DN

24-06-1998
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Este ponto de vista foi expresso ontem, em Bruxelas, no momento em que o secretário de Estado anunciava um pacote de ajuda humanitária da União Europeia à Guiné-Bissau no valor de cerca de 200 mil contos fornecidos pela Echo, o Departamento de Ajuda Humanitária da UE.

Luís Amado baseia as suas previsões sombrias nas informações recolhidas no interior da Guiné-Bissau e no centro de operações situado no Sal. Um dos aspectos que se torna mais preocupante prende-se com as reservas de mantimentos e medicamentos na Guiné-Bissau, na altura em que se fala da existência de mais de 200 mil deslocados.

O secretário de Estado comentou, a propósito, que "pelas informações que temos, a partir da próxima semana, a situação pode agravar-se muitíssimo. Portanto, se já é catastrófica, teremos de trabalhar com um cenário muito mais pessimista relativamente à próxima semana".

A acção humanitária apoiada pela UE envolverá fornecimentos alimentares e medicamentos, admitindo-se ainda que possa incluir água e combustíveis para facilitar os transportes. Além de Portugal, esta acção deve contar com a colaboração de países como a França, Suécia e Holanda.

Os pormenores foram ultimados no encontro que Luís Amado manteve em Bruxelas com o Director da Echo, Alberto Navarro. Este exprimiu a preocupação com que a situação na Guiné-Bissau é encarada pela Comissão Europeia e indicou a possibilidade de novos financiamentos, quando declarou: "Se houver mais necessidades, estamos dispostos a responder de forma adequada."

Para concretizar esta iniciativa deverão participar a Cruz Vermelha, a Caritas, Médicos sem Fronteiras e ainda uma plataforma de 40 organizações não governamentais portuguesas, onde se integram instituições como a Assistência Médica Internacional (AMI) e a Oikos. Esta ajuda junta-se às acções que Portugal já tem desenvolvido no terreno. Luís Amado disse que o trabalho de repatriamento continua, acrescentando que ainda deve haver mais de uma centena de portugueses fora de Bissau e alguns na capital.

A ajuda humanitária à Guiné-Bissau será também abordada com as autoridades portuguesas pela comissária Emma Bonino, responsável por este sector da UE, durante a visita a Portugal que amanhã inicia até domingo. Na preparação do encontro de ontem, Amado não teve a oportunidade de se avistar com Bonino, ausente no estrangeiro, mas conversou com ela longamente ao telefone na segunda-feira, tendo indicado que recebera sinais de "total disponibilidade" para participar em acções humanitárias.

Ao fim do dia, Luís Amado encontrou-se com o comissário João de Deus Pinheiro para debater a situação actual na Guiné-Bissau e a preparação de programas de apoio a este país, numa base de maior coordenação de esforços entre Portugal, os outros Estados membros da UE e a Comissão.

Este ponto de vista foi expresso ontem, em Bruxelas, no momento em que o secretário de Estado anunciava um pacote de ajuda humanitária da União Europeia à Guiné-Bissau no valor de cerca de 200 mil contos fornecidos pela Echo, o Departamento de Ajuda Humanitária da UE.

Luís Amado baseia as suas previsões sombrias nas informações recolhidas no interior da Guiné-Bissau e no centro de operações situado no Sal. Um dos aspectos que se torna mais preocupante prende-se com as reservas de mantimentos e medicamentos na Guiné-Bissau, na altura em que se fala da existência de mais de 200 mil deslocados.

O secretário de Estado comentou, a propósito, que "pelas informações que temos, a partir da próxima semana, a situação pode agravar-se muitíssimo. Portanto, se já é catastrófica, teremos de trabalhar com um cenário muito mais pessimista relativamente à próxima semana".

A acção humanitária apoiada pela UE envolverá fornecimentos alimentares e medicamentos, admitindo-se ainda que possa incluir água e combustíveis para facilitar os transportes. Além de Portugal, esta acção deve contar com a colaboração de países como a França, Suécia e Holanda.

Os pormenores foram ultimados no encontro que Luís Amado manteve em Bruxelas com o Director da Echo, Alberto Navarro. Este exprimiu a preocupação com que a situação na Guiné-Bissau é encarada pela Comissão Europeia e indicou a possibilidade de novos financiamentos, quando declarou: "Se houver mais necessidades, estamos dispostos a responder de forma adequada."

Para concretizar esta iniciativa deverão participar a Cruz Vermelha, a Caritas, Médicos sem Fronteiras e ainda uma plataforma de 40 organizações não governamentais portuguesas, onde se integram instituições como a Assistência Médica Internacional (AMI) e a Oikos. Esta ajuda junta-se às acções que Portugal já tem desenvolvido no terreno. Luís Amado disse que o trabalho de repatriamento continua, acrescentando que ainda deve haver mais de uma centena de portugueses fora de Bissau e alguns na capital.

A ajuda humanitária à Guiné-Bissau será também abordada com as autoridades portuguesas pela comissária Emma Bonino, responsável por este sector da UE, durante a visita a Portugal que amanhã inicia até domingo. Na preparação do encontro de ontem, Amado não teve a oportunidade de se avistar com Bonino, ausente no estrangeiro, mas conversou com ela longamente ao telefone na segunda-feira, tendo indicado que recebera sinais de "total disponibilidade" para participar em acções humanitárias.

Ao fim do dia, Luís Amado encontrou-se com o comissário João de Deus Pinheiro para debater a situação actual na Guiné-Bissau e a preparação de programas de apoio a este país, numa base de maior coordenação de esforços entre Portugal, os outros Estados membros da UE e a Comissão.

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