Assessor do Chega infiltrou-se em debate fechado dos candidatos do CDS (e foi expulso da sede)

22-01-2020
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A noite já ia avançada esta quinta-feira quando o presidente da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, interrompeu o debate entre os candidatos do CDS para fazer um aviso: dado que o encontro era reservado apenas a militantes e simpatizantes do partido - a comunicação social tinha, aliás, assistido apenas às intervenções iniciais -, pedia a quem não fosse do partido e estivesse presente na sala que a abandonasse imediatamente… porque tinha informação de que havia uma pessoa nessa situação.

Não era uma pessoa qualquer. Manuel Matias, assessor político do Chega - e cabeça de lista a Braga, pela coligação Chega/PPV (Portugal pro Vida), nas legislativas de outubro -, estava a assistir ao debate, misturado com militantes do CDS, num evento fechado. Assim que a informação começou a circular, Gonçalves Pereira pediu-lhe que saísse, Matias levantou-se e deixou a sala, tendo já assistido a parte do debate para consumo interno.

Ao Expresso, o dirigente centrista mostra-se perplexo e explica: “Entendo que o CDS desperte interesse de muita gente e de outros partidos de direita, mas tem de haver algum respeito institucional pelas iniciativas internas do partido…”. Matias, nota, obedeceu “de imediato” ao seu pedido mas, sabe o Expresso, mostrou-se indignado com a situação, reclamando, à porta da sede do largo do Caldas, com o facto de não poder assistir.

Manuel Matias diz ter saído do debate quando começou a fase fechada à comunicação social e garante ao Expresso ter sido convidado por um candidato, cujo nome não revela, dado que ambos são “amigos há vários anos” e que a relação é do conhecimento público - um candidato que lhe terá dito lamentar a situação e considerar que o debate deveria ser aberto a todos. O assessor do Chega acrescenta também que esteve presente - como já aconteceu no passado - na sede do Caldas na qualidade de pai de um rapaz que milita na JP-Lisboa e de uma rapariga que é simpatizante. E lamenta a situação: “Não quero causar mais problemas, já há confusão que chegue no CDS, segundo percebi. Foi uma situação infeliz”.

Ao Expresso, Matias não revela o nome do candidato em questão - mas, relata quem estava à porta da sede, terá dito que o convite partiu de Abel Matos Santos, concorrente à liderança e presidente da Tendência Esperança e Movimento. O candidato, no entanto, desmente. “Não o convidei. Liguei-lhe hoje de manhã porque me senti envergonhado com o que se passou. Ele não estava lá disfarçado nem escondido e foi achincalhado”, reclama Matos Santos, acrescentando que o assessor do Chega terá sido depois convidado a sair do próprio edifício.

A noite já ia avançada esta quinta-feira quando o presidente da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, interrompeu o debate entre os candidatos do CDS para fazer um aviso: dado que o encontro era reservado apenas a militantes e simpatizantes do partido - a comunicação social tinha, aliás, assistido apenas às intervenções iniciais -, pedia a quem não fosse do partido e estivesse presente na sala que a abandonasse imediatamente… porque tinha informação de que havia uma pessoa nessa situação.

Não era uma pessoa qualquer. Manuel Matias, assessor político do Chega - e cabeça de lista a Braga, pela coligação Chega/PPV (Portugal pro Vida), nas legislativas de outubro -, estava a assistir ao debate, misturado com militantes do CDS, num evento fechado. Assim que a informação começou a circular, Gonçalves Pereira pediu-lhe que saísse, Matias levantou-se e deixou a sala, tendo já assistido a parte do debate para consumo interno.

Ao Expresso, o dirigente centrista mostra-se perplexo e explica: “Entendo que o CDS desperte interesse de muita gente e de outros partidos de direita, mas tem de haver algum respeito institucional pelas iniciativas internas do partido…”. Matias, nota, obedeceu “de imediato” ao seu pedido mas, sabe o Expresso, mostrou-se indignado com a situação, reclamando, à porta da sede do largo do Caldas, com o facto de não poder assistir.

Manuel Matias diz ter saído do debate quando começou a fase fechada à comunicação social e garante ao Expresso ter sido convidado por um candidato, cujo nome não revela, dado que ambos são “amigos há vários anos” e que a relação é do conhecimento público - um candidato que lhe terá dito lamentar a situação e considerar que o debate deveria ser aberto a todos. O assessor do Chega acrescenta também que esteve presente - como já aconteceu no passado - na sede do Caldas na qualidade de pai de um rapaz que milita na JP-Lisboa e de uma rapariga que é simpatizante. E lamenta a situação: “Não quero causar mais problemas, já há confusão que chegue no CDS, segundo percebi. Foi uma situação infeliz”.

Ao Expresso, Matias não revela o nome do candidato em questão - mas, relata quem estava à porta da sede, terá dito que o convite partiu de Abel Matos Santos, concorrente à liderança e presidente da Tendência Esperança e Movimento. O candidato, no entanto, desmente. “Não o convidei. Liguei-lhe hoje de manhã porque me senti envergonhado com o que se passou. Ele não estava lá disfarçado nem escondido e foi achincalhado”, reclama Matos Santos, acrescentando que o assessor do Chega terá sido depois convidado a sair do próprio edifício.

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