DN

24-06-1998
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Sérgio Sousa Pinto manifestou ainda indignação pelo facto de os movimentos do "não" utilizarem imagens de fetos com 14 a 18 semanas, "dizendo tratar-se de fetos com dez semanas".

Esclarece ainda que "o que está em causa não é ser a favor ou contra o aborto, ninguém é a favor, mas impedir a criminalização das mulheres". O dirigente socialista aponta o dedo ao "comércio do aborto clandestino": "Criminosas são as abortadeiras e curiosas. Estas, certamente, vão votar "não", para manter o seu negócio indigno."

A crítica sobe de tom quando o líder da JS acusa os movimentos de abusarem de imagens de figuras públicas que recusaram dar o seu apoio à campanha pelo "não", citando o caso de Teresa Salgueiro, dos Madredeus, que foi dada como apoiante da campanha do "não" sem ter dado autorização para usarem o seu nome.

Implícita nesta preocupação está a utilização do nome de António Guterres pelos defensores do "não": "Como é possível conotar com movimentos fundamentalistas uma pessoa que em 1982 votou favoravelmente a despenalização do aborto até às 12 semanas (actual lei), embora, como o próprio já disse, em condições diferentes das actuais?" No entanto, escusou-se a comentar a posição de António Guterres, actualmente favorável ao "não".

A atitude do primeiro-ministro continua a ser uma das questões mais sensíveis da campanha dos socialistas.

Sérgio Sousa Pinto manifestou ainda total concordância com as posições assumidas pelo Presidente da República: "Também eu", afirma, "fui sempre contra este referendo, que plebiscita uma decisão legítima da Assembleia da República. Mas, agora, o que importa é a vitória do "sim"."

Sousa Pinto releva ainda a contradição: aqueles que "agora exigem o planeamento familiar votaram contra a lei, boicotaram a sua aplicação e combateram o uso do preservativo e da pílula".

Sérgio Sousa Pinto manifestou ainda indignação pelo facto de os movimentos do "não" utilizarem imagens de fetos com 14 a 18 semanas, "dizendo tratar-se de fetos com dez semanas".

Esclarece ainda que "o que está em causa não é ser a favor ou contra o aborto, ninguém é a favor, mas impedir a criminalização das mulheres". O dirigente socialista aponta o dedo ao "comércio do aborto clandestino": "Criminosas são as abortadeiras e curiosas. Estas, certamente, vão votar "não", para manter o seu negócio indigno."

A crítica sobe de tom quando o líder da JS acusa os movimentos de abusarem de imagens de figuras públicas que recusaram dar o seu apoio à campanha pelo "não", citando o caso de Teresa Salgueiro, dos Madredeus, que foi dada como apoiante da campanha do "não" sem ter dado autorização para usarem o seu nome.

Implícita nesta preocupação está a utilização do nome de António Guterres pelos defensores do "não": "Como é possível conotar com movimentos fundamentalistas uma pessoa que em 1982 votou favoravelmente a despenalização do aborto até às 12 semanas (actual lei), embora, como o próprio já disse, em condições diferentes das actuais?" No entanto, escusou-se a comentar a posição de António Guterres, actualmente favorável ao "não".

A atitude do primeiro-ministro continua a ser uma das questões mais sensíveis da campanha dos socialistas.

Sérgio Sousa Pinto manifestou ainda total concordância com as posições assumidas pelo Presidente da República: "Também eu", afirma, "fui sempre contra este referendo, que plebiscita uma decisão legítima da Assembleia da República. Mas, agora, o que importa é a vitória do "sim"."

Sousa Pinto releva ainda a contradição: aqueles que "agora exigem o planeamento familiar votaram contra a lei, boicotaram a sua aplicação e combateram o uso do preservativo e da pílula".

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