BPI alerta que bancos poderão ter de fazer aumentos de capital se consumirem as almofadas de capital

21-04-2020
marcar artigo

O alívio aos rácios de capital concedido pelo Banco Central Europeu (BCE) para ajudar os bancos da zona euro a dar apoio à economia durante a crise da Covid-19 poderá levar as instituições financeiras a fazerem aumentos de capital de consumirem estes buffers de capital.

João Oliveira e Costa, administrador do BPI e responsável pela área de private banking, salientou que o alívio dos rácios de capital é “temporário”.

Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), esta terça-feira, o administrador do BPI disse que o banco, detido a 100% pelo espanhol CaixaBank, pode seguir uma de duas vias: “ou não utilizamos esse buffer, ou teremos de fazer um aumento de capital”.

A crise da Covid-19 poderá também levar ao aumento das imparidades que, por sua vez, vai pressionar a rentabilidade dos bancos. “O impacto vai ser bastante significativo”, frisou João Oliveira e Costa. “Temos estado a acompanhar a situação, estamos mais fortes do que na última crise. Temos uma capacidade para acomodar as imparidades que teremos que suportar e a rentabilidade vai ser afetada de forma bastante significativa.

Por esse motivo, o BPI está “a manter a gestão do risco de crédito. É fundamental que os bancos continuem estáveis quando a crise terminar”, disse Pedro Barreto, administrador do BPI, responsável pela banca de empresas.

O impacto económico da Covid-19 levou o BCE a reduzir as exigências dos rácios de capital, libertando 120 mil milhões de euros de capital adicional para os bancos da zona euro. Esta medida poderá libertar cinco mil milhões de euros entre os principais bancos a operar em Portugal, disse Rafael Quina, analista de bancos da Fitch Ratings, ao Jornal Económico na semana passada.

O BCE autorizou os bancos a aliviar parte do Capital Conservation Buffer, que é uma almofada de capital de 2,5% nos ativos ponderados pelo risco, e que “é algo necessário para relançar a economia e apoiar as empresas e as famílias que vão precisar de endividar-se”, explicou.

Segundo Rafael Quina, “antes da crise provocada pela covid-19, todos os bancos tinham de cumprir o Capital Conservation Buffer, que se insere nos requisitos de capital do Common Equity Tier 1. “Calculei que um alívio da totalidade deste Capital Conservation Buffer poderia libertar cerca de cinco mil milhões de euros de capital na banca em Portugal”.

O alívio aos rácios de capital concedido pelo Banco Central Europeu (BCE) para ajudar os bancos da zona euro a dar apoio à economia durante a crise da Covid-19 poderá levar as instituições financeiras a fazerem aumentos de capital de consumirem estes buffers de capital.

João Oliveira e Costa, administrador do BPI e responsável pela área de private banking, salientou que o alívio dos rácios de capital é “temporário”.

Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), esta terça-feira, o administrador do BPI disse que o banco, detido a 100% pelo espanhol CaixaBank, pode seguir uma de duas vias: “ou não utilizamos esse buffer, ou teremos de fazer um aumento de capital”.

A crise da Covid-19 poderá também levar ao aumento das imparidades que, por sua vez, vai pressionar a rentabilidade dos bancos. “O impacto vai ser bastante significativo”, frisou João Oliveira e Costa. “Temos estado a acompanhar a situação, estamos mais fortes do que na última crise. Temos uma capacidade para acomodar as imparidades que teremos que suportar e a rentabilidade vai ser afetada de forma bastante significativa.

Por esse motivo, o BPI está “a manter a gestão do risco de crédito. É fundamental que os bancos continuem estáveis quando a crise terminar”, disse Pedro Barreto, administrador do BPI, responsável pela banca de empresas.

O impacto económico da Covid-19 levou o BCE a reduzir as exigências dos rácios de capital, libertando 120 mil milhões de euros de capital adicional para os bancos da zona euro. Esta medida poderá libertar cinco mil milhões de euros entre os principais bancos a operar em Portugal, disse Rafael Quina, analista de bancos da Fitch Ratings, ao Jornal Económico na semana passada.

O BCE autorizou os bancos a aliviar parte do Capital Conservation Buffer, que é uma almofada de capital de 2,5% nos ativos ponderados pelo risco, e que “é algo necessário para relançar a economia e apoiar as empresas e as famílias que vão precisar de endividar-se”, explicou.

Segundo Rafael Quina, “antes da crise provocada pela covid-19, todos os bancos tinham de cumprir o Capital Conservation Buffer, que se insere nos requisitos de capital do Common Equity Tier 1. “Calculei que um alívio da totalidade deste Capital Conservation Buffer poderia libertar cerca de cinco mil milhões de euros de capital na banca em Portugal”.

marcar artigo