PS acusa homem que abordou Costa de ser do CDS, mas centristas negam

03-04-2020
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"Do pior que há na política: este senhor foi autarca do CDS, chama-se José Elias, na antiga junta de São José e o seu filho é assessor do CDS na Assembleia Municipal. Está tudo dito..... vergonha para a direita. A senhora Cristas devia, ainda hoje, apresentar publicamente desculpas ao António Costa".

O socialista Miguel Coelho, ex-deputado e presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, acusa o eleitor que abordou António Costa na arruada desta sexta-feira de ser Joaquim ELias, militante e ex-autarca do CDS - apesar de este ter dito a Costa que sempre votou PS "independentemente das pessoas que lá estão" e de ter cinco votantes socialistas em casa. Entretanto, o PS aunciou que vai pôr um processo crime por difamação ao homem que o líder socialista quase agrediu esta tarde. Antes que a meia-noite chegasse e entrasse o dia de reflexão, Miguel Coelho publicou um post no Facebook a fazer a denúncia:

CDS diz que Joaquim Elias não é militante há muitos anos

João Gonçalves Pereira, diretor de campanha de Assunção Cristas e vereador em Lisboa nega ao Expresso que Elias ainda seja militante (embora o filho seja), já se desfiliou há muitoas anos - e fala em "nervosismo" do PS.

"Confirmo que o filho é militante e autarca e colabora com o CDS na AML", diz João Gonçalves Pereira. O pai não está filiado no CDS: "Não sei se o PS conhece os seus militantes, não sei se é do PS ou de outro partido. Sei que não é do CDS e não é há muito tempo", diz ao Expresso.

"Isto mostra nervosismo por parte do PS e de António Costa", acusa Gonçalves Pereira. "É normal neste período haver alguma tensão, o que não pode acontecer é que uma terceira ou quarta linha do partido venha tentar passar a bola a outro partido que nada tem a ver e tentar branquear uma atitude de tensão de António Costa".

Quando abordou António Costa, Joaquim Elias disse que era eleitor um socialista de sempre, mas acrescentou que desta vez está "relutante" em votar PS, porque Costa estava em "merecidas férias" no momento mais crítico da tragédia dos fogos de 2017, em Pedrógão Grande. "É mentira, é mentira", respondeu-lhe António Costa, num crescendo de exaltação, acabando quase aos gritos. "Não esteve presente", insistiu o cidadão. Mas Costa não o deixou prosseguir. E Costa então voltou-se para o homem com ar ameaçador e só foi travado pela ação dos seus próprios seguranças.

Em declarações ao Expresso, Miguel Coelho diz qua a sua primeira sensação foi: "Conheço esta cara". Era do mundo das juntas de freguesia de Lisboa. "Comecei a telefonar a pessoas deste território e consegui chegar lá. Este senhor foi há cerca de 15 anos membro da Assembleia de Freguesia de São José, eleito pelo CDS. "Ele faz uma provocação: diz que vota no PS. Foi com certeza uma iniciativa preparada", acusa este antigo líder da concelhia do PS/Lisboa. "Liguei ao Duarte Cordeiro, diretor de campanha [e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares] e dizer isto", admite ao Expresso, mas garante que foi só depois de António Costa já ter acusado a direita de ter provocado o incidente.

"Do pior que há na política: este senhor foi autarca do CDS, chama-se José Elias, na antiga junta de São José e o seu filho é assessor do CDS na Assembleia Municipal. Está tudo dito..... vergonha para a direita. A senhora Cristas devia, ainda hoje, apresentar publicamente desculpas ao António Costa".

O socialista Miguel Coelho, ex-deputado e presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, acusa o eleitor que abordou António Costa na arruada desta sexta-feira de ser Joaquim ELias, militante e ex-autarca do CDS - apesar de este ter dito a Costa que sempre votou PS "independentemente das pessoas que lá estão" e de ter cinco votantes socialistas em casa. Entretanto, o PS aunciou que vai pôr um processo crime por difamação ao homem que o líder socialista quase agrediu esta tarde. Antes que a meia-noite chegasse e entrasse o dia de reflexão, Miguel Coelho publicou um post no Facebook a fazer a denúncia:

CDS diz que Joaquim Elias não é militante há muitos anos

João Gonçalves Pereira, diretor de campanha de Assunção Cristas e vereador em Lisboa nega ao Expresso que Elias ainda seja militante (embora o filho seja), já se desfiliou há muitoas anos - e fala em "nervosismo" do PS.

"Confirmo que o filho é militante e autarca e colabora com o CDS na AML", diz João Gonçalves Pereira. O pai não está filiado no CDS: "Não sei se o PS conhece os seus militantes, não sei se é do PS ou de outro partido. Sei que não é do CDS e não é há muito tempo", diz ao Expresso.

"Isto mostra nervosismo por parte do PS e de António Costa", acusa Gonçalves Pereira. "É normal neste período haver alguma tensão, o que não pode acontecer é que uma terceira ou quarta linha do partido venha tentar passar a bola a outro partido que nada tem a ver e tentar branquear uma atitude de tensão de António Costa".

Quando abordou António Costa, Joaquim Elias disse que era eleitor um socialista de sempre, mas acrescentou que desta vez está "relutante" em votar PS, porque Costa estava em "merecidas férias" no momento mais crítico da tragédia dos fogos de 2017, em Pedrógão Grande. "É mentira, é mentira", respondeu-lhe António Costa, num crescendo de exaltação, acabando quase aos gritos. "Não esteve presente", insistiu o cidadão. Mas Costa não o deixou prosseguir. E Costa então voltou-se para o homem com ar ameaçador e só foi travado pela ação dos seus próprios seguranças.

Em declarações ao Expresso, Miguel Coelho diz qua a sua primeira sensação foi: "Conheço esta cara". Era do mundo das juntas de freguesia de Lisboa. "Comecei a telefonar a pessoas deste território e consegui chegar lá. Este senhor foi há cerca de 15 anos membro da Assembleia de Freguesia de São José, eleito pelo CDS. "Ele faz uma provocação: diz que vota no PS. Foi com certeza uma iniciativa preparada", acusa este antigo líder da concelhia do PS/Lisboa. "Liguei ao Duarte Cordeiro, diretor de campanha [e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares] e dizer isto", admite ao Expresso, mas garante que foi só depois de António Costa já ter acusado a direita de ter provocado o incidente.

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