Jorge Coelho ameaça com prisão

29-08-1999
marcar artigo

«Se ganhar o 'não', continuará em vigor uma lei que tem criado condições para que o aborto clandestino continue a existir, e essa lei será aplicada», diz o ministro. Advertindo que, precisamente por isso, «o fundamental é que os portugueses se consciencializem de que é preciso dar uma volta a isto», o que significa fazer ganhar o «sim».

Jorge Coelho, com este apelo ao «sim», vai contra a posição de António Guterres, que, embora de forma apenas implícita, reitera hoje, em «testemunho» publicado no «Jornal de Notícias», a defesa do «não».

No seu conciso texto, o primeiro-ministro afirma: «O debate realizado não alterou a minha convicção, que é bem conhecida de todos os portugueses»; e acrescenta: «Preferiria, aliás, que o referendo incidisse sobre as condições objectivas que poderiam justificar a despenalização da interrupção voluntária da gravidez».

Diferente é o entendimento de Jorge Sampaio, que, também implicitamente, apelou ao voto no «sim» numa entrevista ao jornal alemão «Der Spiegel».

Entretanto, o EXPRESSO apurou que quer a JS quer o PCP, dois grandes impulsionadores da despenalização do aborto no Parlamento, não pretendem, para já, retomar a questão em caso de vitória do «não». Pelo contrário, os movimentos que fizeram campanha pelo «não» no referendo pretendem que o Governo altere «a política de impostos no sentido de proteger a família». Das medidas apontadas, as mais significativas são as que propõem isenções fiscais para as entidades patronais que criem postos de trabalho destinados a mães com filhos menores.

«Se ganhar o 'não', continuará em vigor uma lei que tem criado condições para que o aborto clandestino continue a existir, e essa lei será aplicada», diz o ministro. Advertindo que, precisamente por isso, «o fundamental é que os portugueses se consciencializem de que é preciso dar uma volta a isto», o que significa fazer ganhar o «sim».

Jorge Coelho, com este apelo ao «sim», vai contra a posição de António Guterres, que, embora de forma apenas implícita, reitera hoje, em «testemunho» publicado no «Jornal de Notícias», a defesa do «não».

No seu conciso texto, o primeiro-ministro afirma: «O debate realizado não alterou a minha convicção, que é bem conhecida de todos os portugueses»; e acrescenta: «Preferiria, aliás, que o referendo incidisse sobre as condições objectivas que poderiam justificar a despenalização da interrupção voluntária da gravidez».

Diferente é o entendimento de Jorge Sampaio, que, também implicitamente, apelou ao voto no «sim» numa entrevista ao jornal alemão «Der Spiegel».

Entretanto, o EXPRESSO apurou que quer a JS quer o PCP, dois grandes impulsionadores da despenalização do aborto no Parlamento, não pretendem, para já, retomar a questão em caso de vitória do «não». Pelo contrário, os movimentos que fizeram campanha pelo «não» no referendo pretendem que o Governo altere «a política de impostos no sentido de proteger a família». Das medidas apontadas, as mais significativas são as que propõem isenções fiscais para as entidades patronais que criem postos de trabalho destinados a mães com filhos menores.

marcar artigo