PS e PSD: ninguém sabe nada

27-08-1999
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O EXPRESSO falou com Menano do Amaral, Lopes Cardoso, Torres Campos e Jorge Coelho, do PS. E com António Capucho, Dias Loureiro, Nunes Liberato, Falcão e Cunha, Azevedo Soares, Rui Rio e Carlos Horta e Costa, do PSD. Com excepção do ainda comissário da Expo-98, que não quis pronunciar-se sobre o assunto, e de Menano do Amaral, que afirma já ter sido «há tanto tempo» que não se recorda. Os demais são unânimes na resposta à pergunta sobre se, no seu tempo, tiveram conhecimento de situações de financiamento irregular ou de eventuais actos de corrupção nos seus partidos: «Não», afirmam peremptoriamente.

Lopes Cardoso, actual assessor do Presidente da República, responsável pelos dinheiros do PS entre 1989 e 1991, garante: «Nunca tive conhecimento de nenhuma situação irregular, nem sequer de nenhuma denúncia».

Jorge Coelho, por sua vez, declara: «Desde que entrei para o Governo deixei de ter responsabilidades executivas no PS. Quando tive essas funções, nunca fui confrontado com esse tipo de situações».

O actual secretário-geral do PSD, António Capucho, que já ocupara o lugar entre 1979 e 1984, e um dos sociais-democratas que mais defende o fim do financiamento privado dos partidos e a sua substituição pelas subvenções integralmente públicas, afirma: «Ignoro o que possa ter ocorrido na JAE relacionado com o financiamento ilegítimo de partidos. Comigo, jamais permitirei qualquer donativo que não tenha financiamento legal».

Dias Loureiro limita-se a dizer: «Nunca, jamais, em tempo algum».

Falcão e Cunha também responde que não: «Enquanto desempenhei funções de secretário-geral do PSD, situações como as que agora são referidas nunca aconteceram nem poderiam acontecer». O antigo ministro de Cavaco, que tutelou a JAE enquanto secretário de Estado das Vias de Comunicação, aproveita a oportunidade para se solidarizar com esta instituição: «Tenho num elevado conceito quer a JAE quer a generalidade dos seus quadros. O país deve-lhes muito e tenho muitos receios que a situação actual venha a ter efeitos nefastos e porventura irreversíveis na JAE».

Nunes Liberato, que lhe sucedeu no cargo no PSD, lembra que «é público, faz parte das listagens publicadas, que houve empresas de construção civil que financiaram o PSD». Mas, no seu tempo, acrescenta, «não houve financiamento nem ilegítimo, nem ilegal».

O responsável pelas finanças do PSD na última campanha para as legislativas, Azevedo Soares, não foge à regra: «Não conheço o canal de financiamento indirecto dos partidos de que fala Garcia dos Santos», responde, defendendo o financiamento essencialmente público.

Rui Rio, que foi um dos principais defensores dessa que é a posição oficial do PSD sobre o financiamento dos partidos, também diz: «Não tive, nem tenho conhecimento».

O seu sucessor, Carlos Horta e Costa, assegura que durante o seu consulado «a situação financeira do PSD era perfeitamente transparente».

C.F.

O EXPRESSO falou com Menano do Amaral, Lopes Cardoso, Torres Campos e Jorge Coelho, do PS. E com António Capucho, Dias Loureiro, Nunes Liberato, Falcão e Cunha, Azevedo Soares, Rui Rio e Carlos Horta e Costa, do PSD. Com excepção do ainda comissário da Expo-98, que não quis pronunciar-se sobre o assunto, e de Menano do Amaral, que afirma já ter sido «há tanto tempo» que não se recorda. Os demais são unânimes na resposta à pergunta sobre se, no seu tempo, tiveram conhecimento de situações de financiamento irregular ou de eventuais actos de corrupção nos seus partidos: «Não», afirmam peremptoriamente.

Lopes Cardoso, actual assessor do Presidente da República, responsável pelos dinheiros do PS entre 1989 e 1991, garante: «Nunca tive conhecimento de nenhuma situação irregular, nem sequer de nenhuma denúncia».

Jorge Coelho, por sua vez, declara: «Desde que entrei para o Governo deixei de ter responsabilidades executivas no PS. Quando tive essas funções, nunca fui confrontado com esse tipo de situações».

O actual secretário-geral do PSD, António Capucho, que já ocupara o lugar entre 1979 e 1984, e um dos sociais-democratas que mais defende o fim do financiamento privado dos partidos e a sua substituição pelas subvenções integralmente públicas, afirma: «Ignoro o que possa ter ocorrido na JAE relacionado com o financiamento ilegítimo de partidos. Comigo, jamais permitirei qualquer donativo que não tenha financiamento legal».

Dias Loureiro limita-se a dizer: «Nunca, jamais, em tempo algum».

Falcão e Cunha também responde que não: «Enquanto desempenhei funções de secretário-geral do PSD, situações como as que agora são referidas nunca aconteceram nem poderiam acontecer». O antigo ministro de Cavaco, que tutelou a JAE enquanto secretário de Estado das Vias de Comunicação, aproveita a oportunidade para se solidarizar com esta instituição: «Tenho num elevado conceito quer a JAE quer a generalidade dos seus quadros. O país deve-lhes muito e tenho muitos receios que a situação actual venha a ter efeitos nefastos e porventura irreversíveis na JAE».

Nunes Liberato, que lhe sucedeu no cargo no PSD, lembra que «é público, faz parte das listagens publicadas, que houve empresas de construção civil que financiaram o PSD». Mas, no seu tempo, acrescenta, «não houve financiamento nem ilegítimo, nem ilegal».

O responsável pelas finanças do PSD na última campanha para as legislativas, Azevedo Soares, não foge à regra: «Não conheço o canal de financiamento indirecto dos partidos de que fala Garcia dos Santos», responde, defendendo o financiamento essencialmente público.

Rui Rio, que foi um dos principais defensores dessa que é a posição oficial do PSD sobre o financiamento dos partidos, também diz: «Não tive, nem tenho conhecimento».

O seu sucessor, Carlos Horta e Costa, assegura que durante o seu consulado «a situação financeira do PSD era perfeitamente transparente».

C.F.

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