O toureiro João Moura Jr. é adepto de lutas violentas entre cães e touros? (COM VÍDEO)

11-09-2020
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Na sequência da detenção do cavaleiro João Moura por alegados maus-tratos a animais de companhia - nomeadamente 18 cães de raça Galgo Inglês que foram encontrados em estado de subnutrição na sua residência em Monforte -, propagou-se nas redes sociais uma publicação de um blog na qual se denuncia que o seu filho João Moura Jr., também ele toureiro, será adepto do Bull-Baiting. Esta prática consiste em atiçar cães contra bovinos. Na publicação estão anexadas algumas fotografias de cães a atacarem um touro, sendo que todas elas apresentam uma suposta marca de água com o nome do visado.

"O Bull-Baiting é uma prática inenarrável que consiste em atiçar cães para esfacelarem bovinos vivos. Era uma atividade habitual na Inglaterra no século XV e foi abolida em 1835, com uma lei que proibiu a crueldade sobre os animais. Em Portugal subsiste este horror da Inglaterra da idade das trevas", salienta-se no texto da publicação.

"O Bull-Baiting é uma violência totalmente injustificada sobre seres inocentes e, portanto, constitui uma ilegalidade nos termos da Lei de Proteção aos Animais, aprovada pela Lei n.º 92/95 de 12/09", acrescenta-se.

Esta publicação foi sinalizada no Facebook como sendo falsa ou enganadora. Confirma-se?

As fotografias em causa foram originalmente publicadas na página de João Moura Jr. no Facebook, acabando por ser denunciadas pela Associação Animal no ano de 2013. Embora as imagens sejam antigas, não deixam de ser autênticas e o visado pronunciou-se sobre elas através de um comunicado.

A notícia, avançada na altura pelo jornal "Público", cita o toureiro que emitiu um comunicado através da página da ProToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia no Facebook. "Sei que envergonhei todos aqueles que me acompanham e que o meu comportamento não honrou a minha profissão e o respeito pelos animais que esta exige", admitiu.

No mesmo texto, o toureiro indicou que as fotografias tinham sido captadas "há mais de dois anos" e sublinhou que se tratara de uma "situação isolada, quando os cães entraram inadvertidamente no recinto onde estava a vaca, não se tratando de nenhuma luta de animais".

"Lamento profundamente que esta situação tenha acontecido e reconheço que cometi um erro crasso ao divulgar tais fotografias. Tenho perfeita consciência da gravidade desta situação e do choque que tais imagens causaram. Estas imagens retratam um acontecimento isolado e não traduzem a minha postura, o meu comportamento e a minha dedicação aos animais, com os quais convivo diariamente", rematou.

Em suma, confirma-se que João Moura Jr. difundiu fotografias de uma situação que se assemelha à prática de Bull-Baiting. O próprio reconheceu ter cometido um "erro crasso", mas apresentou uma versão diferente do sucedido, assegurando que "os cães entraram inadvertidamente no recinto onde estava a vaca, não se tratando de nenhuma luta de animais".

A publicação sob análise difunde uma versão que implica um juízo de valor e correlativa extrapolação a partir dos factos conhecidos. Não sendo possível apurar se se tratou realmente de um acidente ou de uma situação intencional (ainda que a exibição das fotografias nas redes sociais aponte para a segunda hipótese), optamos pela classificação intermédia de "Impreciso".

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Na sequência da detenção do cavaleiro João Moura por alegados maus-tratos a animais de companhia - nomeadamente 18 cães de raça Galgo Inglês que foram encontrados em estado de subnutrição na sua residência em Monforte -, propagou-se nas redes sociais uma publicação de um blog na qual se denuncia que o seu filho João Moura Jr., também ele toureiro, será adepto do Bull-Baiting. Esta prática consiste em atiçar cães contra bovinos. Na publicação estão anexadas algumas fotografias de cães a atacarem um touro, sendo que todas elas apresentam uma suposta marca de água com o nome do visado.

"O Bull-Baiting é uma prática inenarrável que consiste em atiçar cães para esfacelarem bovinos vivos. Era uma atividade habitual na Inglaterra no século XV e foi abolida em 1835, com uma lei que proibiu a crueldade sobre os animais. Em Portugal subsiste este horror da Inglaterra da idade das trevas", salienta-se no texto da publicação.

"O Bull-Baiting é uma violência totalmente injustificada sobre seres inocentes e, portanto, constitui uma ilegalidade nos termos da Lei de Proteção aos Animais, aprovada pela Lei n.º 92/95 de 12/09", acrescenta-se.

Esta publicação foi sinalizada no Facebook como sendo falsa ou enganadora. Confirma-se?

As fotografias em causa foram originalmente publicadas na página de João Moura Jr. no Facebook, acabando por ser denunciadas pela Associação Animal no ano de 2013. Embora as imagens sejam antigas, não deixam de ser autênticas e o visado pronunciou-se sobre elas através de um comunicado.

A notícia, avançada na altura pelo jornal "Público", cita o toureiro que emitiu um comunicado através da página da ProToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia no Facebook. "Sei que envergonhei todos aqueles que me acompanham e que o meu comportamento não honrou a minha profissão e o respeito pelos animais que esta exige", admitiu.

No mesmo texto, o toureiro indicou que as fotografias tinham sido captadas "há mais de dois anos" e sublinhou que se tratara de uma "situação isolada, quando os cães entraram inadvertidamente no recinto onde estava a vaca, não se tratando de nenhuma luta de animais".

"Lamento profundamente que esta situação tenha acontecido e reconheço que cometi um erro crasso ao divulgar tais fotografias. Tenho perfeita consciência da gravidade desta situação e do choque que tais imagens causaram. Estas imagens retratam um acontecimento isolado e não traduzem a minha postura, o meu comportamento e a minha dedicação aos animais, com os quais convivo diariamente", rematou.

Em suma, confirma-se que João Moura Jr. difundiu fotografias de uma situação que se assemelha à prática de Bull-Baiting. O próprio reconheceu ter cometido um "erro crasso", mas apresentou uma versão diferente do sucedido, assegurando que "os cães entraram inadvertidamente no recinto onde estava a vaca, não se tratando de nenhuma luta de animais".

A publicação sob análise difunde uma versão que implica um juízo de valor e correlativa extrapolação a partir dos factos conhecidos. Não sendo possível apurar se se tratou realmente de um acidente ou de uma situação intencional (ainda que a exibição das fotografias nas redes sociais aponte para a segunda hipótese), optamos pela classificação intermédia de "Impreciso".

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