Marques Mendes não vê remodelações no Governo até ao final da Presidência portuguesa da UE

31-12-2020
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Marques Mendes desvalorizou a mudança de dois Secretários de Estado do atual Governo, argumentando que tal nem confere uma remodelação, algo que não antecipa que suceda antes do final da Presidência portuguesa da União Europeia. Os comentários foram feitos no seu espaço semanal na televisão, este domingo.

O antigo líder social-democrata argumenta que o Governo carece, desde a sua formação, de um Vice-Primeiro-Ministro, um cargo que ganha uma importância acrescida num ano em que Portugal recebe a Presidência da União Europeia.

Antecipando que, durante esses seis meses, a multiplicidade de assuntos para os quais será chamado a intervir não permitiram que António Costa “chegue para tudo”, Marques Mendes defendeu que um número dois formal no executivo seria importante, especialmente dado o carácter “unipessoal” do atual Governo.

Reconhecendo vastas capacidades ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, o comentador não vê neste “estatuto político” para falar pelo Governo aquando de possíveis ausências do PM. Por outro lado, a ministra da Presidência, Mariana Vieira Silva, é apontada por muitos como a detentora de facto desse cargo, mas a falta de um reconhecimento formal tira-lhe capacidade de resposta política.

Ainda assim, Marques Mendes vê possíveis vantagens no posicionamento de António Costa. “Se correr bem o processo de vacinação e a recuperação económica e social já se fizer sentir [daqui a uns meses], terá um ambiente mais favorável do que tem hoje”, prevê.

Passos Coelho de regresso?

Quanto ao regresso de Passos Coelho à vida política ativa, Marques Mendes adivinha que este aconteça “mais ano, menos ano”, ainda que não antecipe se para o cargo de primeiro-ministro ou de Presidente da República.

Falando de “credibilidade” e reconhecimento pelo “trabalho corajoso enquanto primeiro-ministro”, Marques Mendes antecipa que a insatisfação de uma grande parte do eleitorado social-democrata poderá precipitar o regresso do líder da coligação Portugal à Frente.

“Se as coisas estivessem bem alguém suspirava pelo regresso de Passos Coelho?”, questionou o comentador, em jeito de conclusão.

A análise do comentador surge depois das declarações de André Ventura, que disse ter saudades do antigo primeiro-ministro. Para Marques Mendes, o líder do Chega falou com “cinismo”, até porque, defende, o reaparecimento de Passos seria prejudicial para o partido populista.

Marques Mendes desvalorizou a mudança de dois Secretários de Estado do atual Governo, argumentando que tal nem confere uma remodelação, algo que não antecipa que suceda antes do final da Presidência portuguesa da União Europeia. Os comentários foram feitos no seu espaço semanal na televisão, este domingo.

O antigo líder social-democrata argumenta que o Governo carece, desde a sua formação, de um Vice-Primeiro-Ministro, um cargo que ganha uma importância acrescida num ano em que Portugal recebe a Presidência da União Europeia.

Antecipando que, durante esses seis meses, a multiplicidade de assuntos para os quais será chamado a intervir não permitiram que António Costa “chegue para tudo”, Marques Mendes defendeu que um número dois formal no executivo seria importante, especialmente dado o carácter “unipessoal” do atual Governo.

Reconhecendo vastas capacidades ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, o comentador não vê neste “estatuto político” para falar pelo Governo aquando de possíveis ausências do PM. Por outro lado, a ministra da Presidência, Mariana Vieira Silva, é apontada por muitos como a detentora de facto desse cargo, mas a falta de um reconhecimento formal tira-lhe capacidade de resposta política.

Ainda assim, Marques Mendes vê possíveis vantagens no posicionamento de António Costa. “Se correr bem o processo de vacinação e a recuperação económica e social já se fizer sentir [daqui a uns meses], terá um ambiente mais favorável do que tem hoje”, prevê.

Passos Coelho de regresso?

Quanto ao regresso de Passos Coelho à vida política ativa, Marques Mendes adivinha que este aconteça “mais ano, menos ano”, ainda que não antecipe se para o cargo de primeiro-ministro ou de Presidente da República.

Falando de “credibilidade” e reconhecimento pelo “trabalho corajoso enquanto primeiro-ministro”, Marques Mendes antecipa que a insatisfação de uma grande parte do eleitorado social-democrata poderá precipitar o regresso do líder da coligação Portugal à Frente.

“Se as coisas estivessem bem alguém suspirava pelo regresso de Passos Coelho?”, questionou o comentador, em jeito de conclusão.

A análise do comentador surge depois das declarações de André Ventura, que disse ter saudades do antigo primeiro-ministro. Para Marques Mendes, o líder do Chega falou com “cinismo”, até porque, defende, o reaparecimento de Passos seria prejudicial para o partido populista.

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