PSD e CDS vão votar contra requalificação da 2ª circular

03-06-2020
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Os vereadores do PSD e CDS-PP na Câmara de Lisboa vão votar contra o projecto da autarquia para a Segunda Circular caso não haja alterações, por considerarem que é feito "à pressa" e terá impactos na circulação automóvel.

“Estamos muito cépticos e preocupados com o impacto e com a falta de previsão do impacto que a intervenção vai ter e, nesse sentido, faremos oposição à proposta", disse à Lusa o social-democrata António Prôa, questionando os benefícios da intervenção na circulação na cidade.

Para o autarca, a proposta está "pouco amadurecida", tendo apenas em vista que as obras estejam "concluídas antes das eleições" autárquicas de 2017.

Também para o centrista João Gonçalves Pereira há "uma pressa desmedida para cumprir um calendário eleitoral".

Acresce que, para o responsável, existe "um problema de legitimidade programática", pois o projecto "não estava no programa eleitoral" do PS (em maioria na Câmara), razão pela qual votará contra.

"Estamos, mais uma vez, perante um experimentalismo socialista que brinca com a vida dos lisboetas", salientou.

Pelo PCP, Carlos Moura considerou que esta é uma "proposta bastante complexa" por existirem "poucas alternativas" à Segunda Circular.

"A mudança de perfil é uma coisa que não podemos deixar de olhar com simpatia, mas ao mesmo tempo temos [...] a preocupação de saber como é que se resolve esse problema" do trânsito, assinalou o comunista, frisando a necessidade de ter uma rede de transportes públicos adequada.

Carlos Moura indicou que o partido se deverá abster aquando da votação da proposta.

Até à próxima sexta-feira está em consulta pública no “site” da Câmara de Lisboa o projecto que a maioria socialista no executivo propõe para a Segunda Circular. Só depois deste prazo a proposta será apreciada pela autarquia.

O objectivo da intervenção é diminuir o tráfego de atravessamento na Segunda Circular através da reformulação de alguns acessos (prevendo-se a eliminação de dois entrecruzamentos na zona do Campo Grande através do fim da ligação da azinhaga das Galhardas à Segunda Circular) e dos nós de ligação ao IC19 (itinerário complementar) e à A1 (autoestrada), encaminhando o trânsito para a CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa).

Prevê-se também a implantação de um separador central maior e arborizado, a redução da largura das vias, a montagem de barreiras acústicas, a reabilitação da drenagem, a renovação da iluminação pública e sinalética e a redução da velocidade, de 80 para 60 quilómetros/hora.

Estima-se que as obras custem 10 milhões de euros e se iniciem no primeiro semestre deste ano, tendo a duração de 11 meses.

A presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Inês Drummond (PS), salientou que "vai haver uma redução em 50% do ruído, o que é importantíssimo, sobretudo na zona do [centro comercial] Fonte Nova, onde uma das grandes reclamações tem a ver a poluição sonora".

Já em Alvalade, o "limite verde [separador arborizado] na fronteira norte da freguesia vai reduzir o ruído para os moradores dos bairros São João de Brito e Fonseca e Calçadas e melhorar a qualidade de vida", segundo o presidente, André Caldas (PS).

O autarca de Carnide, Fábio Sousa (PCP), sustentou que "o período de discussão pública devia ser alargado".

Posição semelhante tem o presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, para quem esta "não é propriamente a melhor altura" para realizar a consulta pública.

Os vereadores do PSD e CDS-PP na Câmara de Lisboa vão votar contra o projecto da autarquia para a Segunda Circular caso não haja alterações, por considerarem que é feito "à pressa" e terá impactos na circulação automóvel.

“Estamos muito cépticos e preocupados com o impacto e com a falta de previsão do impacto que a intervenção vai ter e, nesse sentido, faremos oposição à proposta", disse à Lusa o social-democrata António Prôa, questionando os benefícios da intervenção na circulação na cidade.

Para o autarca, a proposta está "pouco amadurecida", tendo apenas em vista que as obras estejam "concluídas antes das eleições" autárquicas de 2017.

Também para o centrista João Gonçalves Pereira há "uma pressa desmedida para cumprir um calendário eleitoral".

Acresce que, para o responsável, existe "um problema de legitimidade programática", pois o projecto "não estava no programa eleitoral" do PS (em maioria na Câmara), razão pela qual votará contra.

"Estamos, mais uma vez, perante um experimentalismo socialista que brinca com a vida dos lisboetas", salientou.

Pelo PCP, Carlos Moura considerou que esta é uma "proposta bastante complexa" por existirem "poucas alternativas" à Segunda Circular.

"A mudança de perfil é uma coisa que não podemos deixar de olhar com simpatia, mas ao mesmo tempo temos [...] a preocupação de saber como é que se resolve esse problema" do trânsito, assinalou o comunista, frisando a necessidade de ter uma rede de transportes públicos adequada.

Carlos Moura indicou que o partido se deverá abster aquando da votação da proposta.

Até à próxima sexta-feira está em consulta pública no “site” da Câmara de Lisboa o projecto que a maioria socialista no executivo propõe para a Segunda Circular. Só depois deste prazo a proposta será apreciada pela autarquia.

O objectivo da intervenção é diminuir o tráfego de atravessamento na Segunda Circular através da reformulação de alguns acessos (prevendo-se a eliminação de dois entrecruzamentos na zona do Campo Grande através do fim da ligação da azinhaga das Galhardas à Segunda Circular) e dos nós de ligação ao IC19 (itinerário complementar) e à A1 (autoestrada), encaminhando o trânsito para a CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa).

Prevê-se também a implantação de um separador central maior e arborizado, a redução da largura das vias, a montagem de barreiras acústicas, a reabilitação da drenagem, a renovação da iluminação pública e sinalética e a redução da velocidade, de 80 para 60 quilómetros/hora.

Estima-se que as obras custem 10 milhões de euros e se iniciem no primeiro semestre deste ano, tendo a duração de 11 meses.

A presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Inês Drummond (PS), salientou que "vai haver uma redução em 50% do ruído, o que é importantíssimo, sobretudo na zona do [centro comercial] Fonte Nova, onde uma das grandes reclamações tem a ver a poluição sonora".

Já em Alvalade, o "limite verde [separador arborizado] na fronteira norte da freguesia vai reduzir o ruído para os moradores dos bairros São João de Brito e Fonseca e Calçadas e melhorar a qualidade de vida", segundo o presidente, André Caldas (PS).

O autarca de Carnide, Fábio Sousa (PCP), sustentou que "o período de discussão pública devia ser alargado".

Posição semelhante tem o presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, para quem esta "não é propriamente a melhor altura" para realizar a consulta pública.

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