CDS cético em relação ao plano do Governo para relançar a economia

28-05-2020
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Francisco Rodrigues dos Santos não acredita que o Governo se venha a aproximar das propostas do CDS para o relançamento da economia. À saída da reunião com o primeiro-ministro, o líder democrata-cristão não escondeu "o quadro de propostas do CDS é exigente" e que se traduz num caminho diferente daquele que o Governo socialista parece disposto a seguir.

Sem revelar detalhes concretos sobre a reunião com António Costa, o presidente do CDS recordou algumas das medidas defendidas pelo partido, como a criação de um mecanismo de acerto de contas entre contribuintes e Estado, o ajuste das tabelas de retenção da fonte de IRS, um cheque de 15 mil euros para micro e pequenas empresas, o prolongamento do regime de lay-off simplificado até ao final do ano ou alargamento do apoio a todos os sócios-gerentes, por exemplo.

Tudo somado, notou Francisco Rodrigues dos Santos, o Governo precisa rapidamente de fazer um "choque de tesouraria" para salvar empresas e proteger emprego e garantir que o dinheiro "chegue a tempo e horas às empresas". Sem estas garantias, salvaguardou o líder do CDS, dificilmente o Governo poderá contar com o voto a favor dos democratas-cristãos quando for votado o Orçamento Suplementar.

Iniciativa Liberal acusa falta de "urgência" e "determinação" do Governo

O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, manifestou um sentimento dúbio à saída da reunião com o primeiro-ministro em São Bento, criticando a falta de "urgência" e "determinação" do Governo nas respostas à Covid-19.

"O que ouvimos dá-nos um sinal positivo e um sinal preocupante. O sinal positivo é que me parece que o Governo está suficientemente aberto a ouvir alternativas, para não se fechar em nenhuma reserva demasiado rígida ou ideológica, ou outra. Mas, ao mesmo tempo, parece-nos que aquilo que já criticámos durante as primeiras semanas desta epidemia, que era uma certa falta de sentido de urgência e de determinação, continua lá", declarou Cotrim de Figueiredo aos jornalistas.

De acordo com o deputado, a crise decorrente da pandemia deverá "ser a mais profunda de que há memória", exigindo novas medidas no campo da Economia, Saúde e Justiça. Cotrim de Figueiredo insistiu ainda que apesar das consequências, esta crise também pode ser aproveitada como uma janela de oportunidades. "A duração dessa crise vai depender da nossa resposta que tem que preparar o país para conseguir reagir agilmente, flexivelmente não só aos perigos e ameaças, mas também às oportunidades que dentro deste contexto se vão apresentar aos portugueses", argumentou.

Entre as principais medidas apresentadas pela IL, o deputado destacou a simplificação e a utilização dos fundos de "forma correta", a flexibilização dos contratos de trabalho e a simplificação e desoneraração do sistema fiscal.

O primeiro-ministro, António Costa, termina esta terça-feira a ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar na residência oficial, em Lisboa, para lhes apresentar a proposta de programa de estabilização económica e social decorrente da pandemia de Covid-19.

Depois de se reunir na segunda-feira com as direções do BE, do PAN, do PCP e do PEV, o chefe do Governo vai receber de manhã em S. Bento os líderes do CDS, Iniciativa Liberal, PSD, Chega e PS.

Texto em atualização

Francisco Rodrigues dos Santos não acredita que o Governo se venha a aproximar das propostas do CDS para o relançamento da economia. À saída da reunião com o primeiro-ministro, o líder democrata-cristão não escondeu "o quadro de propostas do CDS é exigente" e que se traduz num caminho diferente daquele que o Governo socialista parece disposto a seguir.

Sem revelar detalhes concretos sobre a reunião com António Costa, o presidente do CDS recordou algumas das medidas defendidas pelo partido, como a criação de um mecanismo de acerto de contas entre contribuintes e Estado, o ajuste das tabelas de retenção da fonte de IRS, um cheque de 15 mil euros para micro e pequenas empresas, o prolongamento do regime de lay-off simplificado até ao final do ano ou alargamento do apoio a todos os sócios-gerentes, por exemplo.

Tudo somado, notou Francisco Rodrigues dos Santos, o Governo precisa rapidamente de fazer um "choque de tesouraria" para salvar empresas e proteger emprego e garantir que o dinheiro "chegue a tempo e horas às empresas". Sem estas garantias, salvaguardou o líder do CDS, dificilmente o Governo poderá contar com o voto a favor dos democratas-cristãos quando for votado o Orçamento Suplementar.

Iniciativa Liberal acusa falta de "urgência" e "determinação" do Governo

O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, manifestou um sentimento dúbio à saída da reunião com o primeiro-ministro em São Bento, criticando a falta de "urgência" e "determinação" do Governo nas respostas à Covid-19.

"O que ouvimos dá-nos um sinal positivo e um sinal preocupante. O sinal positivo é que me parece que o Governo está suficientemente aberto a ouvir alternativas, para não se fechar em nenhuma reserva demasiado rígida ou ideológica, ou outra. Mas, ao mesmo tempo, parece-nos que aquilo que já criticámos durante as primeiras semanas desta epidemia, que era uma certa falta de sentido de urgência e de determinação, continua lá", declarou Cotrim de Figueiredo aos jornalistas.

De acordo com o deputado, a crise decorrente da pandemia deverá "ser a mais profunda de que há memória", exigindo novas medidas no campo da Economia, Saúde e Justiça. Cotrim de Figueiredo insistiu ainda que apesar das consequências, esta crise também pode ser aproveitada como uma janela de oportunidades. "A duração dessa crise vai depender da nossa resposta que tem que preparar o país para conseguir reagir agilmente, flexivelmente não só aos perigos e ameaças, mas também às oportunidades que dentro deste contexto se vão apresentar aos portugueses", argumentou.

Entre as principais medidas apresentadas pela IL, o deputado destacou a simplificação e a utilização dos fundos de "forma correta", a flexibilização dos contratos de trabalho e a simplificação e desoneraração do sistema fiscal.

O primeiro-ministro, António Costa, termina esta terça-feira a ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar na residência oficial, em Lisboa, para lhes apresentar a proposta de programa de estabilização económica e social decorrente da pandemia de Covid-19.

Depois de se reunir na segunda-feira com as direções do BE, do PAN, do PCP e do PEV, o chefe do Governo vai receber de manhã em S. Bento os líderes do CDS, Iniciativa Liberal, PSD, Chega e PS.

Texto em atualização

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