Oposição: consenso partidário em torno das medidas do Governo

23-03-2020
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O fogo nas trincheiras cessou. A luta política está em tréguas no que à luta ao Covid-19 diz respeito. Na maratona de reuniões que decorreram esta quinta-feira em São Bento os líderes dos partidos com assento parlamentar defenderam a necessidade de um consenso nacional para se tomarem mais medidas para conter o Covid-19. Num discurso construtivo e de união, deixaram palavras de agradecimento aos profissionais de Saúde e consideraram que a atual epidemia exige uma resposta mais adequada do Governo, mas também o cumprimento das recomendações por parte dos cidadãos.

O líder do PSD, o primeiro a reunir-se com António Costa, concordou com medidas adicionais para travar a epidemia. "Mesmo que não sejam simpáticas", que não se limitem ao encerramento das escolas uma vez que os jovens - como demonstraram ontem ao encherem as praias da linha de Cascais - podem furar a quarentena e juntarem-se noutros locais.Rui Rio garantiu que o PSD apoiará "todas as medidas que entenda, quer do ponto de vista politico e técnico", salientando que "se algumas não forem tomadas" é "dever incentivar que o Governo tome essas medidas."

Sem adiantar se as medidas do Governo serão suficientes, a coordenadora do BE, Catarina Martins, disse estar "solidária" para que estas possam ser "postas no terreno o mais rapidamente possível". E defendeu ainda a necessidade de ser reforçado o Sistema Nacional de Saúde através da agilização de contratações de profissionais do sector e da compra de material, assim como medidas para a economia e o emprego.

Na mesma linha, Jerónimo de Sousa, líder comunista considerou ser necessário reforçar o SNS e promover medidas de "defesa dos salários e dos direitos dos trabalhadores", devendo o Governo assumir as devidas responsabilidades neste momento. O secretário-geral do PCP sublinhou, contudo, que serão precisas medidas posteriores para "conseguirmos dobrar esta curva apertada da nossa vida".

Já o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu medidas "drásticas" alegando que país está em "emergência nacional" e o Governo não pode ter uma atitude reativa e deve demonstrar "coragem" nesta altura de crise. Questionado pelas medidas propostas pelos centristas, Rodrigues dos Santos mencionou o "encerramento imediato das escolas, um controlo sanitário nas fronteiras, a criação de um gabinete de crise em permanência, mas também o encerramento de todos os serviços de atendimento ao público como "museus, bares, discotecas e ginásios".

André Silva, porta-voz do PAN frisou que o Governo deve adotar "medidas mais difíceis" para travar a propagação do Covid-19 ea que as regras das contratações no Sistema Nacional de Saúde devem ser alteradas face à atual situação com vista ao reforço do SNS. "Dissemos ao primeiro-ministro que impera reforçar e garantir os meios humanos para que a Saúde tenha condições para trabalhar e para que sejam efetuadas as compras de equipamentos que vierem a ser necessários nesta situação de emergência", afirmou.

O líder do Chega foi o único a destoar do tom. André Ventura considerou que o Governo agiu tarde demais na resposta ao surto e disse que mantém a "falta de coragem" para tomar medidas mais fortes, como o encerramento das fronteiras do país. "A resposta a esta crise não foi pronta e imediata como sugerimos. Demorámos tempo a mais para agir para evitar uma crise económica e alarmismo e só espero que não seja tarde demais para o que vai ser implementado", afirmou André Ventura em São Bento, apontando o dedo ao Governo e ao Presidente da República, assim como à diretora-geral da Saúde, em cuja demissão insiste.

José Luís Ferreira, dirigente dos Verdes sustentou que todas as medidas do Governo devem ter um apoio técnico de forma a garantir a maior eficácia das mesmas, assim como evitar o alarme social. "Qualquer medida a ser tomada tem de ter suporte mínimo das autoridades de saúde. Se assim for acompanharemos o Governo em todas as medidas, mas que tenham todo o suporte da Direção-Geral da Saúde", disse o deputado do PEV.

O deputado único e presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, disse por sua vez que as medidas do Executivo para conter o Covid-19 "vão no sentido correto", mas são "insuficientes", sendo que a diminuição do contágio só poderá ser possível através da redução dos contactos sociais, pelo que o encerramento das escolas e as outras restrições impostas serão ineficazes.

Reconhecendo o sentido de Estado que esta crise exige de todos os partidos, o primeiro-ministro fez questão de sublinhar na sua declaração ao país a "forma construtiva e empenhada como todos estão a encarar este momento", disse António Costa. Uma atitude que já tinha sido elogiada por José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS.

O fogo nas trincheiras cessou. A luta política está em tréguas no que à luta ao Covid-19 diz respeito. Na maratona de reuniões que decorreram esta quinta-feira em São Bento os líderes dos partidos com assento parlamentar defenderam a necessidade de um consenso nacional para se tomarem mais medidas para conter o Covid-19. Num discurso construtivo e de união, deixaram palavras de agradecimento aos profissionais de Saúde e consideraram que a atual epidemia exige uma resposta mais adequada do Governo, mas também o cumprimento das recomendações por parte dos cidadãos.

O líder do PSD, o primeiro a reunir-se com António Costa, concordou com medidas adicionais para travar a epidemia. "Mesmo que não sejam simpáticas", que não se limitem ao encerramento das escolas uma vez que os jovens - como demonstraram ontem ao encherem as praias da linha de Cascais - podem furar a quarentena e juntarem-se noutros locais.Rui Rio garantiu que o PSD apoiará "todas as medidas que entenda, quer do ponto de vista politico e técnico", salientando que "se algumas não forem tomadas" é "dever incentivar que o Governo tome essas medidas."

Sem adiantar se as medidas do Governo serão suficientes, a coordenadora do BE, Catarina Martins, disse estar "solidária" para que estas possam ser "postas no terreno o mais rapidamente possível". E defendeu ainda a necessidade de ser reforçado o Sistema Nacional de Saúde através da agilização de contratações de profissionais do sector e da compra de material, assim como medidas para a economia e o emprego.

Na mesma linha, Jerónimo de Sousa, líder comunista considerou ser necessário reforçar o SNS e promover medidas de "defesa dos salários e dos direitos dos trabalhadores", devendo o Governo assumir as devidas responsabilidades neste momento. O secretário-geral do PCP sublinhou, contudo, que serão precisas medidas posteriores para "conseguirmos dobrar esta curva apertada da nossa vida".

Já o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu medidas "drásticas" alegando que país está em "emergência nacional" e o Governo não pode ter uma atitude reativa e deve demonstrar "coragem" nesta altura de crise. Questionado pelas medidas propostas pelos centristas, Rodrigues dos Santos mencionou o "encerramento imediato das escolas, um controlo sanitário nas fronteiras, a criação de um gabinete de crise em permanência, mas também o encerramento de todos os serviços de atendimento ao público como "museus, bares, discotecas e ginásios".

André Silva, porta-voz do PAN frisou que o Governo deve adotar "medidas mais difíceis" para travar a propagação do Covid-19 ea que as regras das contratações no Sistema Nacional de Saúde devem ser alteradas face à atual situação com vista ao reforço do SNS. "Dissemos ao primeiro-ministro que impera reforçar e garantir os meios humanos para que a Saúde tenha condições para trabalhar e para que sejam efetuadas as compras de equipamentos que vierem a ser necessários nesta situação de emergência", afirmou.

O líder do Chega foi o único a destoar do tom. André Ventura considerou que o Governo agiu tarde demais na resposta ao surto e disse que mantém a "falta de coragem" para tomar medidas mais fortes, como o encerramento das fronteiras do país. "A resposta a esta crise não foi pronta e imediata como sugerimos. Demorámos tempo a mais para agir para evitar uma crise económica e alarmismo e só espero que não seja tarde demais para o que vai ser implementado", afirmou André Ventura em São Bento, apontando o dedo ao Governo e ao Presidente da República, assim como à diretora-geral da Saúde, em cuja demissão insiste.

José Luís Ferreira, dirigente dos Verdes sustentou que todas as medidas do Governo devem ter um apoio técnico de forma a garantir a maior eficácia das mesmas, assim como evitar o alarme social. "Qualquer medida a ser tomada tem de ter suporte mínimo das autoridades de saúde. Se assim for acompanharemos o Governo em todas as medidas, mas que tenham todo o suporte da Direção-Geral da Saúde", disse o deputado do PEV.

O deputado único e presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, disse por sua vez que as medidas do Executivo para conter o Covid-19 "vão no sentido correto", mas são "insuficientes", sendo que a diminuição do contágio só poderá ser possível através da redução dos contactos sociais, pelo que o encerramento das escolas e as outras restrições impostas serão ineficazes.

Reconhecendo o sentido de Estado que esta crise exige de todos os partidos, o primeiro-ministro fez questão de sublinhar na sua declaração ao país a "forma construtiva e empenhada como todos estão a encarar este momento", disse António Costa. Uma atitude que já tinha sido elogiada por José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS.

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