DN

04-02-1998
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Numa conversa com o DN, a propósito das suas novas funções, nega que se esteja a remeter a um afastamento estratégico do centro do poder. Agora "sou presidente da Câmara de Gaia e estou apostado em ter sucesso aqui e não me posso dispersar com outras actividades". Uma justificação corroborada por colaboradores. Menezes é dos primeiros a chegar à câmara, às oito da manhã, e o último a sair, cerca das nove da noite. Concentrado em conhecer os cantos do novo poder, ainda não ponderou a sua participação no próximo congresso do partido, marcado para os dias 17, 18 e 19 de Abril.

A dois meses da reunião de Tavira, todas as decisões podem ser prematuras. É delegado e talvez faça uma intervenção, mas ainda não pensou nela. "Tudo depende das moções apresentadas... não posso antecipar." Mas à pergunta se gostava de ser presidente do partido responde: "Neste momento, não." Com Marcelo Rebelo de Sousa teve recentemente uma conversa sobre o congresso, onde foi notória a "total e completa convergência de pontos de vista". Porque não é politicamente correcto divulgar este tipo de diálogos, Menezes não confirmou se indicou Cândida Oliveira e Pedro Vinha da Costa para a nova direcção.

O adiamento do congresso, independentemente das razões invocadas, é uma decisão "útil". Pois a Alternativa Democrática "depende da evolução do PP". O DN sabe que Maria José Nogueira Pinto aguarda respostas de Marcelo para definitivamente decidir se é ou não candidata à liderança do PP. Sobre os Estados Gerais da Direita, prefere falar em "estados gerais do espaço não socialista, porque o PSD não é um partido de direita. Admito que, mesmo com coligação com o PP, o projecto de conquista do poder do PSD não poderá passar estritamente por aí. Terá de arranjar forma de se ancorar no centro político com personalidades e instituições desse espaço".

O seu próximo passo é em direcção à liderança dos Autarcas Sociais-Democratas no congresso de Março, em Oeiras. "Posso dizer de antemão que não aceitarei sequer pensar muito a sério na questão se essa não for relativamente consensual. Não tenho já paciência nem idade para guerras estéreis, especialmente em relação a objectivos que só me iriam dar dores de cabeça e trabalho. Não é um tipo de cargo que eu ambicione e me realize particularmente. Seria um pouco uma comissão de serviço." O próximo congresso é um encontro de refundação deste organismo com novos estatutos e com uma participação que Menezes quer mais dinâmica. "Torná-lo um interlocutor não só do partido como do Estado, com vista a dar mais eficácia ao poder local. Fazer o que a ANMP não faz."

Numa conversa com o DN, a propósito das suas novas funções, nega que se esteja a remeter a um afastamento estratégico do centro do poder. Agora "sou presidente da Câmara de Gaia e estou apostado em ter sucesso aqui e não me posso dispersar com outras actividades". Uma justificação corroborada por colaboradores. Menezes é dos primeiros a chegar à câmara, às oito da manhã, e o último a sair, cerca das nove da noite. Concentrado em conhecer os cantos do novo poder, ainda não ponderou a sua participação no próximo congresso do partido, marcado para os dias 17, 18 e 19 de Abril.

A dois meses da reunião de Tavira, todas as decisões podem ser prematuras. É delegado e talvez faça uma intervenção, mas ainda não pensou nela. "Tudo depende das moções apresentadas... não posso antecipar." Mas à pergunta se gostava de ser presidente do partido responde: "Neste momento, não." Com Marcelo Rebelo de Sousa teve recentemente uma conversa sobre o congresso, onde foi notória a "total e completa convergência de pontos de vista". Porque não é politicamente correcto divulgar este tipo de diálogos, Menezes não confirmou se indicou Cândida Oliveira e Pedro Vinha da Costa para a nova direcção.

O adiamento do congresso, independentemente das razões invocadas, é uma decisão "útil". Pois a Alternativa Democrática "depende da evolução do PP". O DN sabe que Maria José Nogueira Pinto aguarda respostas de Marcelo para definitivamente decidir se é ou não candidata à liderança do PP. Sobre os Estados Gerais da Direita, prefere falar em "estados gerais do espaço não socialista, porque o PSD não é um partido de direita. Admito que, mesmo com coligação com o PP, o projecto de conquista do poder do PSD não poderá passar estritamente por aí. Terá de arranjar forma de se ancorar no centro político com personalidades e instituições desse espaço".

O seu próximo passo é em direcção à liderança dos Autarcas Sociais-Democratas no congresso de Março, em Oeiras. "Posso dizer de antemão que não aceitarei sequer pensar muito a sério na questão se essa não for relativamente consensual. Não tenho já paciência nem idade para guerras estéreis, especialmente em relação a objectivos que só me iriam dar dores de cabeça e trabalho. Não é um tipo de cargo que eu ambicione e me realize particularmente. Seria um pouco uma comissão de serviço." O próximo congresso é um encontro de refundação deste organismo com novos estatutos e com uma participação que Menezes quer mais dinâmica. "Torná-lo um interlocutor não só do partido como do Estado, com vista a dar mais eficácia ao poder local. Fazer o que a ANMP não faz."

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