Velho CDS pode decidir Congresso do PP

01-09-1999
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Mas o apoio de «nomes» do CDS também é invocado pelos subscritores da moção de Maria José Nogueira Pinto. Neste lado da barricada, a Nuno Krus Abecasis e Pedro Feist (os dois ainda no «activo»), os adeptos de Nogueira Pinto acrescentam a cooperação de Vítor Sá Machado, Rui Pena, Anacoreta Correia, Reboredo Seara e Bayão Horta.

Com quem estão os «históricos»?

Com Freitas do Amaral, Adriano Moreira e Basílio Horta afastados das lides populares, os «históricos» do CDS repartem os apoios, mais ou menos discretos, entre Maria José Nogueira Pinto e Paulo Portas.

No caso de Nogueira Pinto, além dos centristas que se mantiveram em lugares de direcção no PP - como Abecasis, Feist, Girão Pereira, Rui Vieira, Nogueira Simões ou Salvador Correia de Sá -, a líder parlamentar desenvolveu contactos nos últimos tempos com várias personalidades marcantes do «velho» CDS, como o fundador Vítor Sá Machado, Bayão Horta ou Rui Pena. E garantiu a disponibilidade para uma colaboração futura com a sua direcção de destacados antigos militantes centristas. Nomeadamente, entre os membros do Movimento Humanismo e Democracia, associação encabeçada pelo ex-candidato à liderança do CDS Luís Barbosa e que, entre outros, conta com Sá Machado e Rui Pena como principais impulsionadores.

Rui Pena confirmou ao EXPRESSO estes contactos e, apesar de salvaguardar uma «posição de equidistância relativamente a todos os candidatos», manifestou a abertura do movimento em colaborar com a futura direcção do CDS-PP «se porventura voltar à linha justa». E explicou: «Se houver uma inversão extremamente positiva e salutar no sentido da democracia-cristã, da doutrina social da Igreja, responderemos presente» e «daremos toda a colaboração que nos for pedida, independentemente do protocolo com o PS» (ao abrigo do qual o movimento elegeu três deputados à Assembleia da República).

Sublinhando que o movimento tem como objectivo primeiro a «reflexão e participação cívica», Rui Pena reconheceu que a evolução no PP tem sido seguida e discutida e que as teses de Nogueira Pinto são («com certeza») aquelas com que mais se identifica.

Já do lado dos adeptos de Paulo Portas e Nobre Guedes, o ex-líder da bancada centrista Narana Coissoró, assegura a sua ida a Braga, para defender a moção «Voltar a Crescer», de que gostou «muito» quando a leu. Outros dos apoios reclamados pelos fiéis dos autodenominados «moderados» são os do economista Vasco d'Orey, Avelino Ferreira Torres, presidente da Câmara de Marco de Canavezes, Hernâni Moutinho, autarca de Mirandela e que foi vice-presidente de Adriano Moreira, e uma «histórica» militante de Lisboa, Isabel Fernandes Homem - actual assessora de imagem de Maria José Ritta. De anteriores comissões políticas vêm Manuel Torres - que foi membro da CP de Francisco Lucas Pires - e Luísa Moreira, que pertence à cessante comissão política de Manuel Monteiro.

Entre os deputados, a grande maioria está com Maria José Nogueira Pinto, com as excepções de Sílvio Cervan e Rui Pedrosa, que actualmente ocupa o lugar de Aveiro, sendo os dois apoiantes de Portas. Ainda sem candidato estão Helena Santo - que por ser a presidente da Comissão organizadora do Congresso entende não se pronunciar - e Luís Queiró, subscritor de uma moção própria, para quem há uma «liderança hipotética de um lado e do outro que carece de clarificação». Para que possa escolher espera até saber quem são as equipas e que candidato irá «protagonizar uma solução que respeite as diferenças e os diversos talentos».

Entre os líderes das distritais, o balanço é idêntico. A mais relevante excepção vem de Coimbra, com a líder distrital, Sónia Sousa Mendes a apoiar Portas e Guedes. No caso das ilhas, os Açores estão com Nogueira Pinto, a Madeira com os dois ex-deputados.

Teresa Oliveira

com Mário Ramires e Ricardo Jorge Pinto

Mas o apoio de «nomes» do CDS também é invocado pelos subscritores da moção de Maria José Nogueira Pinto. Neste lado da barricada, a Nuno Krus Abecasis e Pedro Feist (os dois ainda no «activo»), os adeptos de Nogueira Pinto acrescentam a cooperação de Vítor Sá Machado, Rui Pena, Anacoreta Correia, Reboredo Seara e Bayão Horta.

Com quem estão os «históricos»?

Com Freitas do Amaral, Adriano Moreira e Basílio Horta afastados das lides populares, os «históricos» do CDS repartem os apoios, mais ou menos discretos, entre Maria José Nogueira Pinto e Paulo Portas.

No caso de Nogueira Pinto, além dos centristas que se mantiveram em lugares de direcção no PP - como Abecasis, Feist, Girão Pereira, Rui Vieira, Nogueira Simões ou Salvador Correia de Sá -, a líder parlamentar desenvolveu contactos nos últimos tempos com várias personalidades marcantes do «velho» CDS, como o fundador Vítor Sá Machado, Bayão Horta ou Rui Pena. E garantiu a disponibilidade para uma colaboração futura com a sua direcção de destacados antigos militantes centristas. Nomeadamente, entre os membros do Movimento Humanismo e Democracia, associação encabeçada pelo ex-candidato à liderança do CDS Luís Barbosa e que, entre outros, conta com Sá Machado e Rui Pena como principais impulsionadores.

Rui Pena confirmou ao EXPRESSO estes contactos e, apesar de salvaguardar uma «posição de equidistância relativamente a todos os candidatos», manifestou a abertura do movimento em colaborar com a futura direcção do CDS-PP «se porventura voltar à linha justa». E explicou: «Se houver uma inversão extremamente positiva e salutar no sentido da democracia-cristã, da doutrina social da Igreja, responderemos presente» e «daremos toda a colaboração que nos for pedida, independentemente do protocolo com o PS» (ao abrigo do qual o movimento elegeu três deputados à Assembleia da República).

Sublinhando que o movimento tem como objectivo primeiro a «reflexão e participação cívica», Rui Pena reconheceu que a evolução no PP tem sido seguida e discutida e que as teses de Nogueira Pinto são («com certeza») aquelas com que mais se identifica.

Já do lado dos adeptos de Paulo Portas e Nobre Guedes, o ex-líder da bancada centrista Narana Coissoró, assegura a sua ida a Braga, para defender a moção «Voltar a Crescer», de que gostou «muito» quando a leu. Outros dos apoios reclamados pelos fiéis dos autodenominados «moderados» são os do economista Vasco d'Orey, Avelino Ferreira Torres, presidente da Câmara de Marco de Canavezes, Hernâni Moutinho, autarca de Mirandela e que foi vice-presidente de Adriano Moreira, e uma «histórica» militante de Lisboa, Isabel Fernandes Homem - actual assessora de imagem de Maria José Ritta. De anteriores comissões políticas vêm Manuel Torres - que foi membro da CP de Francisco Lucas Pires - e Luísa Moreira, que pertence à cessante comissão política de Manuel Monteiro.

Entre os deputados, a grande maioria está com Maria José Nogueira Pinto, com as excepções de Sílvio Cervan e Rui Pedrosa, que actualmente ocupa o lugar de Aveiro, sendo os dois apoiantes de Portas. Ainda sem candidato estão Helena Santo - que por ser a presidente da Comissão organizadora do Congresso entende não se pronunciar - e Luís Queiró, subscritor de uma moção própria, para quem há uma «liderança hipotética de um lado e do outro que carece de clarificação». Para que possa escolher espera até saber quem são as equipas e que candidato irá «protagonizar uma solução que respeite as diferenças e os diversos talentos».

Entre os líderes das distritais, o balanço é idêntico. A mais relevante excepção vem de Coimbra, com a líder distrital, Sónia Sousa Mendes a apoiar Portas e Guedes. No caso das ilhas, os Açores estão com Nogueira Pinto, a Madeira com os dois ex-deputados.

Teresa Oliveira

com Mário Ramires e Ricardo Jorge Pinto

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