Iniciativa Liberal envia ‘carta’ aos contribuintes. “Não é preciso ter medo. Desta vez não é das Finanças”

28-06-2020
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Um dos dois partidos fora do hemiciclo a subir nas sondagens (o outro é o Livre), o Iniciativa Liberal (IL) mantém a aposta numa “oposição de guerrilha”, como lhe chama Rodrigo Saraiva. Para tal, nos cartazes ou noutras ações, procura assumir um papel de “originalidade” na campanha política, para a qual contribui a “carta” que cerca de 200 mil portugueses estão por estes dias a receber em casa. “Caro contribuinte. Não é preciso ter medo. Desta vez não é das Finanças”, lê-se nas primeiras linhas. Simulando uma verdadeira carta, com toda a estética das que são, de facto, enviadas pela Autoridade Tributária (aqui chamada Autoridade Extorsionária), a missiva prossegue com uma crítica ao sistema fiscal — “muitos portugueses vivem sob a opressão do Fisco” — a que se segue uma crítica ao Estado, que o partido quer encolher. “Muitos portugueses vivem sob o jugo de um Estado que demora meses a pagar as suas dívidas, mas que não hesita em usar métodos desproporcionais para cobrar as dívidas dos contribuintes.”

Rodrigo Saraiva é membro da comissão executiva do IL e explica que a ação custou cerca de um quinto do orçamento do partido para estas legislativas (perto de dez dos 50 mil euros disponíveis). Através de uma análise de dados, foram escolhidos os concelhos “onde tivemos melhores resultados nas eleições europeias”. Sem espanto, Lisboa e Porto apareceram à cabeça, ainda que das pouco mais de 200 mil cartas impressas, algumas tenham ido também para Cascais e Oeiras. A análise foi suficientemente a fundo para poder escolher freguesias específicas, entre seis e sete por cada um dos dois maiores concelhos.

“Como em todas as ações, recebemos sempre opiniões muito diversas. Mas a partilha orgânica nas redes sociais tem sido muito boa”, diz Rodrigo Saraiva, confessando que a ideia, antiga, é do líder do partido e cabeça de lista pelo círculo do Porto, Carlos Guimarães Pinto. Para que não restem dúvidas, a ‘carta’ prossegue com algumas das principais linhas programáticas da IL: “defender os contribuintes da opressão do Fisco”, “reduzir impostos” e “simplificar o sistema fiscal”. E conclui: “Para que um dia receber uma carta das finanças não seja mais motivo de medo.”

Partido promete abdicar de subvenção pública

A quatro dias das eleições, o partido apresenta boas hipóteses de eleger um deputado, pelo menos a julgar pelas últimas sondagens. Se assim for, o IL abdicará da subvenção pública de campanha a que terá direito, que poderá ascender a mais de 150 mil euros anuais, dependendo do número de votos.

“É uma imoralidade que o Estado português tenha reservado mais de 8 milhões de euros para pagar campanhas dos partidos políticos numa altura em que falta material básico nos hospitais e temos a maior carga fiscal de sempre. O roubo ao contribuinte é tão descarado que só há um caminho possível: não aceitar receber um euro de subvenção de campanha e lutar por mudar a lei”, lê-se no comunicado enviado esta tarde às redações. “Por isso, se viermos a eleger um deputado e, portanto, pudermos beneficiar de uma parte desses 8 milhões, iremos rejeitar esse privilégio injustificado. Enquanto for presidente do partido Iniciativa Liberal não aceitaremos um euro de subvenção de campanha", acrescenta o líder do partido, Carlos Guimarães Pinto.

Um dos dois partidos fora do hemiciclo a subir nas sondagens (o outro é o Livre), o Iniciativa Liberal (IL) mantém a aposta numa “oposição de guerrilha”, como lhe chama Rodrigo Saraiva. Para tal, nos cartazes ou noutras ações, procura assumir um papel de “originalidade” na campanha política, para a qual contribui a “carta” que cerca de 200 mil portugueses estão por estes dias a receber em casa. “Caro contribuinte. Não é preciso ter medo. Desta vez não é das Finanças”, lê-se nas primeiras linhas. Simulando uma verdadeira carta, com toda a estética das que são, de facto, enviadas pela Autoridade Tributária (aqui chamada Autoridade Extorsionária), a missiva prossegue com uma crítica ao sistema fiscal — “muitos portugueses vivem sob a opressão do Fisco” — a que se segue uma crítica ao Estado, que o partido quer encolher. “Muitos portugueses vivem sob o jugo de um Estado que demora meses a pagar as suas dívidas, mas que não hesita em usar métodos desproporcionais para cobrar as dívidas dos contribuintes.”

Rodrigo Saraiva é membro da comissão executiva do IL e explica que a ação custou cerca de um quinto do orçamento do partido para estas legislativas (perto de dez dos 50 mil euros disponíveis). Através de uma análise de dados, foram escolhidos os concelhos “onde tivemos melhores resultados nas eleições europeias”. Sem espanto, Lisboa e Porto apareceram à cabeça, ainda que das pouco mais de 200 mil cartas impressas, algumas tenham ido também para Cascais e Oeiras. A análise foi suficientemente a fundo para poder escolher freguesias específicas, entre seis e sete por cada um dos dois maiores concelhos.

“Como em todas as ações, recebemos sempre opiniões muito diversas. Mas a partilha orgânica nas redes sociais tem sido muito boa”, diz Rodrigo Saraiva, confessando que a ideia, antiga, é do líder do partido e cabeça de lista pelo círculo do Porto, Carlos Guimarães Pinto. Para que não restem dúvidas, a ‘carta’ prossegue com algumas das principais linhas programáticas da IL: “defender os contribuintes da opressão do Fisco”, “reduzir impostos” e “simplificar o sistema fiscal”. E conclui: “Para que um dia receber uma carta das finanças não seja mais motivo de medo.”

Partido promete abdicar de subvenção pública

A quatro dias das eleições, o partido apresenta boas hipóteses de eleger um deputado, pelo menos a julgar pelas últimas sondagens. Se assim for, o IL abdicará da subvenção pública de campanha a que terá direito, que poderá ascender a mais de 150 mil euros anuais, dependendo do número de votos.

“É uma imoralidade que o Estado português tenha reservado mais de 8 milhões de euros para pagar campanhas dos partidos políticos numa altura em que falta material básico nos hospitais e temos a maior carga fiscal de sempre. O roubo ao contribuinte é tão descarado que só há um caminho possível: não aceitar receber um euro de subvenção de campanha e lutar por mudar a lei”, lê-se no comunicado enviado esta tarde às redações. “Por isso, se viermos a eleger um deputado e, portanto, pudermos beneficiar de uma parte desses 8 milhões, iremos rejeitar esse privilégio injustificado. Enquanto for presidente do partido Iniciativa Liberal não aceitaremos um euro de subvenção de campanha", acrescenta o líder do partido, Carlos Guimarães Pinto.

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