade que queremos prosseguir o caminho iniciado em 2015”. Os nomes ficaram para depois, mas a declaração ficou feita.

No primeiro debate de Estado da Nação da era Covid, António Costa entrou de confiança reforçada. Embalado pelas sondagens do dia que o colocam mais de dez pontos à frente do PSD, mas ainda sem a maioria absoluta, o primeiro-ministro trazia a frase preparada. A Nação está “consternada no luto, mas mobilizada para a luta” e disse estar pronto para a liderar. Sem os nomear disse com quem voltava a contar e defendeu que “a magnitude da tarefa em mãos não se compadece com acordos de curto prazo, nem com táticas de vistas curtas, baseadas em despiques de popularidade, competições de descolagem ou exercícios de calculismo eleitoral”. E a corte estava lançada. Rui Rio acusaria o toque e haveria de considerar a postura do primeiro-ministro como um “pedido de casamento com papel assinado, com PCP e BE”. Por sua vez, Cecília Meireles, assinalaria que “são cada vez menos os partidos a não querer fazer parte da geringonça”, mas anunciava que o CDS não o queria.

As declarações de amor fazem-se com destinatário certo, mas em público anunciar os nomes nem sempre as relações mais modernas permitem. É assim, entre PS, Bloco e PCP, até com o PSD. Ora de mão de dada, ora com juras de amor mais ou menos duradouro, ora zangados, envolvidos em arrufos, ora em tom próximo da injúria. Como hoje quando, menos de 24 horas passadas de juntos terem aprovado o fim dos debates quinzenais, António Costa catalogou o PSD como o “partido dos velhinhos do Restelo”. Como hoje, quando disse, com todas as letras, ser “com os partidos que connosco viraram a página da austeridade que queremos prosseguir o caminho iniciado em 2015”. Os nomes ficaram para depois, mas a declaração ficou feita.

No primeiro debate de Estado da Nação da era Covid, António Costa entrou de confiança reforçada. Embalado pelas sondagens do dia que o colocam mais de dez pontos à frente do PSD, mas ainda sem a maioria absoluta, o primeiro-ministro trazia a frase preparada. A Nação está “consternada no luto, mas mobilizada para a luta” e disse estar pronto para a liderar. Sem os nomear disse com quem voltava a contar e defendeu que “a magnitude da tarefa em mãos não se compadece com acordos de curto prazo, nem com táticas de vistas curtas, baseadas em despiques de popularidade, competições de descolagem ou exercícios de calculismo eleitoral”. E a corte estava lançada. Rui Rio acusaria o toque e haveria de considerar a postura do primeiro-ministro como um “pedido de casamento com papel assinado, com PCP e BE”. Por sua vez, Cecília Meireles, assinalaria que “são cada vez menos os partidos a não querer fazer parte da geringonça”, mas anunciava que o CDS não o queria.

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