Porto

12-11-1997
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Porto

Candidatura PSD/PP é «fracassada»

A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP realizou na passada sexta-feira uma conferência de imprensa onde divulgou as suas apreciações sobre os principais desenvolvimenos da situação política e social do distrito, designadamente a expressão do desemprego e o prosseguimento da política de baixos salários.

Referindo números do INE, os comunistas afirmam que enquanto no Continente, no final de 1996, a taxa de desemprego era de 7,2%, na Área Metropolitana do Porto ela era de 11,4%. E a confirmar-se o encerramento por falência da Companhia Portuguesa do Cobre o desemprego atingirá a curto prazo mais 400 famílias da região. Quanto ao crescimento dos salários ele foi diminuto - 0,2% nos quatro primeiros meses deste ano -, muito longe do aumento de produtividade no mesmo período: 3%.

Como factor essencial na criação de emprego, a DORP do PCP defende o aumento do investimento público, razão por que se mostra preocupada com as propostas conhecidas do PIDDAC e os Fundos Estruturais contidos no documento aprovado pela Junta Metropolitana do Porto. Como primeiro comentário refere, contudo, a linha estratégica apontada, privilegiadora do Sector Terciário e de clara inspiração neo-liberal.

O PCP apreciou ainda o andamento da preparação das eleições autárquicas e destacou a significativa amplitude da renovação e participação de independentes nas listas CDU, que confirmam esta Coligação como um espaço plural, de encontro e participação dos cidadãos empenhados numa política autárquica ao serviço das populações e no reforço de uma alternativa de esquerda.

Entretanto, denunciando as lutas pessoais e a chicana política que têm caracterizado a campanha pré-eleitoral das outras forças políticas, os comunistas não quiseram deixar ficar «sem reparo» as declarações do candidato da coligação PSD/PP à Câmara do Porto, general Carlos Azeredo. «A forma como, objectivamente, desculpa os nazis e questiona a legitimidade do tribunal que julgou os seus crimes, a forma como ofende o povo judeu e branqueia a ditadura de Salazar, chocam, indignam e merecem o mais vivo repúdio de todos os democratas. Classificam um candidato, assim como os responsáveis distritais do PSD e PP, Luís Filipe Menezes e Sílvio Cervan, que deram posteriormente o beneplácito a tão graves declarações».

Condenáveis igualmente para o PCP são as opiniões do candidato do PSD/PP sobre o mapa aprovado na Assembleia da República para as novas regiões, contra o qual se manifesta porque «entrega o Alentejo aos comunistas». «Não se conhece do sr. general Azeredo», diz a DORP, «uma única ideia ou proposta sobre os problemas da cidade do Porto. Conhece-se sim, aquilo que tanto o preocupa: os judeus e os comunistas».

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Candidatura PSD/PP é «fracassada»

A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP realizou na passada sexta-feira uma conferência de imprensa onde divulgou as suas apreciações sobre os principais desenvolvimenos da situação política e social do distrito, designadamente a expressão do desemprego e o prosseguimento da política de baixos salários.

Referindo números do INE, os comunistas afirmam que enquanto no Continente, no final de 1996, a taxa de desemprego era de 7,2%, na Área Metropolitana do Porto ela era de 11,4%. E a confirmar-se o encerramento por falência da Companhia Portuguesa do Cobre o desemprego atingirá a curto prazo mais 400 famílias da região. Quanto ao crescimento dos salários ele foi diminuto - 0,2% nos quatro primeiros meses deste ano -, muito longe do aumento de produtividade no mesmo período: 3%.

Como factor essencial na criação de emprego, a DORP do PCP defende o aumento do investimento público, razão por que se mostra preocupada com as propostas conhecidas do PIDDAC e os Fundos Estruturais contidos no documento aprovado pela Junta Metropolitana do Porto. Como primeiro comentário refere, contudo, a linha estratégica apontada, privilegiadora do Sector Terciário e de clara inspiração neo-liberal.

O PCP apreciou ainda o andamento da preparação das eleições autárquicas e destacou a significativa amplitude da renovação e participação de independentes nas listas CDU, que confirmam esta Coligação como um espaço plural, de encontro e participação dos cidadãos empenhados numa política autárquica ao serviço das populações e no reforço de uma alternativa de esquerda.

Entretanto, denunciando as lutas pessoais e a chicana política que têm caracterizado a campanha pré-eleitoral das outras forças políticas, os comunistas não quiseram deixar ficar «sem reparo» as declarações do candidato da coligação PSD/PP à Câmara do Porto, general Carlos Azeredo. «A forma como, objectivamente, desculpa os nazis e questiona a legitimidade do tribunal que julgou os seus crimes, a forma como ofende o povo judeu e branqueia a ditadura de Salazar, chocam, indignam e merecem o mais vivo repúdio de todos os democratas. Classificam um candidato, assim como os responsáveis distritais do PSD e PP, Luís Filipe Menezes e Sílvio Cervan, que deram posteriormente o beneplácito a tão graves declarações».

Condenáveis igualmente para o PCP são as opiniões do candidato do PSD/PP sobre o mapa aprovado na Assembleia da República para as novas regiões, contra o qual se manifesta porque «entrega o Alentejo aos comunistas». «Não se conhece do sr. general Azeredo», diz a DORP, «uma única ideia ou proposta sobre os problemas da cidade do Porto. Conhece-se sim, aquilo que tanto o preocupa: os judeus e os comunistas».

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