Correio do Vouga

01-05-1997
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"Dar uma alma à Europa"

"Num misto de material - espiritual" Subordinado ao tema "Dar uma alma à Europa", a Fundação CESDA - Centro Social do Distrito de Aveiro, sediado no Paço, onde também funciona o Lar da Terceira Idade e Infantário, promoveu, durante três dias, uma conferência que teve a participação de várias entidades civis e religiosas e interessados na temática.

O Pastor Diamantino Lemos, Presidente daquela Fundação, apresentou a temática enquadrando os participantes no seu contexto.

À primeira sessão presidiu o secretário de Estado, Dr. Rui Cunha que teceu pertinentes considerações sobre este "mundo" e as suas implicações sociais, não apenas a nível europeu, mas, essencialmente, português e o seu mundo espiritual.

O Dr. Nuno Gonçalves, um dos oradores, disse que "a proximidade do fim do século e do milénio faz-nos mergulhar num tempo que tem necessariamente ressonâncias apocalípticas. Este sentimento exprime-se de modos vários e é alimentado por razões e processos que não circulam baseados num único eixo discursivo. É mesmo possível que se algum elemento comum pode ser detectado entre os projectos contraditórios que configuram o nosso quotidiano e o horizonte da acção humana, talvez essa seja a ideia de um termo, de um acabamento, sem que isso se traduza em morte anunciada de algo, mas de um outro modo de ser das coisas e das pessoas. A plenitude dos tempos não é para já! Amiúde, ouvimos falar do fim de um Ciclo, de crise de civilização, de fecho do sistema político, da necessidade de reinventar a sociedade, da ausência de estratégias claras, de perda dos valores morais, do ocaso das instituições, da busca de sentido para a vida dos indivíduos", sublinhando que "não vivemos ‘tempos heróicos’ mas é simplista reduzir os juízos de valor ao binómio positivo/negativo, face à conhecida complexidade das coisas e à extrema variedade dos processos dos seus efeitos e da sua mutabilidade".

"Dar uma alma à Europa"

"Num misto de material - espiritual" Subordinado ao tema "Dar uma alma à Europa", a Fundação CESDA - Centro Social do Distrito de Aveiro, sediado no Paço, onde também funciona o Lar da Terceira Idade e Infantário, promoveu, durante três dias, uma conferência que teve a participação de várias entidades civis e religiosas e interessados na temática.

O Pastor Diamantino Lemos, Presidente daquela Fundação, apresentou a temática enquadrando os participantes no seu contexto.

À primeira sessão presidiu o secretário de Estado, Dr. Rui Cunha que teceu pertinentes considerações sobre este "mundo" e as suas implicações sociais, não apenas a nível europeu, mas, essencialmente, português e o seu mundo espiritual.

O Dr. Nuno Gonçalves, um dos oradores, disse que "a proximidade do fim do século e do milénio faz-nos mergulhar num tempo que tem necessariamente ressonâncias apocalípticas. Este sentimento exprime-se de modos vários e é alimentado por razões e processos que não circulam baseados num único eixo discursivo. É mesmo possível que se algum elemento comum pode ser detectado entre os projectos contraditórios que configuram o nosso quotidiano e o horizonte da acção humana, talvez essa seja a ideia de um termo, de um acabamento, sem que isso se traduza em morte anunciada de algo, mas de um outro modo de ser das coisas e das pessoas. A plenitude dos tempos não é para já! Amiúde, ouvimos falar do fim de um Ciclo, de crise de civilização, de fecho do sistema político, da necessidade de reinventar a sociedade, da ausência de estratégias claras, de perda dos valores morais, do ocaso das instituições, da busca de sentido para a vida dos indivíduos", sublinhando que "não vivemos ‘tempos heróicos’ mas é simplista reduzir os juízos de valor ao binómio positivo/negativo, face à conhecida complexidade das coisas e à extrema variedade dos processos dos seus efeitos e da sua mutabilidade".

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