Quem é quem na direcção do PSD

04-09-1999
marcar artigo

DURÃO Barroso chamou para a direcção do PSD nomes mais ou menos desconhecidos. Mesmo para vice-presidentes e para a secretaria-geral: Fernando Reis - Abandonou a Medicina e dedicou-se a tempo inteiro à política. Hoje acumula a liderança do PSD/Braga com a presidência da Câmara de Barcelos. Eurico de Melo fala dele como um «verdadeiro homem do Norte», salientando o apego aos valores regionais do novo vice-presidente do PSD. Para o ex-ministro, esta é uma das características que podem explicar a sua chamada, a par do «bom ambiente político que sabe construir nos projectos onde participa». A experiência à frente da Câmara é a cereja em cima do bolo, conclui Eurico de Melo, referindo a enorme importância do papel que Fernando Reis pode exercer, na ligação do PSD ao mundo autárquico.

Nuno Morais Sarmento - Conhece Durão Barroso desde os já longínquos tempos da «Nova Esperança». Apoiou-o em 1995, contra Fernando Nogueira, e, mais tarde, promoveu a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Tal como a maioria dos barrosistas, esteve com o ex-líder até se ouvir falar da hipótese de coligação com Paulo Portas, altura em que se reagrupou a fileira de Durão.

Maria Eduarda Azevedo - Foi secretária de Estado da Justiça no último Governo de Cavaco Silva e, diz-se, terá ocupado esta pasta por indicação do seu amigo Durão Barroso, de quem foi colega de faculdade. Actualmente, é deputada e dirige o «Povo Livre». Diz o seu líder parlamentar e ex-colega de Governo, Luís Marques Mendes, que é uma «pessoa bem formada», uma deputada «impecável». Salienta ainda a sua grande ligação às questões europeias, o trabalho nas áreas sociais e a sua «grande sensibilidade».

Tavares Moreira - Era independente quando participou no primeiro Governo de Cavaco Silva, como secretário de Estado-adjunto do Tesouro. Mais tarde foi Governador do Banco de Portugal e hoje é consultor bancário. Entretanto, optou pela militância social-democrata. Para o ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga, Tavares Moreira «alia a formação no campo da macroeconomia com a experiência na gestão empresarial», particularidade que, somada à sua «grande sensibilidade para os problemas políticos e sociais», o torna «uma óptima escolha» de Barroso.

Diogo Vasconcelos - «Nunca será um político puro, será sempre um empresário que faz política», diz Couto dos Santos, ex-ministro da Educação que o conheceu líder da Federação Académica do Porto (FAP). Couto dos Santos salienta a frontalidade com que o jovem dirigente associativo, então estudante de Direito, dialogava com o Governo durante a polémica das propinas. A passagem de Diogo Vasconcelos, agora com 30 anos, pela FAP apurou-lhe o espírito negocial que hoje desenvolve no Grupo Forum, que ajudou a fundar, sendo também um dos líderes da Associação Nacional de Jovens Empresários.

José Luís Arnaut - O novo secretário-geral é indiscutivelmente um dos mais fiéis a Durão Barroso. E foi pela causa barrosista que fez parte da direcção de Marcelo Rebelo de Sousa até ao Congresso do ano passado, até Tavira e até a AD. Com Marcelo, foi vogal e porta-voz da Comissão Política, bem como coordenador das eleições autárquicas. E terá sido a imagem que deixou neste posto que lhe valeu os apupos do passado fim-de-semana, complicando o início das suas funções como secretário-geral.

António Capucho - Ocupou o lugar de secretário-geral em 1979, sob a presidência de Sá Carneiro, que terá sido fundamental para a relação que mantém com o partido. O deputado José Luís Vieira de Castro, seu amigo de longa data, afirma que as bases vêem nele o «realizador de um notável trabalho de implementação do partido», afirmando mesmo que «as profundas raízes» do PSD na sociedade portuguesa são «muito obra de Capucho». Já foi ministro, secretário de Estado, líder parlamentar e eurodeputado. Para Vieira de Castro, um político «sério, ponderado, dedicado ao país». R.J.P./T.O.

Viragem no PSD muda xadrez político

Durão passa ao ataque

Quem é quem na direcção do PSD

O «choque» de Cavaco Silva

Tavares Moreira em xeque

«O PSD fará tudo para formar governo o mais depressa possível»

Guterres perde liderança

Líder decidido contra líder tolerante

Candidatos evitam fasquias

PS aposta nos frente-a-frente

Vitorino larga tudo por Bruxelas

Durão sob controlo

A nova esperança

DURÃO Barroso chamou para a direcção do PSD nomes mais ou menos desconhecidos. Mesmo para vice-presidentes e para a secretaria-geral: Fernando Reis - Abandonou a Medicina e dedicou-se a tempo inteiro à política. Hoje acumula a liderança do PSD/Braga com a presidência da Câmara de Barcelos. Eurico de Melo fala dele como um «verdadeiro homem do Norte», salientando o apego aos valores regionais do novo vice-presidente do PSD. Para o ex-ministro, esta é uma das características que podem explicar a sua chamada, a par do «bom ambiente político que sabe construir nos projectos onde participa». A experiência à frente da Câmara é a cereja em cima do bolo, conclui Eurico de Melo, referindo a enorme importância do papel que Fernando Reis pode exercer, na ligação do PSD ao mundo autárquico.

Nuno Morais Sarmento - Conhece Durão Barroso desde os já longínquos tempos da «Nova Esperança». Apoiou-o em 1995, contra Fernando Nogueira, e, mais tarde, promoveu a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Tal como a maioria dos barrosistas, esteve com o ex-líder até se ouvir falar da hipótese de coligação com Paulo Portas, altura em que se reagrupou a fileira de Durão.

Maria Eduarda Azevedo - Foi secretária de Estado da Justiça no último Governo de Cavaco Silva e, diz-se, terá ocupado esta pasta por indicação do seu amigo Durão Barroso, de quem foi colega de faculdade. Actualmente, é deputada e dirige o «Povo Livre». Diz o seu líder parlamentar e ex-colega de Governo, Luís Marques Mendes, que é uma «pessoa bem formada», uma deputada «impecável». Salienta ainda a sua grande ligação às questões europeias, o trabalho nas áreas sociais e a sua «grande sensibilidade».

Tavares Moreira - Era independente quando participou no primeiro Governo de Cavaco Silva, como secretário de Estado-adjunto do Tesouro. Mais tarde foi Governador do Banco de Portugal e hoje é consultor bancário. Entretanto, optou pela militância social-democrata. Para o ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga, Tavares Moreira «alia a formação no campo da macroeconomia com a experiência na gestão empresarial», particularidade que, somada à sua «grande sensibilidade para os problemas políticos e sociais», o torna «uma óptima escolha» de Barroso.

Diogo Vasconcelos - «Nunca será um político puro, será sempre um empresário que faz política», diz Couto dos Santos, ex-ministro da Educação que o conheceu líder da Federação Académica do Porto (FAP). Couto dos Santos salienta a frontalidade com que o jovem dirigente associativo, então estudante de Direito, dialogava com o Governo durante a polémica das propinas. A passagem de Diogo Vasconcelos, agora com 30 anos, pela FAP apurou-lhe o espírito negocial que hoje desenvolve no Grupo Forum, que ajudou a fundar, sendo também um dos líderes da Associação Nacional de Jovens Empresários.

José Luís Arnaut - O novo secretário-geral é indiscutivelmente um dos mais fiéis a Durão Barroso. E foi pela causa barrosista que fez parte da direcção de Marcelo Rebelo de Sousa até ao Congresso do ano passado, até Tavira e até a AD. Com Marcelo, foi vogal e porta-voz da Comissão Política, bem como coordenador das eleições autárquicas. E terá sido a imagem que deixou neste posto que lhe valeu os apupos do passado fim-de-semana, complicando o início das suas funções como secretário-geral.

António Capucho - Ocupou o lugar de secretário-geral em 1979, sob a presidência de Sá Carneiro, que terá sido fundamental para a relação que mantém com o partido. O deputado José Luís Vieira de Castro, seu amigo de longa data, afirma que as bases vêem nele o «realizador de um notável trabalho de implementação do partido», afirmando mesmo que «as profundas raízes» do PSD na sociedade portuguesa são «muito obra de Capucho». Já foi ministro, secretário de Estado, líder parlamentar e eurodeputado. Para Vieira de Castro, um político «sério, ponderado, dedicado ao país». R.J.P./T.O.

Viragem no PSD muda xadrez político

Durão passa ao ataque

Quem é quem na direcção do PSD

O «choque» de Cavaco Silva

Tavares Moreira em xeque

«O PSD fará tudo para formar governo o mais depressa possível»

Guterres perde liderança

Líder decidido contra líder tolerante

Candidatos evitam fasquias

PS aposta nos frente-a-frente

Vitorino larga tudo por Bruxelas

Durão sob controlo

A nova esperança

marcar artigo