PCP. Diz-me com quem andas, camarada… os “sucessos” da Síria e da Venezuela

01-12-2020
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São pequenas nuances no discurso, mas que num partido que trabalha a linguagem ao pormenor ganham significado. O PCP deixou de defender ditaduras menos recomendáveis como países “a caminho do socialismo” para se referir a “povos resistentes”. Não fica claro se é uma mudança de fundo na opinião sobres estes regimes, mas o próprio Jerónimo de Sousa pareceu comedido (comparado com o discurso de há quatro anos) quando se referiu às “lutas” travadas a nível internacional que “conseguem importantes sucessos e vitórias”, e mencionou apenas quatro países: Síria, Venezuela, Bolívia e Chile. Onde ficou Cuba? Há quatro anos, no discurso de abertura do XX Congresso, homenageou Fidel Castro. A Coreia do Norte também desapareceu de quase todas as referências do Congresso e só foi mencionada uma vez.O facto de Jerónimo se ter limitado nas referências internacionais não quer dizer que o Congresso as tenha eliminado. A ex-eurodeputada Ilda Figueiredo elogiou - agora sim - os regimes da "Cuba socialista", que "resiste à intensificação do bloqueio"; a "Venezuela bolivariana" de Nicolás Maduro; e a "martirizada Síria", que segundo a dirigente comunista "enfrenta a agressão e procura reconstruir o país". Também a Palestina e o Saara Ocidental receberam uma palavra de solidariedade por resistirem às "agressões colonialistas."

São pequenas nuances no discurso, mas que num partido que trabalha a linguagem ao pormenor ganham significado. O PCP deixou de defender ditaduras menos recomendáveis como países “a caminho do socialismo” para se referir a “povos resistentes”. Não fica claro se é uma mudança de fundo na opinião sobres estes regimes, mas o próprio Jerónimo de Sousa pareceu comedido (comparado com o discurso de há quatro anos) quando se referiu às “lutas” travadas a nível internacional que “conseguem importantes sucessos e vitórias”, e mencionou apenas quatro países: Síria, Venezuela, Bolívia e Chile. Onde ficou Cuba? Há quatro anos, no discurso de abertura do XX Congresso, homenageou Fidel Castro. A Coreia do Norte também desapareceu de quase todas as referências do Congresso e só foi mencionada uma vez.O facto de Jerónimo se ter limitado nas referências internacionais não quer dizer que o Congresso as tenha eliminado. A ex-eurodeputada Ilda Figueiredo elogiou - agora sim - os regimes da "Cuba socialista", que "resiste à intensificação do bloqueio"; a "Venezuela bolivariana" de Nicolás Maduro; e a "martirizada Síria", que segundo a dirigente comunista "enfrenta a agressão e procura reconstruir o país". Também a Palestina e o Saara Ocidental receberam uma palavra de solidariedade por resistirem às "agressões colonialistas."

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