Presidenciais: João Ferreira, o dirigente mais testado, pode chegar a líder com modelo de Cunhal

25-09-2020
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“Esse é um cenário que não está colocado.” É assim que João Ferreira responde à hipótese de chegar a líder do PCP no próximo congresso, marcado para novembro. As palavras são ipsis verbis as de Jerónimo de Sousa, o atual líder comunista, quando é chamado a pronunciar-se sobre a sua sucessão. Ambos terão razão, mas não deixa de ser relevante a maneira como repetem a mesma frase: o tema não foi ainda suscitado no Comité Central, mas o facto de, pela quinta vez, os comunistas terem escolhido João Ferreira para encabeçar uma corrida eleitoral — desta vez às presidenciais — é mais um sinal de que o eurodeputado está na frente da grelha de partida para a substituição de Jerónimo.

Pode até não ser já no próximo congresso que João Ferreira venha a ser entronizado na função de secretário-geral, mas torna-se cada vez mais certo que aí mesmo será dado um sinal público do destaque do ‘jovem’ dirigente na hierarquia do partido. No PCP, quem elege o líder é o Comité Central e não o congresso. E o histórico dirigente comunista Álvaro Cunhal traçou um modelo possível: nomeou Carlos Carvalhas seu número dois e só um ano depois lhe passou tranquilamente a pasta.

“Esse é um cenário que não está colocado.” É assim que João Ferreira responde à hipótese de chegar a líder do PCP no próximo congresso, marcado para novembro. As palavras são ipsis verbis as de Jerónimo de Sousa, o atual líder comunista, quando é chamado a pronunciar-se sobre a sua sucessão. Ambos terão razão, mas não deixa de ser relevante a maneira como repetem a mesma frase: o tema não foi ainda suscitado no Comité Central, mas o facto de, pela quinta vez, os comunistas terem escolhido João Ferreira para encabeçar uma corrida eleitoral — desta vez às presidenciais — é mais um sinal de que o eurodeputado está na frente da grelha de partida para a substituição de Jerónimo.

Pode até não ser já no próximo congresso que João Ferreira venha a ser entronizado na função de secretário-geral, mas torna-se cada vez mais certo que aí mesmo será dado um sinal público do destaque do ‘jovem’ dirigente na hierarquia do partido. No PCP, quem elege o líder é o Comité Central e não o congresso. E o histórico dirigente comunista Álvaro Cunhal traçou um modelo possível: nomeou Carlos Carvalhas seu número dois e só um ano depois lhe passou tranquilamente a pasta.

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