Covid-19. Como os partidos se preparam à espera que o Parlamento se decida

17-03-2020
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Covid-19. Como os partidos se preparam à espera que o Parlamento se decida
16 mar, 2020 - 16:28 • Paula Caeiro Varela
O Presidente da Assembleia da República tem resistido a suspender o funcionamento normal do Parlamento, mas os partidos políticos tomaram por si próprios medidas de prevenção, nas sedes e nos respetivos grupos parlamentares.

Enviar funcionários para casa, cancelar atividades e até
suspender eleições internas. Os partidos políticos com assento parlamentar já foram introduzindo
várias alterações ao seu funcionamento. Tanto nas sedes e estruturas como nos
grupos parlamentares, apesar de só esta segunda-feira ao fim do dia serem
aprovadas as
alterações de funcionamento da Assembleia da República.

No CDS, o deputado João Gonçalves Pereira foi para casa na
semana passada, depois de Assunção Cristas ter anunciado que entrou em
quarentena voluntária por ter estado com um amigo infetado com o novo
coronavírus. Por prevenção, por ter estado ele próprio com a antiga líder centrista.
O presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, cancelou por tempo
indeterminado todas as iniciativas que envolvam contatos com grandes
aglomerados, mas mantém para já as iniciativas pessoais, encontros
institucionais e reuniões. Ontem, em vez de uma conferência de imprensa, enviou
por e-mail uma declaração em vídeo e texto aos órgãos de comunicação social.

O PS pode ser o partido a ter mais alterações no seu
funcionamento, levando mesmo ao adiamento do congresso marcado par o fim de
maio. Tendo em vista o congresso nacional do partido, deveriam ter acontecido
eleições internas nas estruturas socialistas no fim-de-semana passado, a que se
seguiriam os congressos federativos. Ora, tanto as eleições como os congressos
estão suspensos, o adiará todo o processo.

De acordo com a informação enviada à Renascença pelo PS,
também foi decidido adiar os eventos agendados, suspender as reuniões
presenciais e a agenda externa dos dirigentes políticos, assim como, colocar a
maioria dos funcionários em teletrabalho, restringindo ao mínimo o
funcionamento presencial.

O Bloco cancelou igualmente iniciativas nacionais, suspendeu
iniciativas em locais de grandes concentrações de pessoas, como feiras,
mercados ou transportes. A coordenadora da mesa nacional, Catarina Martins,
também enviou por uma mensagem sobre o assunto e está a estudar tecnicamente a
forma como podem as conferências de imprensa passarem a ser emitidas em
streaming, através do portal do partido. As reuniões estritamente necessárias
serão feitas em teleconferência. Entretanto, na AR e na sede do partido grande
parte dos funcionários está já em regime de trabalho remoto.

Também o PSD informa que estabeleceu na sede nacional um
plano para “promover o teletrabalho para os colaboradores” e uma escala para os
que tenham de estar presencialmente. Ainda na semana passada, a Comissão
Política Nacional do partido tinha recomendado às estruturas que não realizem
reuniões ou assembleias até nova indicação, e deu ordens para adiar os atos
eleitorais internos em curso.

Na sede nacional, dispensou-se a leitura biométrica de dados
e foram colocados nos corredores dispensadores de álcool em gel.

O líder do PSD defendeu já que a Assembleia da República
passe a funcionar apenas com recurso à Comissão Permanente e foi isso que
defendeu na passada sexta-feira em conferência de líderes extraordinária.

Também na IL (Iniciativa Liberal), foram cancelados ainda no
início da semana passada eventos partidários, incluindo o Conselho Nacional de
dia 29. No Parlamento, foram adiadas todas as reuniões e audiências externas e
a equipa foi trabalhando a partir de casa.

No PCP, as iniciativas do partido estão igualmente para já
suspensas, os funcionários do grupo parlamentar considerados como grupo de
risco já estão em casa desde sexta-feira.
Tem dúvidas sobre o coronavírus? Deixe-nos as suas perguntas aqui e os especialistas de saúde pública respondem em antena e no digital da Renascença.

Tópicoscoronavírusassembleia da república

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Covid-19. Como os partidos se preparam à espera que o Parlamento se decida
16 mar, 2020 - 16:28 • Paula Caeiro Varela
O Presidente da Assembleia da República tem resistido a suspender o funcionamento normal do Parlamento, mas os partidos políticos tomaram por si próprios medidas de prevenção, nas sedes e nos respetivos grupos parlamentares.

Enviar funcionários para casa, cancelar atividades e até
suspender eleições internas. Os partidos políticos com assento parlamentar já foram introduzindo
várias alterações ao seu funcionamento. Tanto nas sedes e estruturas como nos
grupos parlamentares, apesar de só esta segunda-feira ao fim do dia serem
aprovadas as
alterações de funcionamento da Assembleia da República.

No CDS, o deputado João Gonçalves Pereira foi para casa na
semana passada, depois de Assunção Cristas ter anunciado que entrou em
quarentena voluntária por ter estado com um amigo infetado com o novo
coronavírus. Por prevenção, por ter estado ele próprio com a antiga líder centrista.
O presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, cancelou por tempo
indeterminado todas as iniciativas que envolvam contatos com grandes
aglomerados, mas mantém para já as iniciativas pessoais, encontros
institucionais e reuniões. Ontem, em vez de uma conferência de imprensa, enviou
por e-mail uma declaração em vídeo e texto aos órgãos de comunicação social.

O PS pode ser o partido a ter mais alterações no seu
funcionamento, levando mesmo ao adiamento do congresso marcado par o fim de
maio. Tendo em vista o congresso nacional do partido, deveriam ter acontecido
eleições internas nas estruturas socialistas no fim-de-semana passado, a que se
seguiriam os congressos federativos. Ora, tanto as eleições como os congressos
estão suspensos, o adiará todo o processo.

De acordo com a informação enviada à Renascença pelo PS,
também foi decidido adiar os eventos agendados, suspender as reuniões
presenciais e a agenda externa dos dirigentes políticos, assim como, colocar a
maioria dos funcionários em teletrabalho, restringindo ao mínimo o
funcionamento presencial.

O Bloco cancelou igualmente iniciativas nacionais, suspendeu
iniciativas em locais de grandes concentrações de pessoas, como feiras,
mercados ou transportes. A coordenadora da mesa nacional, Catarina Martins,
também enviou por uma mensagem sobre o assunto e está a estudar tecnicamente a
forma como podem as conferências de imprensa passarem a ser emitidas em
streaming, através do portal do partido. As reuniões estritamente necessárias
serão feitas em teleconferência. Entretanto, na AR e na sede do partido grande
parte dos funcionários está já em regime de trabalho remoto.

Também o PSD informa que estabeleceu na sede nacional um
plano para “promover o teletrabalho para os colaboradores” e uma escala para os
que tenham de estar presencialmente. Ainda na semana passada, a Comissão
Política Nacional do partido tinha recomendado às estruturas que não realizem
reuniões ou assembleias até nova indicação, e deu ordens para adiar os atos
eleitorais internos em curso.

Na sede nacional, dispensou-se a leitura biométrica de dados
e foram colocados nos corredores dispensadores de álcool em gel.

O líder do PSD defendeu já que a Assembleia da República
passe a funcionar apenas com recurso à Comissão Permanente e foi isso que
defendeu na passada sexta-feira em conferência de líderes extraordinária.

Também na IL (Iniciativa Liberal), foram cancelados ainda no
início da semana passada eventos partidários, incluindo o Conselho Nacional de
dia 29. No Parlamento, foram adiadas todas as reuniões e audiências externas e
a equipa foi trabalhando a partir de casa.

No PCP, as iniciativas do partido estão igualmente para já
suspensas, os funcionários do grupo parlamentar considerados como grupo de
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