Tusk sublinha solidariedade dos 27 e recomenda endosso do acordo

02-07-2020
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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recomendou hoje aos líderes europeus que no domingo endossem o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), apesar de reconhecer que “ninguém tem motivos para estar contente”.

pol

“Durante as negociações, ninguém queria derrotar ninguém. Todos procurávamos um acordo justo e satisfatório. Acredito que finalmente chegámos ao melhor compromisso possível. […] Recomendarei que, no domingo, aprovemos o resultado das negociações do ‘Brexit’. E, apesar de ninguém ter motivos para estar contente nesse dia, há algo que gostaria de salientar: num momento crítico, os 27 ultrapassam o teste à sua união e solidariedade”, sinaliza.

A carta-convite de Donald Tusk seguiu para os chefes de Estado e de Governo dos 27 apenas hoje, quando o impasse causado pela ameaça de bloqueio espanhol à cimeira de domingo, devido ao estatuto de Gibraltar, foi desfeito.

Antes de endereçar a missiva aos líderes europeus, o político polaco falou ao telefone com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e informou, através do seu porta-voz, que a hipótese de que o Conselho Europeu se celebrasse no domingo era “mais certa” depois de Madrid e Londres terem chegado a um compromisso referente ao território ultramarino britânico, reivindicado pelos espanhóis.

“Reunir-nos-emos amanhã para concluir e formalizar o resultado das negociações do ‘Brexit’”, indicou, sublinhando que no processo negocial foram respeitadas todas as diretrizes impostas pelos 27.

O presidente do Conselho Europeu considera que o acordo de saída garante que “os direitos dos cidadãos são plenamente protegidos, o processo de paz na Irlanda do Norte não será afetado, o Reino Unido continuará a proceder aos pagamentos para o orçamento comunitário no período de transição, e a segurança jurídica está assegurada”.

“A declaração política estabelece a direção para a futura relação. Pretendemos trabalhar resolutamente para construirmos a melhor relação possível com o Reino Unido após o ‘Brexit’, como amigos e parceiros. Teremos cerca de dois anos para acordar um quadro para essa cooperação. Caso seja necessário tempo adicional para negociar a relação futura, será possível uma extensão do período de transição até dois anos”, enfatiza.

A reunião extraordinária dos chefes de Estado e de Governo dos 27, na qual Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, começará às 09:30 (menos uma hora em Portugal continental), com uma troca de impressões com o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

Os líderes dos 27 terão de seguida uma sessão de trabalho dedicada à ratificação do acordo de saída do Reino Unido da UE e à aprovação da declaração política da relação futura. Finalmente, receberão a primeira-ministra britânica, Theresa May, para em conjunto definirem os próximos passos negociais.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recomendou hoje aos líderes europeus que no domingo endossem o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), apesar de reconhecer que “ninguém tem motivos para estar contente”.

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“Durante as negociações, ninguém queria derrotar ninguém. Todos procurávamos um acordo justo e satisfatório. Acredito que finalmente chegámos ao melhor compromisso possível. […] Recomendarei que, no domingo, aprovemos o resultado das negociações do ‘Brexit’. E, apesar de ninguém ter motivos para estar contente nesse dia, há algo que gostaria de salientar: num momento crítico, os 27 ultrapassam o teste à sua união e solidariedade”, sinaliza.

A carta-convite de Donald Tusk seguiu para os chefes de Estado e de Governo dos 27 apenas hoje, quando o impasse causado pela ameaça de bloqueio espanhol à cimeira de domingo, devido ao estatuto de Gibraltar, foi desfeito.

Antes de endereçar a missiva aos líderes europeus, o político polaco falou ao telefone com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e informou, através do seu porta-voz, que a hipótese de que o Conselho Europeu se celebrasse no domingo era “mais certa” depois de Madrid e Londres terem chegado a um compromisso referente ao território ultramarino britânico, reivindicado pelos espanhóis.

“Reunir-nos-emos amanhã para concluir e formalizar o resultado das negociações do ‘Brexit’”, indicou, sublinhando que no processo negocial foram respeitadas todas as diretrizes impostas pelos 27.

O presidente do Conselho Europeu considera que o acordo de saída garante que “os direitos dos cidadãos são plenamente protegidos, o processo de paz na Irlanda do Norte não será afetado, o Reino Unido continuará a proceder aos pagamentos para o orçamento comunitário no período de transição, e a segurança jurídica está assegurada”.

“A declaração política estabelece a direção para a futura relação. Pretendemos trabalhar resolutamente para construirmos a melhor relação possível com o Reino Unido após o ‘Brexit’, como amigos e parceiros. Teremos cerca de dois anos para acordar um quadro para essa cooperação. Caso seja necessário tempo adicional para negociar a relação futura, será possível uma extensão do período de transição até dois anos”, enfatiza.

A reunião extraordinária dos chefes de Estado e de Governo dos 27, na qual Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, começará às 09:30 (menos uma hora em Portugal continental), com uma troca de impressões com o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

Os líderes dos 27 terão de seguida uma sessão de trabalho dedicada à ratificação do acordo de saída do Reino Unido da UE e à aprovação da declaração política da relação futura. Finalmente, receberão a primeira-ministra britânica, Theresa May, para em conjunto definirem os próximos passos negociais.

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