Marques Mendes acusa DGS de "alguma subserviência" e de "não querer desagradar ao Governo"

22-06-2020
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O comentador da SIC, Luís Marques Mendes apresentou este domingo alguns dados relativamente ao número de casos, internamentos em enfermarias e em cuidados intensivos, colocando em evidência a propagação da Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo onde, apontou, nas últimas três semanas se concentram “85% dos novos casos, 88% do total de internados em enfermaria e 84% to total de internamentos em unidades de cuidados intensivos”, apelando por isso à “ação”, sobretudo junto dos jovens que se têm encontrado em festas e ajuntamentos ilegais.

Marques Mendes não poupou nas críticas também à demora em agir na região de Lisboa e Vale do Tejo e apontou culpados: um “excesso de confiança que convida ao facilitismo” do milagre português e “alguma subserviência das autoridades de saúde em relação ao Governo”. “Compete às autoridades de saúde alertar e pressionar o Governo. Às vezes são demasiado complacentes, não querem desagradar”, afirmou o comentador.

“O que eles [jovens] estão a fazer é uma inconsciência, uma irresponsabilidade. Não têm o direito a serem imaturos e irresponsáveis desta maneira. Não estão apenas a por em causa a sua vida, mas a vida dos mais velhos que têm fatores de risco. O Governo faz bem em tomar medidas e penalizar se for o caso”, afirmou Marques Mendes.

O comentador destacou ainda a importância da reunião que António Costa terá esta segunda-feira com os autarcas da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra, os concelhos mais afetados nas últimas semanas com o aumento de casos. Luís Marques Mendes frisou que “é bom que da reunião saiam soluções”.

Há aqui dois problemas e pode haver um terceiro: há um problema de saúde pública, há um problema psicológico, porque as pessoas estão preocupadas e tendem a considerar descontrolo na situação e, se isto tudo não se resolve, passamos a ter um terceiro problema – um problema político.

E destacou, também, a oitava posição que Portugal ocupa quando analisado o número de mortos por doentes infetados, classificando-a de “excelente” e a relação entre os casos e o número de testes realizados: “se outros países testassem tanto como nós, seguramente que ainda estaríamos melhor no ranking europeu”.

Sobre os países que impedem a entrada de cidadãos com origem em Portugal, o comentador diz que “o Governo tem de ser firme dentro da UE a passar a mensagem correta” já que considera que “decidir fechar as portas a Portugal só com base no número de novos infetados não é justo”. E recordou que a decisão de realizar a fase final da Liga dos Campões em Portugal também mostra que o país “tem influência”, que é “fiável para visitar” e “um país seguro, também em matéria de saúde pública”.

Presidente do Novo Banco “não disse nada do que lhe atribuíram”

Já sobre as críticas a António Ramalho, sobre uma possível nova injeção no Novo Banco, Marques Mendes diz que “é difícil encontrar críticas mais injustas”. “Lendo a entrevista que deu ao Negócios, vê-se que António Ramalho não disse nada do que lhe atribuíram. O que ele disse foi isto: se não fosse a pandemia, talvez não utilizássemos a totalidade dos 3,9 mil milhões”, esclareceu Marques Mendes acrescentando que o presidente executivo “em nenhum momento pediu um apoio extra”.

O comentador da SIC sugeriu ainda que os deputados pedissem “um dos documentos contratuais mais importantes para perceber tudo”: “o acordo entre a União Europeia e o Estado português, assinado entre o Governo e a Comissão Europeia”. Marques Mendes diz que a versão pública que existe é “muito genérica”, mas que há uma versão confidencial que “é essencial para perceber toda a operação” uma vez que “regula a ajuda do Estado, estabelece os três cenários possíveis na operação e define os montantes de injeções de capital, ano a ano”. “Mesmo que não possa ser público, este documento devia ser fornecido aos deputados”, considerou ainda o comentador do PSD.

A Worten contribui para que esta informação, essencial para o conhecimento público, seja de leitura aberta e gratuita para todos. Worten

O comentador da SIC, Luís Marques Mendes apresentou este domingo alguns dados relativamente ao número de casos, internamentos em enfermarias e em cuidados intensivos, colocando em evidência a propagação da Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo onde, apontou, nas últimas três semanas se concentram “85% dos novos casos, 88% do total de internados em enfermaria e 84% to total de internamentos em unidades de cuidados intensivos”, apelando por isso à “ação”, sobretudo junto dos jovens que se têm encontrado em festas e ajuntamentos ilegais.

Marques Mendes não poupou nas críticas também à demora em agir na região de Lisboa e Vale do Tejo e apontou culpados: um “excesso de confiança que convida ao facilitismo” do milagre português e “alguma subserviência das autoridades de saúde em relação ao Governo”. “Compete às autoridades de saúde alertar e pressionar o Governo. Às vezes são demasiado complacentes, não querem desagradar”, afirmou o comentador.

“O que eles [jovens] estão a fazer é uma inconsciência, uma irresponsabilidade. Não têm o direito a serem imaturos e irresponsáveis desta maneira. Não estão apenas a por em causa a sua vida, mas a vida dos mais velhos que têm fatores de risco. O Governo faz bem em tomar medidas e penalizar se for o caso”, afirmou Marques Mendes.

O comentador destacou ainda a importância da reunião que António Costa terá esta segunda-feira com os autarcas da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra, os concelhos mais afetados nas últimas semanas com o aumento de casos. Luís Marques Mendes frisou que “é bom que da reunião saiam soluções”.

Há aqui dois problemas e pode haver um terceiro: há um problema de saúde pública, há um problema psicológico, porque as pessoas estão preocupadas e tendem a considerar descontrolo na situação e, se isto tudo não se resolve, passamos a ter um terceiro problema – um problema político.

E destacou, também, a oitava posição que Portugal ocupa quando analisado o número de mortos por doentes infetados, classificando-a de “excelente” e a relação entre os casos e o número de testes realizados: “se outros países testassem tanto como nós, seguramente que ainda estaríamos melhor no ranking europeu”.

Sobre os países que impedem a entrada de cidadãos com origem em Portugal, o comentador diz que “o Governo tem de ser firme dentro da UE a passar a mensagem correta” já que considera que “decidir fechar as portas a Portugal só com base no número de novos infetados não é justo”. E recordou que a decisão de realizar a fase final da Liga dos Campões em Portugal também mostra que o país “tem influência”, que é “fiável para visitar” e “um país seguro, também em matéria de saúde pública”.

Presidente do Novo Banco “não disse nada do que lhe atribuíram”

Já sobre as críticas a António Ramalho, sobre uma possível nova injeção no Novo Banco, Marques Mendes diz que “é difícil encontrar críticas mais injustas”. “Lendo a entrevista que deu ao Negócios, vê-se que António Ramalho não disse nada do que lhe atribuíram. O que ele disse foi isto: se não fosse a pandemia, talvez não utilizássemos a totalidade dos 3,9 mil milhões”, esclareceu Marques Mendes acrescentando que o presidente executivo “em nenhum momento pediu um apoio extra”.

O comentador da SIC sugeriu ainda que os deputados pedissem “um dos documentos contratuais mais importantes para perceber tudo”: “o acordo entre a União Europeia e o Estado português, assinado entre o Governo e a Comissão Europeia”. Marques Mendes diz que a versão pública que existe é “muito genérica”, mas que há uma versão confidencial que “é essencial para perceber toda a operação” uma vez que “regula a ajuda do Estado, estabelece os três cenários possíveis na operação e define os montantes de injeções de capital, ano a ano”. “Mesmo que não possa ser público, este documento devia ser fornecido aos deputados”, considerou ainda o comentador do PSD.

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