Há mais de mil profissionais de saúde infetados. Portugal recebe 200 mil testes na próxima semana

08-04-2020
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No dia em que foi anunciada a renovação do estado de emergência e antes de comunicar um reforço de material médico, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, revelou na conferência de imprensa desta quinta-feira que a letalidade da covid-19 nas pessoas acima dos 70 anos é de 9,2%.

“A taxa de letalidade global é de 2,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 9,2%. Dizer ainda que, em domicílio, estão 85,4% dos doentes, 7.715 pessoas. Numa altura em que se renova o estado de emergência no país, importa manter a malha apertada ao novo coronavírus, quer através da contenção social, crucial nos próximos dias, quer robustecendo os mecanismos de resposta do sistema de saúde, capacitando-o para as novas fases da epidemia”, começou por dizer Sales, anunciando depois um reforço de material médico.

Segundo o secretário de Estado, esta quinta-feira serão distribuídas seis mil zaragatoas e estão ainda encomendadas 400 mil, das quais 80 mil chegam amanhã, sexta-feira. Sales revelou ainda que na próxima semana chegam mais 200 mil testes a Portugal e estão também a caminho do país 400 mil máscaras FFP2 e três milhões de máscaras cirúrgicas.

Como já tinha referido na conferência de ontem, Sales reiterou que o Governo pretende duplicar a capacidade de ventilação no país. Segundo o secretário de Estado há 400 ventiladores invasivos doados, "muitos dos quais já chegaram aos hospitais", e 140 ventiladores não invasivos cedidos a título de empréstimo. Foram ainda adquiridos outros 900, sendo que 144 chegam ao país ainda este fim de semana.

Face ao reforço de material, acabaram por ser levantadas questões sobre a falta de qualidade do material adquirido. O presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, João Gouveia, que também esteve presente na conferência desta quinta-feira, reconhece que há relatos de máscaras "que não cumprem" os requisitos em termos de qualidade, mas garante que na generalidade "não há queixas".

“Portugal está a tentar ir ao mercado com o melhor preço e qualidade possível", disse.

Mas também os profissionais de saúde infetados são uma realidade. O secretário de Estado da Saúde informou que 1.124 estão infetados – 206 são médicos, 582 enfermeiros e os outros 636 são técnicos operacionais e de diagnóstico. Sales revelou ainda que segundo os números de ontem, 7 médicos e 1 enfermeiro estavam internados em unidades de cuidados intensivos.

Questionada sobre o pico da pandemia, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, diz que não é possível precisar o momento em que irá ocorrer e admite que o pico pode na verdade vir a ser “um planalto”. "Estamos a subir. Temos tido uma subida relativamente aplanada. As pessoas que fazem projeções matemáticas dizem que quanto mais lenta for a progressão, mais para a frente irá o pico”, começou por explicar.

“Neste momento estamos de facto a subir, a fazer tudo para subirmos mais lentamente. Como dizemos sempre para a gripe e outras epidemias, só saberemos que estivemos no pico quando começarmos a descer. E não é nos primeiros dias de descida, porque, às vezes, uma aparente descida é seguida de uma subida. O que nos interessa neste momento é saber o número de doentes que temos por semana para termos capacidade de os tratar", disse.

Confrontada com alegadas altas de pacientes na região norte sem dois testes negativos, a diretora-geral da Saúde diz acreditar que os colegas o fizeram com base em critérios clínicos”.

“Continuamos a considerar que o padrão de boas práticas é ter dois testes negativos. Isso será a certeza que, de facto, a pessoa não estará a infetar outras. Estou certa que os colegas da região norte o fizeram com base em critérios clínicos e recomendando, por precaução, que as pessoas se mantenham em isolamento. O ideal é fazer os dois testes, na ausência dos testes é avaliar a condição clínica”, frisou.

A conferência terminou com António Sales a admitir que o reforço de capacidade do SNS com os privados "vai continuar a ser aproveitado" e com a DGS a garantir que "quem não tem médico de família, ficará com um médico de família atribuído nestas condições".

No dia em que foi anunciada a renovação do estado de emergência e antes de comunicar um reforço de material médico, o secretário de Estado da Saúde, António Sales, revelou na conferência de imprensa desta quinta-feira que a letalidade da covid-19 nas pessoas acima dos 70 anos é de 9,2%.

“A taxa de letalidade global é de 2,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 9,2%. Dizer ainda que, em domicílio, estão 85,4% dos doentes, 7.715 pessoas. Numa altura em que se renova o estado de emergência no país, importa manter a malha apertada ao novo coronavírus, quer através da contenção social, crucial nos próximos dias, quer robustecendo os mecanismos de resposta do sistema de saúde, capacitando-o para as novas fases da epidemia”, começou por dizer Sales, anunciando depois um reforço de material médico.

Segundo o secretário de Estado, esta quinta-feira serão distribuídas seis mil zaragatoas e estão ainda encomendadas 400 mil, das quais 80 mil chegam amanhã, sexta-feira. Sales revelou ainda que na próxima semana chegam mais 200 mil testes a Portugal e estão também a caminho do país 400 mil máscaras FFP2 e três milhões de máscaras cirúrgicas.

Como já tinha referido na conferência de ontem, Sales reiterou que o Governo pretende duplicar a capacidade de ventilação no país. Segundo o secretário de Estado há 400 ventiladores invasivos doados, "muitos dos quais já chegaram aos hospitais", e 140 ventiladores não invasivos cedidos a título de empréstimo. Foram ainda adquiridos outros 900, sendo que 144 chegam ao país ainda este fim de semana.

Face ao reforço de material, acabaram por ser levantadas questões sobre a falta de qualidade do material adquirido. O presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, João Gouveia, que também esteve presente na conferência desta quinta-feira, reconhece que há relatos de máscaras "que não cumprem" os requisitos em termos de qualidade, mas garante que na generalidade "não há queixas".

“Portugal está a tentar ir ao mercado com o melhor preço e qualidade possível", disse.

Mas também os profissionais de saúde infetados são uma realidade. O secretário de Estado da Saúde informou que 1.124 estão infetados – 206 são médicos, 582 enfermeiros e os outros 636 são técnicos operacionais e de diagnóstico. Sales revelou ainda que segundo os números de ontem, 7 médicos e 1 enfermeiro estavam internados em unidades de cuidados intensivos.

Questionada sobre o pico da pandemia, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, diz que não é possível precisar o momento em que irá ocorrer e admite que o pico pode na verdade vir a ser “um planalto”. "Estamos a subir. Temos tido uma subida relativamente aplanada. As pessoas que fazem projeções matemáticas dizem que quanto mais lenta for a progressão, mais para a frente irá o pico”, começou por explicar.

“Neste momento estamos de facto a subir, a fazer tudo para subirmos mais lentamente. Como dizemos sempre para a gripe e outras epidemias, só saberemos que estivemos no pico quando começarmos a descer. E não é nos primeiros dias de descida, porque, às vezes, uma aparente descida é seguida de uma subida. O que nos interessa neste momento é saber o número de doentes que temos por semana para termos capacidade de os tratar", disse.

Confrontada com alegadas altas de pacientes na região norte sem dois testes negativos, a diretora-geral da Saúde diz acreditar que os colegas o fizeram com base em critérios clínicos”.

“Continuamos a considerar que o padrão de boas práticas é ter dois testes negativos. Isso será a certeza que, de facto, a pessoa não estará a infetar outras. Estou certa que os colegas da região norte o fizeram com base em critérios clínicos e recomendando, por precaução, que as pessoas se mantenham em isolamento. O ideal é fazer os dois testes, na ausência dos testes é avaliar a condição clínica”, frisou.

A conferência terminou com António Sales a admitir que o reforço de capacidade do SNS com os privados "vai continuar a ser aproveitado" e com a DGS a garantir que "quem não tem médico de família, ficará com um médico de família atribuído nestas condições".

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