João Cotrim de Figueiredo: "É preciso ganhar a batalha cultural. Somos a oposição ideológica ao socialismo"

15-06-2020
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A data serviu de pretexto para o Observador seguir de perto a atividade política do presidente e do deputado, duas dinâmicas que se cruzam no IL, mas que não se misturam na agenda. A segunda-feira, por exemplo, é reservada ao partido. Nesse dia, sentado à secretária, meticulosamente organizada, e a falar por videoconferência com o responsável pelo núcleo de Cascais, está o presidente e não o deputado. O que não significa que os papéis sejam incompatíveis, segundo Cotrim de Figueiredo.

“São realidades diferentes. A minha preocupação foi desempenhá-las bem. As duas exigem muitas horas de trabalho”. Por isso, sublinha, rodeou-se de “pessoas competentes”, quase todas vindas do setor privado, e não de “amigos”, para conseguir “em meia hora de conversa”, fazer o ponto de situação de um projeto de resolução ou de uma petição. São elas, diz ainda, que o ajudam a “aprender a ser deputado e presidente”.

Foi a 8 de dezembro de 2019, já como deputado pelo círculo eleitoral de Lisboa, que João Cotrim de Figueiredo se apresentou como candidato único e foi eleito presidente na III Convenção Nacional do partido, com 96% dos votos, sucedendo a Carlos Guimarães Pinto, que em outubro anunciou que iria abandonar o cargo. Diz que o IL só lhe “caiu no colo” porque não apareceu mais ninguém interessado em dar esse passo.

Não herdou uma página em branco, e recorda que o partido já tinha um “histórico fantástico”, e no segundo ano de existência conseguiu apresentar-se a três eleições e eleger um deputado. “Isso é mérito de quem cá estava”, admite, sem complexos, o atual presidente, reconhecendo, ainda, que “boa parte do trabalho” que tem sido feito, nestes meses, não é dele. Esse traço da sua personalidade, que o leva a destacar, por diversas vezes, o trabalho da equipa que o apoia no parlamento, ou nas estruturas partidárias, consegue a proeza de mobilizar os que o rodeiam sem precisar de lhes pedir um esforço extra. Quando diz que o IL “ainda não é o partido com que ambiciona”, porque ainda há “muito trabalho a fazer”, garante também que é a insatisfação que o faz “andar para a frente”.

“O perigo do IL é crescer e perder a irreverência”

A presidência do IL é casual. Isso vê-se não só na forma de vestir de João Cotrim de Figueiredo, que nesse dia dispensa o fato, mas acima de tudo, no informalismo das reuniões de segunda-feira, que seguem uma ordem de trabalhos, mas nunca perdem o humor, o traço distintivo do partido. Esse é o elemento que alavanca a mensagem política liberal e marca o tom da estratégia de comunicação, desde o famoso cartaz #Com Primos (em resposta ao #Cumprimos, de António Costa) passando pelos vídeos “um minuto liberal”, o best off das intervenções de Cotrim de Figueiredo em plenário – e que foi buscar o nome ao tempo de que o deputado dispõe nos debates legislativos.

Mas essa não é uma estratégia isenta de riscos. É, aliás, um dos principais desafios que o partido liberal enfrenta, como assume Manuel Soares de Oliveira – o criativo por detrás de um dos outdoors mais partilhados nas redes sociais, o ‘Impostopoly’, que esteve colocado em Lisboa, no Saldanha. “O perigo é crescer e perder a irreverência”, assegura, durante o almoço com a equipa política do IL.

A data serviu de pretexto para o Observador seguir de perto a atividade política do presidente e do deputado, duas dinâmicas que se cruzam no IL, mas que não se misturam na agenda. A segunda-feira, por exemplo, é reservada ao partido. Nesse dia, sentado à secretária, meticulosamente organizada, e a falar por videoconferência com o responsável pelo núcleo de Cascais, está o presidente e não o deputado. O que não significa que os papéis sejam incompatíveis, segundo Cotrim de Figueiredo.

“São realidades diferentes. A minha preocupação foi desempenhá-las bem. As duas exigem muitas horas de trabalho”. Por isso, sublinha, rodeou-se de “pessoas competentes”, quase todas vindas do setor privado, e não de “amigos”, para conseguir “em meia hora de conversa”, fazer o ponto de situação de um projeto de resolução ou de uma petição. São elas, diz ainda, que o ajudam a “aprender a ser deputado e presidente”.

Foi a 8 de dezembro de 2019, já como deputado pelo círculo eleitoral de Lisboa, que João Cotrim de Figueiredo se apresentou como candidato único e foi eleito presidente na III Convenção Nacional do partido, com 96% dos votos, sucedendo a Carlos Guimarães Pinto, que em outubro anunciou que iria abandonar o cargo. Diz que o IL só lhe “caiu no colo” porque não apareceu mais ninguém interessado em dar esse passo.

Não herdou uma página em branco, e recorda que o partido já tinha um “histórico fantástico”, e no segundo ano de existência conseguiu apresentar-se a três eleições e eleger um deputado. “Isso é mérito de quem cá estava”, admite, sem complexos, o atual presidente, reconhecendo, ainda, que “boa parte do trabalho” que tem sido feito, nestes meses, não é dele. Esse traço da sua personalidade, que o leva a destacar, por diversas vezes, o trabalho da equipa que o apoia no parlamento, ou nas estruturas partidárias, consegue a proeza de mobilizar os que o rodeiam sem precisar de lhes pedir um esforço extra. Quando diz que o IL “ainda não é o partido com que ambiciona”, porque ainda há “muito trabalho a fazer”, garante também que é a insatisfação que o faz “andar para a frente”.

“O perigo do IL é crescer e perder a irreverência”

A presidência do IL é casual. Isso vê-se não só na forma de vestir de João Cotrim de Figueiredo, que nesse dia dispensa o fato, mas acima de tudo, no informalismo das reuniões de segunda-feira, que seguem uma ordem de trabalhos, mas nunca perdem o humor, o traço distintivo do partido. Esse é o elemento que alavanca a mensagem política liberal e marca o tom da estratégia de comunicação, desde o famoso cartaz #Com Primos (em resposta ao #Cumprimos, de António Costa) passando pelos vídeos “um minuto liberal”, o best off das intervenções de Cotrim de Figueiredo em plenário – e que foi buscar o nome ao tempo de que o deputado dispõe nos debates legislativos.

Mas essa não é uma estratégia isenta de riscos. É, aliás, um dos principais desafios que o partido liberal enfrenta, como assume Manuel Soares de Oliveira – o criativo por detrás de um dos outdoors mais partilhados nas redes sociais, o ‘Impostopoly’, que esteve colocado em Lisboa, no Saldanha. “O perigo é crescer e perder a irreverência”, assegura, durante o almoço com a equipa política do IL.

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