Estaleiros da Figueira da Foz em insolvência põem em risco encomendas de Timor

12-05-2020
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Estaleiros da Figueira da Foz em insolvência põem em risco encomendas de Timor

No caso dos estaleiros navais da Figueira da Foz, o PCP refere que, além de ficarem em causa as encomendas existentes, também a credibilidade do Estado português sai afetada.

Agência Lusa

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08 Ago 2018, 17:37

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PAULO NOVAIS/LUSA

PAULO NOVAIS/LUSA

O PCP alertou esta quarta-feira para a “crónica” falta de apoios à indústria naval, que está a afetar os estaleiros da Figueira da Foz, de novo em situação de insolvência, apesar dos compromissos contratuais com Timor-Leste.
“A presente situação de insolvência desta unidade tem vários responsáveis sentados em diversas cadeiras do poder. Em primeiro lugar, o Governo Central e os respetivos ministérios do setor, totalmente de costas voltadas para o desenvolvimento e apoio à indústria tradicional portuguesa”, criticam os comunistas em comunicado.No caso dos estaleiros navais da Figueira da Foz, suportados pela empresa Atlantic Eagle Shipbuilding, o PCP refere que, além de ficarem em causa as encomendas existentes, também a credibilidade do Estado português sai afetada pelos “compromissos assumidos com um país amigo, que acreditou na capacidade industrial do nosso país e, na sua boa fé, se vê agora defraudado”.A administração portuária também está na mira da estrutura comunista, por ser um “garrote ao desenvolvimento de uma empresa que procura afirmar-se nesta atividade, mas que se vê confrontada com rendas mensais na ordem dos 30 mil euros”.

O município, liderado por João Ataíde (PS), é também criticado por estar “mais interessada em projetos de desenvolvimento urbanístico na margem sul” e nunca ter sentido que os Estaleiros Navais, “foram e poderão continuar a ser marca capaz de projetar a Figueira da Foz, tal como aconteceu no passado recente, no país e no estrangeiro”. “Esta situação não pode continuar! É necessária uma solução sustentável que assegure a manutenção desta indústria, vital para a cidade, para a região e para o país”, reclama o PCP.Também em comunicado, a Câmara da Figueira da Foz salienta que esteve sempre ao lado da CGTP na defesa dos postos de trabalho dos estaleiros navais. “Voltámos a um ponto de rutura, confrontando-nos agora com um novo processo de insolvência. Também aqui, e mais uma vez em estreita colaboração com a Comissão de Trabalhadores e a CGTP, tentámos viabilizar uma solução financeira, tendo como prioridade assegurar a manutenção dos postos de trabalho e honrar os serviços internacionais com a República de Timor”, lê-se na nota.O município rebate ainda as responsabilidades no processo, estranhando que o PCP, “à revelia dos trabalhadores, nos impute responsabilidades que comprovadamente declinamos, acrescentando que não há, nem nunca houve por parte deste Executivo, a intenção de urbanizar massivamente o espaço”.“Temos a plena consciência de que tudo fizemos e continuaremos a fazer para que a investigação científica e tecnológica se concretize neste concelho através do Marefoz”, refere o comunicado autárquico.

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No caso dos estaleiros navais da Figueira da Foz, o PCP refere que, além de ficarem em causa as encomendas existentes, também a credibilidade do Estado português sai afetada.

Agência Lusa

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08 Ago 2018, 17:37

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O PCP alertou esta quarta-feira para a “crónica” falta de apoios à indústria naval, que está a afetar os estaleiros da Figueira da Foz, de novo em situação de insolvência, apesar dos compromissos contratuais com Timor-Leste.
“A presente situação de insolvência desta unidade tem vários responsáveis sentados em diversas cadeiras do poder. Em primeiro lugar, o Governo Central e os respetivos ministérios do setor, totalmente de costas voltadas para o desenvolvimento e apoio à indústria tradicional portuguesa”, criticam os comunistas em comunicado.No caso dos estaleiros navais da Figueira da Foz, suportados pela empresa Atlantic Eagle Shipbuilding, o PCP refere que, além de ficarem em causa as encomendas existentes, também a credibilidade do Estado português sai afetada pelos “compromissos assumidos com um país amigo, que acreditou na capacidade industrial do nosso país e, na sua boa fé, se vê agora defraudado”.A administração portuária também está na mira da estrutura comunista, por ser um “garrote ao desenvolvimento de uma empresa que procura afirmar-se nesta atividade, mas que se vê confrontada com rendas mensais na ordem dos 30 mil euros”.

O município, liderado por João Ataíde (PS), é também criticado por estar “mais interessada em projetos de desenvolvimento urbanístico na margem sul” e nunca ter sentido que os Estaleiros Navais, “foram e poderão continuar a ser marca capaz de projetar a Figueira da Foz, tal como aconteceu no passado recente, no país e no estrangeiro”. “Esta situação não pode continuar! É necessária uma solução sustentável que assegure a manutenção desta indústria, vital para a cidade, para a região e para o país”, reclama o PCP.Também em comunicado, a Câmara da Figueira da Foz salienta que esteve sempre ao lado da CGTP na defesa dos postos de trabalho dos estaleiros navais. “Voltámos a um ponto de rutura, confrontando-nos agora com um novo processo de insolvência. Também aqui, e mais uma vez em estreita colaboração com a Comissão de Trabalhadores e a CGTP, tentámos viabilizar uma solução financeira, tendo como prioridade assegurar a manutenção dos postos de trabalho e honrar os serviços internacionais com a República de Timor”, lê-se na nota.O município rebate ainda as responsabilidades no processo, estranhando que o PCP, “à revelia dos trabalhadores, nos impute responsabilidades que comprovadamente declinamos, acrescentando que não há, nem nunca houve por parte deste Executivo, a intenção de urbanizar massivamente o espaço”.“Temos a plena consciência de que tudo fizemos e continuaremos a fazer para que a investigação científica e tecnológica se concretize neste concelho através do Marefoz”, refere o comunicado autárquico.

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