Foi uma Assembleia Geral estranha. No mínimo estranha. Começou mal, com a não justificada presença do ainda Presidente do SC Beira-Mar. Honra seja feita aos restantes membros da direcção que ainda vão dando a cara. Numa altura em que se discute o possível fim do futebol profissional, não estar numa Assembleia Geral sem dar qualquer justificação é no mínimo desrespeitoso para com os sócios. Já para entrevistas aos jornais não vai faltando tempo. Adiante.
O resultado da confusão que existe hoje entre a política e a vida do clube ficou bem expressa no decorrer da Assembleia Geral. O que é pena, porque ali apenas devia interessar o Beira-Mar. Porque é que o presidente da Junta de Freguesia da Vera Cruz perguntou o nome do presidente da administração da EMA? Toda a gente sabe que é o Dr. Élio Maia!! Porque é que são feitas intervenções sobre a gestão da EMA quando no executivo governado pela sua cor política era igual! A troca de diálogo com o João Oliveira (que acredito estivesse de boa fé) foi profundamente nefasta, porque não se percebeu qual o papel que ali estava a desempenhar. Que sirva de lição para o futuro. A todos.
Conclusão: o Beira-Mar está hoje em dia completamente refém da Câmara Municipal de Aveiro. O que não é novidade para ninguém, porque a EMA é algo que não existe, razão pela qual desde há muito defendo a sua extinção. Pairou uma dúvida no ar que não foi esclarecida: a providência cautelar do BES impede ou não a transferência de verbas para o clube? A EMA diz que sim, mas a intervenção do Eng.º Roque deixou esse cenário em aberto.
Dito isto, no próximo Sábado define-se o futuro do clube. Será possivelmente uma das Assembleias (ou a segunda parte desta) mais importantes da história do clube. Ou durante a semana são dadas as garantias necessárias para a formação da Comissão Administrativa, ou o Beira-Mar irá cair para o futebol amador. Independentemente da decisão que daí advier, espero que daqui para a frente o clube pense bem nas suas prioridades. Durante décadas que andamos neste sobe e desce, sem conseguir juntar qualquer tipo de património, e dependentes da bola entrar, ou da Câmara dar o subsídio milagroso. Ao invés, pequenos clubes à nossa volta abdicam de contratar meia dúzia de brasileiros e fazem campos treinos para a sua formação. Qualquer pequeno clube da região tem mais património que o Beira-Mar, porque a nossa obsessão tem sido o futebol profissional. Á conta disto temos a nossa formação a ter que ir treinar para Avanca, Gafanha ou São João de Loure. Enquanto não percebermos que aqui reside a nossa afirmação na região, não sairemos da cepa torta.
Por fim, destaco a "campanha de solidariedade" lançada pelo Dr. Luís Leitão (presidente do Conselho Fiscal). Todos os sócios ou adeptos que queiram contribuir poderão fazê-lo através de uma transferência para a conta 007 600 001 263 668 910 209. Mais uma vez repito. Todos somos importantes.
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Foi uma Assembleia Geral estranha. No mínimo estranha. Começou mal, com a não justificada presença do ainda Presidente do SC Beira-Mar. Honra seja feita aos restantes membros da direcção que ainda vão dando a cara. Numa altura em que se discute o possível fim do futebol profissional, não estar numa Assembleia Geral sem dar qualquer justificação é no mínimo desrespeitoso para com os sócios. Já para entrevistas aos jornais não vai faltando tempo. Adiante.
O resultado da confusão que existe hoje entre a política e a vida do clube ficou bem expressa no decorrer da Assembleia Geral. O que é pena, porque ali apenas devia interessar o Beira-Mar. Porque é que o presidente da Junta de Freguesia da Vera Cruz perguntou o nome do presidente da administração da EMA? Toda a gente sabe que é o Dr. Élio Maia!! Porque é que são feitas intervenções sobre a gestão da EMA quando no executivo governado pela sua cor política era igual! A troca de diálogo com o João Oliveira (que acredito estivesse de boa fé) foi profundamente nefasta, porque não se percebeu qual o papel que ali estava a desempenhar. Que sirva de lição para o futuro. A todos.
Conclusão: o Beira-Mar está hoje em dia completamente refém da Câmara Municipal de Aveiro. O que não é novidade para ninguém, porque a EMA é algo que não existe, razão pela qual desde há muito defendo a sua extinção. Pairou uma dúvida no ar que não foi esclarecida: a providência cautelar do BES impede ou não a transferência de verbas para o clube? A EMA diz que sim, mas a intervenção do Eng.º Roque deixou esse cenário em aberto.
Dito isto, no próximo Sábado define-se o futuro do clube. Será possivelmente uma das Assembleias (ou a segunda parte desta) mais importantes da história do clube. Ou durante a semana são dadas as garantias necessárias para a formação da Comissão Administrativa, ou o Beira-Mar irá cair para o futebol amador. Independentemente da decisão que daí advier, espero que daqui para a frente o clube pense bem nas suas prioridades. Durante décadas que andamos neste sobe e desce, sem conseguir juntar qualquer tipo de património, e dependentes da bola entrar, ou da Câmara dar o subsídio milagroso. Ao invés, pequenos clubes à nossa volta abdicam de contratar meia dúzia de brasileiros e fazem campos treinos para a sua formação. Qualquer pequeno clube da região tem mais património que o Beira-Mar, porque a nossa obsessão tem sido o futebol profissional. Á conta disto temos a nossa formação a ter que ir treinar para Avanca, Gafanha ou São João de Loure. Enquanto não percebermos que aqui reside a nossa afirmação na região, não sairemos da cepa torta.
Por fim, destaco a "campanha de solidariedade" lançada pelo Dr. Luís Leitão (presidente do Conselho Fiscal). Todos os sócios ou adeptos que queiram contribuir poderão fazê-lo através de uma transferência para a conta 007 600 001 263 668 910 209. Mais uma vez repito. Todos somos importantes.