Nota da Comissão Política do PCP - Comunicado da Academia Sueca
Atribuição do Prémio Nobel a José Saramago
Intervenção do deputado José Calçada
8 de Outubro de 1998
Foi hoje atribuído o Prémio Nobel da Literatura ao escritor português José Saramago.
É a primeira vez que o Prémio distingue a obra de um escritor de língua portuguesa. Por circunstâncias várias, nunca até agora a nossa língua - uma das mais faladas do mundo - havia sido alvo de uma tal distinção. Porque se é um escritor e uma obra que deste modo se premeiam - são também uma literatura, uma língua, uma identidade, um povo e uma cultura que no escritor se corporizam. Quem se não orgulhará por a partir de agora os "Levantado do chão", "Memorial do Convento", "A Jangada de Pedra" ou "Ensaio sobre a cegueira", entre outros, passarem a exibir a chancela do Prémio Nobel? Tanto quanto Saramago, todos nós nos arrogamos legitimamente à partilha deste prémio. Todo o escritor é o homem do sonho - e Saramago soube construí-lo universal e com a caneta bem assente nesta terra e neste povo que são os nossos. É com comoção, e enorme alegria, que vemos hoje o Prémio Nobel nas mãos - também calosas, à sua maneira - de um filho e neto de camponeses.
A Assembleia da República endereça assim a José Saramago as suas mais vivas congratulações por um Prémio que a ele e a todos nós honra.
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Nota da Comissão Política do PCP - Comunicado da Academia Sueca
Atribuição do Prémio Nobel a José Saramago
Intervenção do deputado José Calçada
8 de Outubro de 1998
Foi hoje atribuído o Prémio Nobel da Literatura ao escritor português José Saramago.
É a primeira vez que o Prémio distingue a obra de um escritor de língua portuguesa. Por circunstâncias várias, nunca até agora a nossa língua - uma das mais faladas do mundo - havia sido alvo de uma tal distinção. Porque se é um escritor e uma obra que deste modo se premeiam - são também uma literatura, uma língua, uma identidade, um povo e uma cultura que no escritor se corporizam. Quem se não orgulhará por a partir de agora os "Levantado do chão", "Memorial do Convento", "A Jangada de Pedra" ou "Ensaio sobre a cegueira", entre outros, passarem a exibir a chancela do Prémio Nobel? Tanto quanto Saramago, todos nós nos arrogamos legitimamente à partilha deste prémio. Todo o escritor é o homem do sonho - e Saramago soube construí-lo universal e com a caneta bem assente nesta terra e neste povo que são os nossos. É com comoção, e enorme alegria, que vemos hoje o Prémio Nobel nas mãos - também calosas, à sua maneira - de um filho e neto de camponeses.
A Assembleia da República endereça assim a José Saramago as suas mais vivas congratulações por um Prémio que a ele e a todos nós honra.