Covid. A responsabilidade individual, a previsão de mil casos diários e a recusa em fechar: “Parece que estamos a celebrar o modelo sueco”

25-09-2020
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Não se pode esconder a “gravidade” da situação, declarou sexta-feira António Costa no final de uma reunião do gabinete de crise, que fora agendada para acompanhar a evolução recente da pandemia de covid-19 em Portugal. O primeiro-ministro admitiu mesmo que o país pode chegar em breve aos mil novos casos diários de infeção pelo coronavírus. Horas depois, o Presidente da República apontou para o mesmo valor. “A pandemia está longe do fim, mas a economia não pode parar”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. Outro sinal de convergência: ambos sublinharam a responsabilidade individual dos cidadãos.

O imunologista Henrique Veiga Fernandes considera que “este ênfase na responsabilidade individual é inevitável” e está em linha com o discurso de outros líderes europeus. “Não me parece que haja alternativa”, declara. Já o sociólogo Nuno Dias confessa-se “surpreendido” com o “tom de ameaça”, “uma espécie de nuvem que paira sobre as nossas cabeças”. Costa e Marcelo responsabilizam os cidadãos “quando, na verdade, não temos provas de que o aumento de casos nas últimas semanas seja uma consequência de uma maior irresponsabilidade”, acrescenta.

Não se pode esconder a “gravidade” da situação, declarou sexta-feira António Costa no final de uma reunião do gabinete de crise, que fora agendada para acompanhar a evolução recente da pandemia de covid-19 em Portugal. O primeiro-ministro admitiu mesmo que o país pode chegar em breve aos mil novos casos diários de infeção pelo coronavírus. Horas depois, o Presidente da República apontou para o mesmo valor. “A pandemia está longe do fim, mas a economia não pode parar”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. Outro sinal de convergência: ambos sublinharam a responsabilidade individual dos cidadãos.

O imunologista Henrique Veiga Fernandes considera que “este ênfase na responsabilidade individual é inevitável” e está em linha com o discurso de outros líderes europeus. “Não me parece que haja alternativa”, declara. Já o sociólogo Nuno Dias confessa-se “surpreendido” com o “tom de ameaça”, “uma espécie de nuvem que paira sobre as nossas cabeças”. Costa e Marcelo responsabilizam os cidadãos “quando, na verdade, não temos provas de que o aumento de casos nas últimas semanas seja uma consequência de uma maior irresponsabilidade”, acrescenta.

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