João Oliveira: “Iniciativa Liberal e Chega são sucedâneos, mais reacionários, do PSD e do CDS”

16-09-2020
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Para João Oliveira, não há dúvidas: os partidos que chegaram à Assembleia da República no final do ano passado não trouxeram grande novidade à política portuguesa. “A Iniciativa Liberal e o Chega são dois sucedâneos, mais reacionários, do PSD e do CDS”, afirmou, esta quarta-feira, o presidente do grupo parlamentar do PCP, que considera que as forças chefiadas por João Cotrim de Figueiredo e André Ventura nasceram “do movimento de reacionarização” de sociais-democratas e centristas.

No Irrevogável, o programa de entrevistas políticas da VISÃO, o líder da bancada comunista defendeu que em ambos os partidos poderão ser encontrados “muitos dos mais fervorosos defensores do Governo de [Pedro] Passos Coelho e de Paulo Portas”, motivo pelo qual alertou para o “risco das vítimas” da política desse executivo “serem iludidas” nos próximos sufrágios. Ainda assim, contornou a questão sobre a possível penetração de Ventura na base eleitoral do PCP, sobretudo nas periferias das grandes cidades e no Alentejo.

Sobre a polémica da semana, a inclusão de António Costa na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, pediu que não se criassem “incompatibilidades que não existem na lei”, embora tenha frisado que ele próprio, adepto do Sporting, já tenha sido convidado “algumas vezes” para órgãos similares de candidatos à liderança do clube de Alvalade e tenha sempre recusado. Já quanto às notícias que dão conta de que o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, também integra a dita comissão, João Oliveira assegurou que essa informação é falsa.

Ainda na “ressaca” de uma Festa do Avante! atípica e bastante condicionada, o advogado criticou a Direção-Geral da Saúde (DGS), que lamenta não ter ficado imune ao “ambiente de pressão” desencadeado por uma “campanha baseada em mentiras e falsidades” e observou que se o PCP teve algum “regime de exceção” não lhe foi certamente favorável.

No que toca à governação propriamente dita, lançou um sério aviso ao PS: afirmou esperar que o voto do PCP contra o Orçamento Suplementar sirva como “elemento de aprendizagem” para o primeiro-ministro e para o ministro das Finanças, João Leão, na construção e discussão do Orçamento do Estado para 2021. Sem outras prioridades, em particular a redução dos impostos sobre os rendimentos do trabalho (IRS), não poderão contar com a anuência comunista.

De caminho, recusou que a candidatura presidencial de João Ferreira possa ser interpretada como um reflexo de que o eurodeputado já tenha sido escolhido como sucessor de Jerónimo de Sousa e sublinhou ainda que essa questão não se coloca, “neste momento”, a dois meses do congresso agendado para novembro.

Mais curiosa foi a formulação encontrada por João Oliveira para se desenvencilhar da pergunta sobre a democraticidade da Coreia do Norte, que, há um ano, embaraçou bastante o secretário-geral do partido. O líder parlamentar destacou que o PCP nunca se bateu pela réplica de modelos de outros países socialistas e rematou: “Não seria ao fim de 100 anos de história que iríamos cometer esse erro.”

Para ouvir em Podcast:

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Para João Oliveira, não há dúvidas: os partidos que chegaram à Assembleia da República no final do ano passado não trouxeram grande novidade à política portuguesa. “A Iniciativa Liberal e o Chega são dois sucedâneos, mais reacionários, do PSD e do CDS”, afirmou, esta quarta-feira, o presidente do grupo parlamentar do PCP, que considera que as forças chefiadas por João Cotrim de Figueiredo e André Ventura nasceram “do movimento de reacionarização” de sociais-democratas e centristas.

No Irrevogável, o programa de entrevistas políticas da VISÃO, o líder da bancada comunista defendeu que em ambos os partidos poderão ser encontrados “muitos dos mais fervorosos defensores do Governo de [Pedro] Passos Coelho e de Paulo Portas”, motivo pelo qual alertou para o “risco das vítimas” da política desse executivo “serem iludidas” nos próximos sufrágios. Ainda assim, contornou a questão sobre a possível penetração de Ventura na base eleitoral do PCP, sobretudo nas periferias das grandes cidades e no Alentejo.

Sobre a polémica da semana, a inclusão de António Costa na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, pediu que não se criassem “incompatibilidades que não existem na lei”, embora tenha frisado que ele próprio, adepto do Sporting, já tenha sido convidado “algumas vezes” para órgãos similares de candidatos à liderança do clube de Alvalade e tenha sempre recusado. Já quanto às notícias que dão conta de que o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, também integra a dita comissão, João Oliveira assegurou que essa informação é falsa.

Ainda na “ressaca” de uma Festa do Avante! atípica e bastante condicionada, o advogado criticou a Direção-Geral da Saúde (DGS), que lamenta não ter ficado imune ao “ambiente de pressão” desencadeado por uma “campanha baseada em mentiras e falsidades” e observou que se o PCP teve algum “regime de exceção” não lhe foi certamente favorável.

No que toca à governação propriamente dita, lançou um sério aviso ao PS: afirmou esperar que o voto do PCP contra o Orçamento Suplementar sirva como “elemento de aprendizagem” para o primeiro-ministro e para o ministro das Finanças, João Leão, na construção e discussão do Orçamento do Estado para 2021. Sem outras prioridades, em particular a redução dos impostos sobre os rendimentos do trabalho (IRS), não poderão contar com a anuência comunista.

De caminho, recusou que a candidatura presidencial de João Ferreira possa ser interpretada como um reflexo de que o eurodeputado já tenha sido escolhido como sucessor de Jerónimo de Sousa e sublinhou ainda que essa questão não se coloca, “neste momento”, a dois meses do congresso agendado para novembro.

Mais curiosa foi a formulação encontrada por João Oliveira para se desenvencilhar da pergunta sobre a democraticidade da Coreia do Norte, que, há um ano, embaraçou bastante o secretário-geral do partido. O líder parlamentar destacou que o PCP nunca se bateu pela réplica de modelos de outros países socialistas e rematou: “Não seria ao fim de 100 anos de história que iríamos cometer esse erro.”

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