Marques Mendes explica ‘não’ às regiões

10-01-1998
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«O PS e o PCP negociaram, em função dos seus interesses e clientelas específicas, o retalho do país», afirma ao EXPRESSO Marques Mendes. Para ele, o partido do Governo cedeu ao PCP: «O PCP ganhou no negócio, o que não parece é que o país tivesse ganho alguma coisa», diz. Neste processo, acrescenta, o PS e o PCP actuaram «com uma ligeireza sem limites» e «o primeiro-ministro avalizou a irresponsabilidade total». A propósito, Marques Mendes lembra que, no caso da Lei das Finanças Locais, Guterres mostrou um rigor em tudo contrastante com a atitude que agora tomou.

O «não» oficial do PSD à regionalização não impedirá, no entanto, que os militantes do PSD tenham liberdade total para votarem ou fazerem campanha pelo «sim» no referendo.

Descontentes com esta posição da direcção do PSD estão os sociais-democratas do Algarve. Em carta enviada anteontem a Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PSD/Algarve, Mendes Bota, mostra-se preocupado com o facto desta posição «contrariar frontalmente o disposto no Programa do partido» e exorta Marcelo a orientar o PSD, nesta matéria, «de forma coerente com o passado». Bota deverá fazer campanha pelo «sim».

«O PS e o PCP negociaram, em função dos seus interesses e clientelas específicas, o retalho do país», afirma ao EXPRESSO Marques Mendes. Para ele, o partido do Governo cedeu ao PCP: «O PCP ganhou no negócio, o que não parece é que o país tivesse ganho alguma coisa», diz. Neste processo, acrescenta, o PS e o PCP actuaram «com uma ligeireza sem limites» e «o primeiro-ministro avalizou a irresponsabilidade total». A propósito, Marques Mendes lembra que, no caso da Lei das Finanças Locais, Guterres mostrou um rigor em tudo contrastante com a atitude que agora tomou.

O «não» oficial do PSD à regionalização não impedirá, no entanto, que os militantes do PSD tenham liberdade total para votarem ou fazerem campanha pelo «sim» no referendo.

Descontentes com esta posição da direcção do PSD estão os sociais-democratas do Algarve. Em carta enviada anteontem a Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PSD/Algarve, Mendes Bota, mostra-se preocupado com o facto desta posição «contrariar frontalmente o disposto no Programa do partido» e exorta Marcelo a orientar o PSD, nesta matéria, «de forma coerente com o passado». Bota deverá fazer campanha pelo «sim».

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