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05-05-1999
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Aponta para uma política de concentração da riqueza e de maiores sacrifícios e dificuldades para a população laboriosa. Prossegue uma política económica que definha o aparelho produtivo nacional, tornando-o cada vez mais dependente, vulnerável e sub-contratado (são já cerca de meio milhão de desempregados no país e 82 mil na região, e, apesar disso, perspectiva o aumento do desemprego).

É um orçamento para mais injustiças e desequilíbrios sociais, contra o emprego e os salários, e que subordina o país aos objectivos de Maastricht e da moeda única.

A história deste orçamento é a história de um casamento de conveniência, entre o PS e Manuel Monteiro. E significativa a grande cambalhota do PP, que por um lado brada ser mais português que todos os outros, e por outro viabiliza o orçamento da moeda única. Na banda desenhada, o Pinóquio ficaria com um nariz do tamanho da Torre dos Clérigos.

Por que votamos contra?

Porque defendemos uma nova política económica de ruptura com políticas anteriores. Que substitua a convergência nominal pela convergência real, recuse o alinhamento cego pela economia dos mais fortes e desenvolva os padrões económicos e sociais para aumentar o emprego, melhorar a distribuição dos rendimentos e condições de vida e de trabalho. Que valorize a força de trabalho, a formação e a qualificação, a qualidade dos produtos, a inovação e a investigação. Que baixe as taxas de juro reais, anime o investimento e o crescimento económico.

Porque recusamos uma política económica, com objectivos de competitividade assentes na degradação do poder de compra dos salários e das pensões e reformas.

Porque nos foi recusado um conjunto de importantes propostas, respeitantes a uma mais rigorosa tributação dos bancos e das companhias de seguros e ao sigilo bancário, e outras que aliviavam a carga fiscal sobre os trabalhadores.

Porque rejeitamos a intensificação das privatizações de empresas do Estado, que conduz ao controlo de centros vitais da economia portuguesa pelos estrangeiros, à perda de importantes instrumentos de soberania económica e de protecção do interesse público e à subordinação do poder político ao poder económico.

Porque recusamos ser cúmplices no ataque aos sistemas públicos de Segurança Social, de Educação e de Saúde para a sua privatização, aumentando as áreas de chorudos negócios privados à custa das privações da população (o Estado, durante uma década, acumulou uma dívida astronómica à Segurança Social de 1200 milhões de contos, fechou e fecha os olhos à vastíssima evasão contributiva do patronato, e permitiu que as dívidas se aproximem hoje dos 500 milhões de contos. Enorme distância nos separa da quase totalidade dos países da UE, em que Portugal ocupa o lugar no fundo da escala. O caminho a seguir, não é aprofundar o fosso como indica o Orçamento de Estado, mas encurtar as distâncias).

Ao contrário do propagandeado pelo Primeiro Ministro, não estamos perante um "orçamento de rigor" e muito menos "com preocupações sociais". Os Funcionários Públicos que votaram PS e que tinham expectativas, têm hoje razões para estar mais desencantados.

Em primeiro lugar estão os portugueses e não os critérios de Maastricht, que significarão acrescidos sacrifícios e dificuldades no ano de 1997 até à criação da moeda única, e para além dela.

Aponta para uma política de concentração da riqueza e de maiores sacrifícios e dificuldades para a população laboriosa. Prossegue uma política económica que definha o aparelho produtivo nacional, tornando-o cada vez mais dependente, vulnerável e sub-contratado (são já cerca de meio milhão de desempregados no país e 82 mil na região, e, apesar disso, perspectiva o aumento do desemprego).

É um orçamento para mais injustiças e desequilíbrios sociais, contra o emprego e os salários, e que subordina o país aos objectivos de Maastricht e da moeda única.

A história deste orçamento é a história de um casamento de conveniência, entre o PS e Manuel Monteiro. E significativa a grande cambalhota do PP, que por um lado brada ser mais português que todos os outros, e por outro viabiliza o orçamento da moeda única. Na banda desenhada, o Pinóquio ficaria com um nariz do tamanho da Torre dos Clérigos.

Por que votamos contra?

Porque defendemos uma nova política económica de ruptura com políticas anteriores. Que substitua a convergência nominal pela convergência real, recuse o alinhamento cego pela economia dos mais fortes e desenvolva os padrões económicos e sociais para aumentar o emprego, melhorar a distribuição dos rendimentos e condições de vida e de trabalho. Que valorize a força de trabalho, a formação e a qualificação, a qualidade dos produtos, a inovação e a investigação. Que baixe as taxas de juro reais, anime o investimento e o crescimento económico.

Porque recusamos uma política económica, com objectivos de competitividade assentes na degradação do poder de compra dos salários e das pensões e reformas.

Porque nos foi recusado um conjunto de importantes propostas, respeitantes a uma mais rigorosa tributação dos bancos e das companhias de seguros e ao sigilo bancário, e outras que aliviavam a carga fiscal sobre os trabalhadores.

Porque rejeitamos a intensificação das privatizações de empresas do Estado, que conduz ao controlo de centros vitais da economia portuguesa pelos estrangeiros, à perda de importantes instrumentos de soberania económica e de protecção do interesse público e à subordinação do poder político ao poder económico.

Porque recusamos ser cúmplices no ataque aos sistemas públicos de Segurança Social, de Educação e de Saúde para a sua privatização, aumentando as áreas de chorudos negócios privados à custa das privações da população (o Estado, durante uma década, acumulou uma dívida astronómica à Segurança Social de 1200 milhões de contos, fechou e fecha os olhos à vastíssima evasão contributiva do patronato, e permitiu que as dívidas se aproximem hoje dos 500 milhões de contos. Enorme distância nos separa da quase totalidade dos países da UE, em que Portugal ocupa o lugar no fundo da escala. O caminho a seguir, não é aprofundar o fosso como indica o Orçamento de Estado, mas encurtar as distâncias).

Ao contrário do propagandeado pelo Primeiro Ministro, não estamos perante um "orçamento de rigor" e muito menos "com preocupações sociais". Os Funcionários Públicos que votaram PS e que tinham expectativas, têm hoje razões para estar mais desencantados.

Em primeiro lugar estão os portugueses e não os critérios de Maastricht, que significarão acrescidos sacrifícios e dificuldades no ano de 1997 até à criação da moeda única, e para além dela.

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