Espírito do Pátio: Morreu João Vilaverde...

01-09-2020
marcar artigo

Já todos os aficionados receberam a triste notícia... Morreu João Vilaverde!As vezes o vimos na praça são suficientes para nos entristecermos com a sua partida... Mas quem o com ele conviveu, sabe melhor do que ninguém que esta é uma enorme perda para todos nós aficionados...E é por isso que quero deixar no nosso blog as palavras que Diogo Palha deixou em http://tauromania.pt/noticias_detail.php?typ=reportagens&aID=381..."Morreu o Vilaverde...Quando acontecem estas tragédias ficamos sempre sem saber o que dizer, porque muitas vezes não sabemos sequer que sentir... tristeza, angústia, pena, revolta, aflição, saudades!O João Diogo Vilaverde teria os seus defeitos, todos temos, mas tinha sobretudo virtudes, em especial virtudes que nós, aficionados, admiramos! O Vilaverde era talvez o maior aficionado que conheci, romântico da Festa, apaixonado por tudo quanto dizia respeito ao campo, aos toiros e aos cavalos.O Vilaverde foi um forcado muito valente, sempre o ouvi dizer em Vila Franca àqueles que foram seus companheiros. Depois fez uma carreira extraordinária como grande bandarilheiro, em especial junto da familia Ribeiro Telles mas também com João Moura, Paco Ojeda, João Salgueiro, entre outros. Era também ganadero da Herdade do Balancho, um sonho que o entusiasmava e com o qual matava o bicho da afición, que nele era um bicho enorme e poderoso. Era também um belissímo cavaleiro e espada amador. Certa vez em Vila Franca, num festival a favor do Rotary Clube, toureou a cavalo, toureou a pé e ainda realizou uma pega de costas, tudo isto frente a novilhos gordos. Também era picador em muitas tentas, e picava de forma brilhante, como ainda há pouco tempo se pôde comprovar na Herdade da Adema quando picou de forma vibrante um toiro Palha. Era também um defensor das tradições, nunca faltava a uma entrada de toiros no Colete Encarnado ou na Feira de Vila Franca, mesmo quando os da sua geração deixaram de ir ou passaram a ir menos. Por fim, era senhor de uma sensibilidade e bom gosto fora do comum e isso ficou bem comprovado no espectáculo "Ribatejo em Festa" que ele concebeu, que foi um enorme sucesso na II Feira do Toiro, e que levou por muitas terras de Portugal.Quando as pessoas morrem toda a gente costuma dizer bem delas. Pode este parecer mais um elogio fúnebre desse género, mas não é, são palavras que saem cá de dentro pois o Vilaverde era um bom amigo. Apetece-me agarrar-lhe nos braços como fazia a minha tia Belhota quando lhe ralhava e dizer-lhe "Porra Vilaverde, porque é que morreste?! Fazes cá tanta falta!".Adeus TOUREIRO!"

Já todos os aficionados receberam a triste notícia... Morreu João Vilaverde!As vezes o vimos na praça são suficientes para nos entristecermos com a sua partida... Mas quem o com ele conviveu, sabe melhor do que ninguém que esta é uma enorme perda para todos nós aficionados...E é por isso que quero deixar no nosso blog as palavras que Diogo Palha deixou em http://tauromania.pt/noticias_detail.php?typ=reportagens&aID=381..."Morreu o Vilaverde...Quando acontecem estas tragédias ficamos sempre sem saber o que dizer, porque muitas vezes não sabemos sequer que sentir... tristeza, angústia, pena, revolta, aflição, saudades!O João Diogo Vilaverde teria os seus defeitos, todos temos, mas tinha sobretudo virtudes, em especial virtudes que nós, aficionados, admiramos! O Vilaverde era talvez o maior aficionado que conheci, romântico da Festa, apaixonado por tudo quanto dizia respeito ao campo, aos toiros e aos cavalos.O Vilaverde foi um forcado muito valente, sempre o ouvi dizer em Vila Franca àqueles que foram seus companheiros. Depois fez uma carreira extraordinária como grande bandarilheiro, em especial junto da familia Ribeiro Telles mas também com João Moura, Paco Ojeda, João Salgueiro, entre outros. Era também ganadero da Herdade do Balancho, um sonho que o entusiasmava e com o qual matava o bicho da afición, que nele era um bicho enorme e poderoso. Era também um belissímo cavaleiro e espada amador. Certa vez em Vila Franca, num festival a favor do Rotary Clube, toureou a cavalo, toureou a pé e ainda realizou uma pega de costas, tudo isto frente a novilhos gordos. Também era picador em muitas tentas, e picava de forma brilhante, como ainda há pouco tempo se pôde comprovar na Herdade da Adema quando picou de forma vibrante um toiro Palha. Era também um defensor das tradições, nunca faltava a uma entrada de toiros no Colete Encarnado ou na Feira de Vila Franca, mesmo quando os da sua geração deixaram de ir ou passaram a ir menos. Por fim, era senhor de uma sensibilidade e bom gosto fora do comum e isso ficou bem comprovado no espectáculo "Ribatejo em Festa" que ele concebeu, que foi um enorme sucesso na II Feira do Toiro, e que levou por muitas terras de Portugal.Quando as pessoas morrem toda a gente costuma dizer bem delas. Pode este parecer mais um elogio fúnebre desse género, mas não é, são palavras que saem cá de dentro pois o Vilaverde era um bom amigo. Apetece-me agarrar-lhe nos braços como fazia a minha tia Belhota quando lhe ralhava e dizer-lhe "Porra Vilaverde, porque é que morreste?! Fazes cá tanta falta!".Adeus TOUREIRO!"

marcar artigo