DN-Negocios

13-06-1997
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CRAVINHO ORDENA AUDITORIA AO AEROPORTO

João Cravinho recebeu já a informação que tinha solicitado à ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, mas não ficou satisfeiro com o seu conteúdo. "Não se trata de juízos de valor sobre o relatório da ANAM, trata-se de juízos de facto", referiu ao DN uma fonte do ministério.

Ainda esta semana, o director do LNETI receberá da parte da Secretaria de Estados dos Transportes um despacho no sentido de formar uma equipa técnica para averiguar, in loco, como estão a decorrer as obras e as causas do deslocamento do terreno de fundação.

De acordo com a fonte ministerial, o ministro João Cravinho deverá apresentar o relatório final sobre as obras dentro de aproximadamente 15 dias. Entretanto, a construção continua a ser realizada normalmente.

Quem não parece também muito satisfeito com a polémica em redor da ampliação do aeroporto é o presidente do Governo Regional. Alberto João Jardim referiu ao DN que "não foi o Governo Regional que adjudicou a obra. Não tenho nada a ver com isso. É um problema com os engenheiros. Quando vi a bronca que deu o aeroporto de Macau transferi responsabilidades", afirmou Jardim, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre o problema dos pilares do aeroporto de Santa Catarina (Madeira).

O Presidente do Governo madeirense está apreensivo mas não com os aspectos técnicos da construção do aeroporto da Madeira. O que o preocupa, disse, são "certas manobras que estão a fazer à volta da obra". Instado a divulgar quais, Alberto João Jardim preferiu citar uma passagem dos Evangelhos: "Quando Judas pergunta a Cristo se era ele que o ia trair, Cristo respondeu-lhe: foste tu que o disseste".

Em Janeiro de 1993, depois de uma reunião com o então ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral, e ao referir-se aos atrasos na abertura do concurso internacional, Alberto João Jardim justificava-os com um parecer solicitado ao Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP) que propunha "correcções" às próprias propostas de Edgar Cardoso.

Jardim concordara com Ferreira do Amaral em relação à necessidade desse parecer. Afinal, "nós os dois, nesta obra, temos as nossas cabeças a prémio e não podemos correr riscos".

Por seu lado, Ferreira do Amaral admitia, na altura, que "existiram algumas dificuldades", já que se tratava de "uma obra de engenharia complicada e, como tal, queremos lançá-la em boas condições".

Obra comandada financeiramente pela UE

O custo global das obras de ampliação do aeroporto da Madeira cifra-se em mais de 87 milhões de contos, a preços de 1993, dos quais 83 por cento são financiados por fundos da UE. O valor das obras actualmente a decorrer, referentes à primeira fase, cifra-se em 21 milhões de contos. A conclusão da obra está prevista para 1999.

CRAVINHO ORDENA AUDITORIA AO AEROPORTO

João Cravinho recebeu já a informação que tinha solicitado à ANAM - Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, mas não ficou satisfeiro com o seu conteúdo. "Não se trata de juízos de valor sobre o relatório da ANAM, trata-se de juízos de facto", referiu ao DN uma fonte do ministério.

Ainda esta semana, o director do LNETI receberá da parte da Secretaria de Estados dos Transportes um despacho no sentido de formar uma equipa técnica para averiguar, in loco, como estão a decorrer as obras e as causas do deslocamento do terreno de fundação.

De acordo com a fonte ministerial, o ministro João Cravinho deverá apresentar o relatório final sobre as obras dentro de aproximadamente 15 dias. Entretanto, a construção continua a ser realizada normalmente.

Quem não parece também muito satisfeito com a polémica em redor da ampliação do aeroporto é o presidente do Governo Regional. Alberto João Jardim referiu ao DN que "não foi o Governo Regional que adjudicou a obra. Não tenho nada a ver com isso. É um problema com os engenheiros. Quando vi a bronca que deu o aeroporto de Macau transferi responsabilidades", afirmou Jardim, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre o problema dos pilares do aeroporto de Santa Catarina (Madeira).

O Presidente do Governo madeirense está apreensivo mas não com os aspectos técnicos da construção do aeroporto da Madeira. O que o preocupa, disse, são "certas manobras que estão a fazer à volta da obra". Instado a divulgar quais, Alberto João Jardim preferiu citar uma passagem dos Evangelhos: "Quando Judas pergunta a Cristo se era ele que o ia trair, Cristo respondeu-lhe: foste tu que o disseste".

Em Janeiro de 1993, depois de uma reunião com o então ministro das Obras Públicas, Ferreira do Amaral, e ao referir-se aos atrasos na abertura do concurso internacional, Alberto João Jardim justificava-os com um parecer solicitado ao Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP) que propunha "correcções" às próprias propostas de Edgar Cardoso.

Jardim concordara com Ferreira do Amaral em relação à necessidade desse parecer. Afinal, "nós os dois, nesta obra, temos as nossas cabeças a prémio e não podemos correr riscos".

Por seu lado, Ferreira do Amaral admitia, na altura, que "existiram algumas dificuldades", já que se tratava de "uma obra de engenharia complicada e, como tal, queremos lançá-la em boas condições".

Obra comandada financeiramente pela UE

O custo global das obras de ampliação do aeroporto da Madeira cifra-se em mais de 87 milhões de contos, a preços de 1993, dos quais 83 por cento são financiados por fundos da UE. O valor das obras actualmente a decorrer, referentes à primeira fase, cifra-se em 21 milhões de contos. A conclusão da obra está prevista para 1999.

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