Portas ganha Lisboa a monteiristas

31-08-1999
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O outro candidato, Nuno Correia da Silva - que entre os apoiantes contava com alguns dos mais destacados nomes que estiveram ligados à candidatura de Maria José Nogueira Pinto, como a própria deputada, Nuno Krus Abecasis e Jorge Ferreira -, obteve o «sim» de 364 militantes do distrito de Lisboa.

Apesar de ter sido uma votação pouco participada, uma vez que dos cerca de 5000 militantes da distrital só votaram pouco mais de 800, esta vitória de Feist (eleito presidente da mesa do Congresso pelas listas de Portas, em Março, na última reunião magna) agradou particularmente à direcção do PP. E apesar de o ex-candidato à Câmara Municipal de Lisboa ter assegurado na campanha que o seu objectivo era a «pacificação e não a guerra» e de Correia da Silva, em carta enviada às estruturas concelhias do partido no dia 14, ter defendido que «quem andar a tentar fazer das eleições (para a Distrital) uma reedição do Congresso de Braga está a prestar um mau serviço ao partido», o certo é que uma vitória do fiel monteirista na maior estrutura do PP teria uma evidente leitura política interna e teria sido bastante complicada para a equipa de Portas.

Caso tivesse vencido, o deputado tinha definido como primeira medida da sua candidatura a convocação de um Congresso Distrital para «debater o futuro do partido». E outra intenção que seria difícil de gerir pela actual direcção era a de promover uma consulta directa aos militantes do distrito, para que estes se pronunciassem sobre se «o partido deve ou não concorrer com lista e programa próprios» às eleições europeias de 1999. Correia da Silva defende que o PP não deve concorrer coligado e até já propôs o nome de Paulo Portas como cabeça-de-lista para as eleições para o Parlamento Europeu.

Para a «oposição» a Portas, a vitória de Feist constitui a perda de um importante palco político dentro do PP. Apesar de contarem com o apoio de parte significativa dos presidentes das concelhias do distrito de Lisboa, os adversários da actual direcção não conseguiram dois apoios que se revelaram fundamentais: a concelhia de Lisboa - ainda liderada pelo membro da Comissão Directiva Telmo Correia - e a Juventude Popular. Resta-lhes uma consolação: a margem de vitória de Pedro Feist foi inferior à de Jorge Ferreira nas últimas eleições.

Teresa Oliveira

O outro candidato, Nuno Correia da Silva - que entre os apoiantes contava com alguns dos mais destacados nomes que estiveram ligados à candidatura de Maria José Nogueira Pinto, como a própria deputada, Nuno Krus Abecasis e Jorge Ferreira -, obteve o «sim» de 364 militantes do distrito de Lisboa.

Apesar de ter sido uma votação pouco participada, uma vez que dos cerca de 5000 militantes da distrital só votaram pouco mais de 800, esta vitória de Feist (eleito presidente da mesa do Congresso pelas listas de Portas, em Março, na última reunião magna) agradou particularmente à direcção do PP. E apesar de o ex-candidato à Câmara Municipal de Lisboa ter assegurado na campanha que o seu objectivo era a «pacificação e não a guerra» e de Correia da Silva, em carta enviada às estruturas concelhias do partido no dia 14, ter defendido que «quem andar a tentar fazer das eleições (para a Distrital) uma reedição do Congresso de Braga está a prestar um mau serviço ao partido», o certo é que uma vitória do fiel monteirista na maior estrutura do PP teria uma evidente leitura política interna e teria sido bastante complicada para a equipa de Portas.

Caso tivesse vencido, o deputado tinha definido como primeira medida da sua candidatura a convocação de um Congresso Distrital para «debater o futuro do partido». E outra intenção que seria difícil de gerir pela actual direcção era a de promover uma consulta directa aos militantes do distrito, para que estes se pronunciassem sobre se «o partido deve ou não concorrer com lista e programa próprios» às eleições europeias de 1999. Correia da Silva defende que o PP não deve concorrer coligado e até já propôs o nome de Paulo Portas como cabeça-de-lista para as eleições para o Parlamento Europeu.

Para a «oposição» a Portas, a vitória de Feist constitui a perda de um importante palco político dentro do PP. Apesar de contarem com o apoio de parte significativa dos presidentes das concelhias do distrito de Lisboa, os adversários da actual direcção não conseguiram dois apoios que se revelaram fundamentais: a concelhia de Lisboa - ainda liderada pelo membro da Comissão Directiva Telmo Correia - e a Juventude Popular. Resta-lhes uma consolação: a margem de vitória de Pedro Feist foi inferior à de Jorge Ferreira nas últimas eleições.

Teresa Oliveira

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