“Dei-te quase tudo”. Mesmo com “avanços” nos sócios gerentes, foi de menos. O não-acordo entre PS e Bloco

02-11-2020
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Há poucas situações na vida - e na política - que não encontrem uma música que as represente. O PS procurou e encontrou uma banda sonora para ao momento que está a viver com o Bloco de Esquerda. "Dei-te quase tudo e quase tudo foi demais". Foi mesmo um deputado socialista, João Paulo Pedrosa, que dedicou a música de Paulo Gonzo ao deputado bloquista José Soeiro, na tarde desta segunda-feira, no Parlamento. A dedicatória ficou por aqui, o socialista não se referiu ao facto de o Governo ter ficado com a vida "meio perdida" num "beco sem saída".

Mas é mesmo esse o cenário na véspera do início da discussão do Orçamento do Estado no Parlamento. É verdade que o documento já tem destino certo na primeira votação, mas a vida do Executivo ficou mais difícil daqui para a frente se o BE se mantiver contra e passar para o lado da oposição. A táctica de cada lado está a ser posta em prática: o BE diz que ainda há tempo para voltar atrás na votação final global, o Governo assume este voto contra inicial como um corte de relações e passa ao ataque à narrativa do BE, nos quatro pontos que seguraram a argumentação bloquista: Novo Banco ("zero cêntimos"), na saúde (mais dinheiro), na nova prestação social (mais pessoas abrangidas, incluindo os sócio-gerentes) e na lei laboral com um aviso, sem acordo no Orçamento, não há pacote laboral, num todo, que avance.

Primeiro, as novidades. Ainda antes da decisão do BE este domingo, o Governo enviou um email com alguns esclarecimentos e outros "avanços", a expressão que tem sido utilizada para sinalizar as medidas que vão conhecendo novas formatações. As principais mexidas foram mesmo na nova prestação social. Esta, deverá poder ser pedida também pelos sócios-gerentes, de acordo com um documento a que o Expresso teve acesso.

Há poucas situações na vida - e na política - que não encontrem uma música que as represente. O PS procurou e encontrou uma banda sonora para ao momento que está a viver com o Bloco de Esquerda. "Dei-te quase tudo e quase tudo foi demais". Foi mesmo um deputado socialista, João Paulo Pedrosa, que dedicou a música de Paulo Gonzo ao deputado bloquista José Soeiro, na tarde desta segunda-feira, no Parlamento. A dedicatória ficou por aqui, o socialista não se referiu ao facto de o Governo ter ficado com a vida "meio perdida" num "beco sem saída".

Mas é mesmo esse o cenário na véspera do início da discussão do Orçamento do Estado no Parlamento. É verdade que o documento já tem destino certo na primeira votação, mas a vida do Executivo ficou mais difícil daqui para a frente se o BE se mantiver contra e passar para o lado da oposição. A táctica de cada lado está a ser posta em prática: o BE diz que ainda há tempo para voltar atrás na votação final global, o Governo assume este voto contra inicial como um corte de relações e passa ao ataque à narrativa do BE, nos quatro pontos que seguraram a argumentação bloquista: Novo Banco ("zero cêntimos"), na saúde (mais dinheiro), na nova prestação social (mais pessoas abrangidas, incluindo os sócio-gerentes) e na lei laboral com um aviso, sem acordo no Orçamento, não há pacote laboral, num todo, que avance.

Primeiro, as novidades. Ainda antes da decisão do BE este domingo, o Governo enviou um email com alguns esclarecimentos e outros "avanços", a expressão que tem sido utilizada para sinalizar as medidas que vão conhecendo novas formatações. As principais mexidas foram mesmo na nova prestação social. Esta, deverá poder ser pedida também pelos sócios-gerentes, de acordo com um documento a que o Expresso teve acesso.

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