Marcelo escolhe Isaltino

01-09-1999
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Isaltino Morais

Trata-se de «um problema com consequências externas», afirma Marcelo, justificando o seu patrocínio à candidatura de Isaltino. Foi esta argumentação, de resto, que repetiu perante os deputados do PSD, na quinta-feira. Na ocasião, o líder do PSD chamou a atenção para o facto de quem apoiar José Gama na corrida à liderança dos ASD estar a ir contra os interesses do partido.

O autarca de Oeiras reforça assim a sua condição de favorito no Congresso que hoje se realiza no Taguspark, no seu próprio concelho. Da reunião vai resultar a dissolução da antiga ANASD e a criação de uma nova estrutura, com poderes reforçados dentro dos órgãos políticos do PSD - a começar pela Comissão Política Nacional onde o presidente dos ASD tem assento por inerência.

O presidente da Câmara de Oeiras não quis divulgar os nomes que comporão a sua equipa na direcção dos ASD, mas confirmou que apresentará Luís Filipe Menezes como cabeça-de-lista ao Conselho Nacional, enquanto Pedro Santana Lopes será o candidato a presidente da Mesa do Congresso - cargo que acumulará com idênticas funções na ANMP.

O ainda presidente da ANASD, Macário Correia, também não tem dúvidas de que «quem não é presidente de Câmara não está tão por dentro das coisas como quem é». Isaltino, por sua vez, sustenta que essa condição é não só «fundamental para estabelecer uma boa ligação com a ANMP», como se trata «de uma questão de liderança perante a opinião pública».

Já para José Gama, a condição do seu adversário é antes um obstáculo a um bom desempenho do cargo: «Um presidente de Câmara está demasiado ocupado para poder ainda pensar nos assuntos da associação».

Gama dá mesmo o exemplo da anterior liderança do presidente da Câmara de Oeiras para reforçar o seu argumento: «Ele não fez tudo o que devia em prol da associação porque não tinha disponibilidade para ela». Assim, considera, esta eleição será entre «um homem que quer vestir o fato de trabalho e uma flor de cheiro».

Um Congresso com fraca adesão

José Gama

Isaltino Morais concorda que «a adesão não é correspondente à importância do Congresso». Mas prefere considerar que as distritais tiveram alguma responsabilidade na mobilização dos delegados, a que não é alheia, sustenta, a falta de meios logísticos para acudir a várias frentes em simultâneo, nomeadamente à preparação do Congresso do PSD e à do Congresso da ANMP.

Instado a pronunciar-se sobre declarações recentes do presidente da ANMP, segundo as quais Mário de Almeida não vê com bons olhos que uma das vice-presidências da associação seja ocupada por Isaltino, desvaloriza-as: «É um desabafo a que não atribuo grande importância. Ele não gostará que lhe façam determinadas críticas, mas o papel do PSD não é estar na ANMP numa posição de unanimidade». E conclui: «Quem escolhe os candidatos do PSD à ANMP ainda não é ele».

C.F./R.J.P.

Isaltino Morais

Trata-se de «um problema com consequências externas», afirma Marcelo, justificando o seu patrocínio à candidatura de Isaltino. Foi esta argumentação, de resto, que repetiu perante os deputados do PSD, na quinta-feira. Na ocasião, o líder do PSD chamou a atenção para o facto de quem apoiar José Gama na corrida à liderança dos ASD estar a ir contra os interesses do partido.

O autarca de Oeiras reforça assim a sua condição de favorito no Congresso que hoje se realiza no Taguspark, no seu próprio concelho. Da reunião vai resultar a dissolução da antiga ANASD e a criação de uma nova estrutura, com poderes reforçados dentro dos órgãos políticos do PSD - a começar pela Comissão Política Nacional onde o presidente dos ASD tem assento por inerência.

O presidente da Câmara de Oeiras não quis divulgar os nomes que comporão a sua equipa na direcção dos ASD, mas confirmou que apresentará Luís Filipe Menezes como cabeça-de-lista ao Conselho Nacional, enquanto Pedro Santana Lopes será o candidato a presidente da Mesa do Congresso - cargo que acumulará com idênticas funções na ANMP.

O ainda presidente da ANASD, Macário Correia, também não tem dúvidas de que «quem não é presidente de Câmara não está tão por dentro das coisas como quem é». Isaltino, por sua vez, sustenta que essa condição é não só «fundamental para estabelecer uma boa ligação com a ANMP», como se trata «de uma questão de liderança perante a opinião pública».

Já para José Gama, a condição do seu adversário é antes um obstáculo a um bom desempenho do cargo: «Um presidente de Câmara está demasiado ocupado para poder ainda pensar nos assuntos da associação».

Gama dá mesmo o exemplo da anterior liderança do presidente da Câmara de Oeiras para reforçar o seu argumento: «Ele não fez tudo o que devia em prol da associação porque não tinha disponibilidade para ela». Assim, considera, esta eleição será entre «um homem que quer vestir o fato de trabalho e uma flor de cheiro».

Um Congresso com fraca adesão

José Gama

Isaltino Morais concorda que «a adesão não é correspondente à importância do Congresso». Mas prefere considerar que as distritais tiveram alguma responsabilidade na mobilização dos delegados, a que não é alheia, sustenta, a falta de meios logísticos para acudir a várias frentes em simultâneo, nomeadamente à preparação do Congresso do PSD e à do Congresso da ANMP.

Instado a pronunciar-se sobre declarações recentes do presidente da ANMP, segundo as quais Mário de Almeida não vê com bons olhos que uma das vice-presidências da associação seja ocupada por Isaltino, desvaloriza-as: «É um desabafo a que não atribuo grande importância. Ele não gostará que lhe façam determinadas críticas, mas o papel do PSD não é estar na ANMP numa posição de unanimidade». E conclui: «Quem escolhe os candidatos do PSD à ANMP ainda não é ele».

C.F./R.J.P.

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