SAPO

31-08-1999
marcar artigo

A JC Decaux disponibilizou-se a desenvolver uma linha de equipamento de mobiliário urbano específica para assinalar a realização do Porto Capital Europeia da Cultura. Apesar de ainda não revelar quem vai desenhar o novo equipamento, a JC Decaux já garantiu que «o projecto será desenvolvido por um "designer" português que colaborará em estreita ligação com o departamento de engenheiros da Decaux em França», disse o director de relações exteriores da empresa, Filipe Vaz.

De qualquer forma, ao que o «Diário Económico» apurou, o projecto deverá ser atribuído a um dos quatro arquitectos que actualmente desenvolvem projectos para a zona do Porto - Siza Vieira, Souto Moura, Alcino Soutinho e Fernando Távora.

A informação foi dada aos jornalistas durante uma visita à sede da empresa em França (Plaisir) que se destinou, essencialmente, a dar a conhecer a filosofia criada pelo fundador Jean-Claude Decaux.

Inaugurada em 1964, em França, a JC Decaux está actualmente presente em mais de 1.100 cidades espalhadas por 23 países da Europa, América do Norte e do Sul e Oceania.

De acordo com o historial da empresa «Jean-Claude Decaux pretendeu, ao colocar o primeiro abrigo de passageiros gratuitamente à disposição dos municípios, oferecer um serviço aos utentes de transportes públicos».

Tentando «lutar contra o excesso e falta de estética da publicidade».

Assim, a JC Decaux tem como principal preocupação «a estética e impacto que os seus equipamentos provocam no ambiente envolvente». Uma atitude que faz com que a empresa tenha desenvolvido desde o início uma gama completa de serviços de limpeza das cidades e a colocação de recipientes próprios para a separação de lixos recicláveis.

Ao mesmo tempo, coloca à disposição das autarquias uma gama completa de equipamento destinado a prestar uma série de serviços ao cidadão - que vão dos abrigos de transportes públicos a sanitários, passando pela recolha de pilhas usadas, vidrões e cabines telefónicas.

Serviços que são gratuitos para as autarquias indo a empresa obter os seus lucros à comercialização de espaços publicitários. Negócio que, no caso português, corresponde a 90% da facturação. Os restantes 10% são obtidos pelo aluguer de algum equipamento extra cujos custos são suportados pelas autarquias.

De referir que a empresa facturou 3,5 milhões de contos em 1998 e prevê uma facturação de 4,5 milhões para o exercício de 1999.

Em termos globais estes valores correspondem a cerca de 4% dos resultados obtidos a nível mundial pela JC Decaux. Em termos globais a empresa facturou cerca de 113 milhões de contos (564 milhões de euros) em 1998 e prevê facturar em 1999 cerca de 128 milhões de contos (639 milhões de euros).

O mobiliário em Portugal

Dirigida há 15 anos por Rui Vieira, a empresa está instalada em Portugal desde 1972. Actualmente a Decaux está a trabalhar com cerca de 65 municípios. Dos projectos mais recentes da filial portuguesa destacam-se a renovação de todo o mobiliário urbano da cidade do Porto - que inclui a instalação de abrigos de passageiros com jornal electrónico, quiosques, sinalização histórica, mupis distribuidores de plantas entre outros.

Uma renovação que será continuada pela colocação do equipamento que está a ser desenvolvido para a Capital da Cultura. Na zona do Grande Porto é de salientar o facto da autarquia de Vila Nova de Gaia ter escolhido os abrigos do designer Norman Foster para equipar o Centro Histórico da Cidade. Material que também já se encontra colocado no Centro Histórico do Porto.

De referir ainda que de acordo com a aquisição do grupo HMC-PE, por um montante global de 184,8 milhões de contos (922 milhões de euros) a Decaux passa a deter a concessão da publicidade dos aeroportos. Isto porque através da HMC-PE a Decaux participará também na Avenir/AP Systèmes (que detém a publicidade dos aeroportos), na Sky Sites, RCI, Peal&Dean e Claude Publicité (ver «DE» de 3 de Maio).

A JC Decaux disponibilizou-se a desenvolver uma linha de equipamento de mobiliário urbano específica para assinalar a realização do Porto Capital Europeia da Cultura. Apesar de ainda não revelar quem vai desenhar o novo equipamento, a JC Decaux já garantiu que «o projecto será desenvolvido por um "designer" português que colaborará em estreita ligação com o departamento de engenheiros da Decaux em França», disse o director de relações exteriores da empresa, Filipe Vaz.

De qualquer forma, ao que o «Diário Económico» apurou, o projecto deverá ser atribuído a um dos quatro arquitectos que actualmente desenvolvem projectos para a zona do Porto - Siza Vieira, Souto Moura, Alcino Soutinho e Fernando Távora.

A informação foi dada aos jornalistas durante uma visita à sede da empresa em França (Plaisir) que se destinou, essencialmente, a dar a conhecer a filosofia criada pelo fundador Jean-Claude Decaux.

Inaugurada em 1964, em França, a JC Decaux está actualmente presente em mais de 1.100 cidades espalhadas por 23 países da Europa, América do Norte e do Sul e Oceania.

De acordo com o historial da empresa «Jean-Claude Decaux pretendeu, ao colocar o primeiro abrigo de passageiros gratuitamente à disposição dos municípios, oferecer um serviço aos utentes de transportes públicos».

Tentando «lutar contra o excesso e falta de estética da publicidade».

Assim, a JC Decaux tem como principal preocupação «a estética e impacto que os seus equipamentos provocam no ambiente envolvente». Uma atitude que faz com que a empresa tenha desenvolvido desde o início uma gama completa de serviços de limpeza das cidades e a colocação de recipientes próprios para a separação de lixos recicláveis.

Ao mesmo tempo, coloca à disposição das autarquias uma gama completa de equipamento destinado a prestar uma série de serviços ao cidadão - que vão dos abrigos de transportes públicos a sanitários, passando pela recolha de pilhas usadas, vidrões e cabines telefónicas.

Serviços que são gratuitos para as autarquias indo a empresa obter os seus lucros à comercialização de espaços publicitários. Negócio que, no caso português, corresponde a 90% da facturação. Os restantes 10% são obtidos pelo aluguer de algum equipamento extra cujos custos são suportados pelas autarquias.

De referir que a empresa facturou 3,5 milhões de contos em 1998 e prevê uma facturação de 4,5 milhões para o exercício de 1999.

Em termos globais estes valores correspondem a cerca de 4% dos resultados obtidos a nível mundial pela JC Decaux. Em termos globais a empresa facturou cerca de 113 milhões de contos (564 milhões de euros) em 1998 e prevê facturar em 1999 cerca de 128 milhões de contos (639 milhões de euros).

O mobiliário em Portugal

Dirigida há 15 anos por Rui Vieira, a empresa está instalada em Portugal desde 1972. Actualmente a Decaux está a trabalhar com cerca de 65 municípios. Dos projectos mais recentes da filial portuguesa destacam-se a renovação de todo o mobiliário urbano da cidade do Porto - que inclui a instalação de abrigos de passageiros com jornal electrónico, quiosques, sinalização histórica, mupis distribuidores de plantas entre outros.

Uma renovação que será continuada pela colocação do equipamento que está a ser desenvolvido para a Capital da Cultura. Na zona do Grande Porto é de salientar o facto da autarquia de Vila Nova de Gaia ter escolhido os abrigos do designer Norman Foster para equipar o Centro Histórico da Cidade. Material que também já se encontra colocado no Centro Histórico do Porto.

De referir ainda que de acordo com a aquisição do grupo HMC-PE, por um montante global de 184,8 milhões de contos (922 milhões de euros) a Decaux passa a deter a concessão da publicidade dos aeroportos. Isto porque através da HMC-PE a Decaux participará também na Avenir/AP Systèmes (que detém a publicidade dos aeroportos), na Sky Sites, RCI, Peal&Dean e Claude Publicité (ver «DE» de 3 de Maio).

marcar artigo