Novo líder da JS nega "tiques estalinistas". "Não quero reescrever a história"

14-12-2020
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O novo líder da JS, Miguel Matos, recusa estar a reescrever a história desta organização de juventude e considerou “injustas” as críticas que lhe foram feitas pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto.

“Essas críticas são injustas, porque várias vezes já destaquei e elogiei o papel de Sérgio Sousa Pinto no ativismo social na luta pela igualdade, designadamente pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. No meu discurso, era difícil referir-me a todos os anteriores 13 líderes da JS, mas todos foram importantes”, afirmou Miguel Costa Matos, à agência Lusa.

Este domingo, em declarações ao Observador que depois repetiu à agência Lusa, Sérgio Sousa Pinto, que liderou a Juventude Socialista, na década de 1990, acusou o novo líder da JS de revelar “tiques estalinistas” e de querer “retocar a história”, apagando “certas figuras” que tiveram responsabilidades de direção naquela estrutura partidária. “Teve um comportamento semelhante ao de Estaline“, lamentou

No discurso de encerramento do congresso do partido, que o confirmou como novo líder da JS, Miguel Costa Matos lembrou o “legado histórico” deixado pelos seus antecessores, desde Alberto Arons de Carvalho, o primeiro secretário-geral da JS, a Maria Begonha, que deixou este domingo o cargo, passando por outros “líderes marcantes” como “Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro, João Torres ou Margarida Marques”.

De fora do discurso de Costa Matos ficara ficaram nomes como António José Seguro, o único secretário-geral da JS que chegou a líder do partido, Jamila Madeira, que derrotou na altura Ana Catarina Mendes, atual líder parlamentar do PS, e Sérgio Sousa Pinto, uma das figuras mais relevantes da história da JS pelo papel que desempenhou no combate pela despenalização do aborto — guerra que comprou contra António Guterres e que perdeu depois de o então líder do PS ter acordado com Marcelo Rebelo de Sousa a realização de um referendo.

Na resposta a estas acusações, Miguel Costa Matos defendeu que se está perante “um mal-entendido” que pretende resolver “rapidamente” e observou que esta questão poderia ter ficado esclarecida “como camaradas no Grupo Parlamentar do PS e não na praça pública”.

“Não quero reescrever a história e tenho orgulho em todos os anteriores secretários-gerais da JS. Todos foram importantes para afirmar as nossas causas. Agora, na minha intervenção, apenas referi alguns e penso que é injusto exigir-se que 13 anteriores secretários-gerais sejam todos citados num discurso”, reagiu o novo líder da JS.

A defesa de Pedro Delgado Alves e Porfírio Silva

Entretanto, nas redes sociais, sucedem-se as críticas mas também as declarações de apoio a Costa Matos. No Facebook, Pedro Delgado Alves, deputado do PS e ele próprio um antigo líder da JS, manifestou total solidariedade para com o novo secretário-geral da ‘jota’.

“Teremos talvez um problema de falta de noção de quem acusa. Nada que um pedido de desculpas por um momento infeliz ou irrefletido não corrija”, escreve, referindo-se, naturalmente, a Sérgio Sousa Pinto.

O novo líder da JS, Miguel Matos, recusa estar a reescrever a história desta organização de juventude e considerou “injustas” as críticas que lhe foram feitas pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto.

“Essas críticas são injustas, porque várias vezes já destaquei e elogiei o papel de Sérgio Sousa Pinto no ativismo social na luta pela igualdade, designadamente pela despenalização da interrupção voluntária da gravidez. No meu discurso, era difícil referir-me a todos os anteriores 13 líderes da JS, mas todos foram importantes”, afirmou Miguel Costa Matos, à agência Lusa.

Este domingo, em declarações ao Observador que depois repetiu à agência Lusa, Sérgio Sousa Pinto, que liderou a Juventude Socialista, na década de 1990, acusou o novo líder da JS de revelar “tiques estalinistas” e de querer “retocar a história”, apagando “certas figuras” que tiveram responsabilidades de direção naquela estrutura partidária. “Teve um comportamento semelhante ao de Estaline“, lamentou

No discurso de encerramento do congresso do partido, que o confirmou como novo líder da JS, Miguel Costa Matos lembrou o “legado histórico” deixado pelos seus antecessores, desde Alberto Arons de Carvalho, o primeiro secretário-geral da JS, a Maria Begonha, que deixou este domingo o cargo, passando por outros “líderes marcantes” como “Pedro Nuno Santos, Duarte Cordeiro, João Torres ou Margarida Marques”.

De fora do discurso de Costa Matos ficara ficaram nomes como António José Seguro, o único secretário-geral da JS que chegou a líder do partido, Jamila Madeira, que derrotou na altura Ana Catarina Mendes, atual líder parlamentar do PS, e Sérgio Sousa Pinto, uma das figuras mais relevantes da história da JS pelo papel que desempenhou no combate pela despenalização do aborto — guerra que comprou contra António Guterres e que perdeu depois de o então líder do PS ter acordado com Marcelo Rebelo de Sousa a realização de um referendo.

Na resposta a estas acusações, Miguel Costa Matos defendeu que se está perante “um mal-entendido” que pretende resolver “rapidamente” e observou que esta questão poderia ter ficado esclarecida “como camaradas no Grupo Parlamentar do PS e não na praça pública”.

“Não quero reescrever a história e tenho orgulho em todos os anteriores secretários-gerais da JS. Todos foram importantes para afirmar as nossas causas. Agora, na minha intervenção, apenas referi alguns e penso que é injusto exigir-se que 13 anteriores secretários-gerais sejam todos citados num discurso”, reagiu o novo líder da JS.

A defesa de Pedro Delgado Alves e Porfírio Silva

Entretanto, nas redes sociais, sucedem-se as críticas mas também as declarações de apoio a Costa Matos. No Facebook, Pedro Delgado Alves, deputado do PS e ele próprio um antigo líder da JS, manifestou total solidariedade para com o novo secretário-geral da ‘jota’.

“Teremos talvez um problema de falta de noção de quem acusa. Nada que um pedido de desculpas por um momento infeliz ou irrefletido não corrija”, escreve, referindo-se, naturalmente, a Sérgio Sousa Pinto.

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