DN-Politica

09-05-1997
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SANTANA LOPES NA FIGUEIRA

Hoje há um jantar na Figueira da Foz com o «pré-candidato» e Paulo Pereira Coelho não esconde que, no repasto, «tudo ficará esclarecido». Apesar de Santana ter dito ontem que só anunciará a sua escolha no prazo de «uma semana»...

No entanto, não escondeu, na conversa com os jornalistas no seu escritório, que «sair de Lisboa vai fazer muito bem». A Figueira da Foz, não o esconde, é o convite mais antigo «e o mais desenvolvido».

Aliás, ao contrário da Distrital de Lisboa, que o «vetou» para a candidatura à câmara de Sintra, o PSD de Coimbra apoia convictamente a escolha do antigo presidente do Sporting. O mesmo acontece com a Concelhia da Figueira. E Lopes já afirmara que não seria candidato autárquico contra a vontade das estruturas.

«Não pedi para ser candidato. Fui convidado», insistiu. E convites não lhe têm faltado, como aconteceu ontem à tarde, com a Concelhia de Torres Vedras.

Após o encontro, Santana Lopes abriu o jogo.

Para dizer que está «farto de ouvir histórias mal contadas» a seu respeito acerca das candidaturas às eleições de Dezembro. Alvos identificados: dois. Pacheco Pereira, porque o «vetou» para Sintra, e Durão Barroso, pelas alegadas pressões, nos bastidores, sobre as estruturas do partido para que ele, Santana, «não fosse candidato a nenhuma câmara».

«Actividades pouco próprias de quem anda a fazer um mestrado», rematou. E repetiu as perguntas que fizera há semanas.

Onde é que Durão é candidato? Até deu a sugestão de ser a «câmara difícil» de Almada - «viveu muitos anos na Cova da Piedade» - não fosse o PSD já ter candidato.

Em tom de desafio, faz a pergunta. Se fosse para formar um governo haveria tão poucos «notáveis» a disponibilizar-se? Lembrou, aliás, que foi o próprio Marcelo Rebelo de Sousa a pedir aos dirigentes nacionais do partido para se empenharem nas eleições de Dezembro.

De Pacheco, esperava uma palavra sobre o «não» à sua candidatura a Sintra. E, já agora, que o líder da Distrital explicasse porquê.

Mas Santana não poupou o líder do partido. «É um erro estratégico grave», disse, «colocar o alvo nas legislativas», como faz Rebelo de Sousa, desvalorizando as eleições locais.

E se as alegadas pressões contra a candidatura, até «vindas da direcção nacional», são por ter sido adversário de Marcelo no congresso da Feira, então não o compreende. A farpa seguiu logo a seguir: «É próprio de quem começa a ter o brilho um pouco baço.» Mas não implicou Marcelo Rebelo de Sousa.

SANTANA LOPES NA FIGUEIRA

Hoje há um jantar na Figueira da Foz com o «pré-candidato» e Paulo Pereira Coelho não esconde que, no repasto, «tudo ficará esclarecido». Apesar de Santana ter dito ontem que só anunciará a sua escolha no prazo de «uma semana»...

No entanto, não escondeu, na conversa com os jornalistas no seu escritório, que «sair de Lisboa vai fazer muito bem». A Figueira da Foz, não o esconde, é o convite mais antigo «e o mais desenvolvido».

Aliás, ao contrário da Distrital de Lisboa, que o «vetou» para a candidatura à câmara de Sintra, o PSD de Coimbra apoia convictamente a escolha do antigo presidente do Sporting. O mesmo acontece com a Concelhia da Figueira. E Lopes já afirmara que não seria candidato autárquico contra a vontade das estruturas.

«Não pedi para ser candidato. Fui convidado», insistiu. E convites não lhe têm faltado, como aconteceu ontem à tarde, com a Concelhia de Torres Vedras.

Após o encontro, Santana Lopes abriu o jogo.

Para dizer que está «farto de ouvir histórias mal contadas» a seu respeito acerca das candidaturas às eleições de Dezembro. Alvos identificados: dois. Pacheco Pereira, porque o «vetou» para Sintra, e Durão Barroso, pelas alegadas pressões, nos bastidores, sobre as estruturas do partido para que ele, Santana, «não fosse candidato a nenhuma câmara».

«Actividades pouco próprias de quem anda a fazer um mestrado», rematou. E repetiu as perguntas que fizera há semanas.

Onde é que Durão é candidato? Até deu a sugestão de ser a «câmara difícil» de Almada - «viveu muitos anos na Cova da Piedade» - não fosse o PSD já ter candidato.

Em tom de desafio, faz a pergunta. Se fosse para formar um governo haveria tão poucos «notáveis» a disponibilizar-se? Lembrou, aliás, que foi o próprio Marcelo Rebelo de Sousa a pedir aos dirigentes nacionais do partido para se empenharem nas eleições de Dezembro.

De Pacheco, esperava uma palavra sobre o «não» à sua candidatura a Sintra. E, já agora, que o líder da Distrital explicasse porquê.

Mas Santana não poupou o líder do partido. «É um erro estratégico grave», disse, «colocar o alvo nas legislativas», como faz Rebelo de Sousa, desvalorizando as eleições locais.

E se as alegadas pressões contra a candidatura, até «vindas da direcção nacional», são por ter sido adversário de Marcelo no congresso da Feira, então não o compreende. A farpa seguiu logo a seguir: «É próprio de quem começa a ter o brilho um pouco baço.» Mas não implicou Marcelo Rebelo de Sousa.

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